#JABOATÃODOSGUARARAPESÉFOCO DR JUDIVAN VIEIRA

NADA É TÃO FÁCIL QUANTO FAZER PROMESSAS E TÃO DIFÍCIL QUANTO CUMPRI-LAS!

Direto de Brasília-DF

Série: Corrupção durante a pandemia! Vidas humanas, o que isto importa? (episódio 21)

Principiei essa série de artigos narrando fragmentos da história da corrupção sob o viés da Teoria Criacionista e, após, pela Teoria Evolucionista.

Relembrei que segundo astrofísicos, geofísicos e astrônomos de diversas universidades importantes do mundo, nosso universo/multiverso possui cerca de 13,7 bilhões de anos. Esse sim, é velho!

Já sabemos haver uma história inatingível e inalcançável porque sobre fatos passados ninguém consegue contar tudo, mas também que há uma história decifrável porque baseada em narrativas e evidências confiáveis.

Neste ponto em que esta série se aproxima de seu fim, volto à Teoria da Evolução e sua versão da criação do nosso planeta e do surgimento do Homo sapiens, nossos antepassados que descobriram a energia do fogo, e durante 800 mil anos aprenderam a controlá-lo. Fatos como estes nos permitem avaliar os saltos tecnológicos que vimos dando, e dizer que nos projetaram do barro à inteligência artificial.

Olhar para 200 mil anos atrás quando o ser humano aparece na face do planeta parece tempo muito longo, mas comparado com os 13,7 bilhões em que o Cosmo surgiu, eles se tornam segundos. Mais significativo, ainda, é considerarmos que a duração da idade biológica do ser humano raramente ultrapassa 100 anos e que destes nem todos têm garantia de serem lúcidos e saudáveis.

Assim, nossa existência biológica, em que para morrer basta estar vivo; em que alguns nascem mortos e outros morrem novos e no auge de sua vida, faz com que o tempo seja uma variável absolutamente fora de nosso controle.

Foi naquele período de 200 mil anos que o ser humano, como o conhecemos, surgiu e lentamente aprendeu a emitir grunhidos, depois a falar, e a se comunicar por inúmeros meios.

Para os criacionistas o “sopro de Deus” foi bastante para tornar o barro na imperfeita “perfeição” do que somos. A seu tempo, os evolucionistas se encantam com os primeiros grunhidos, sinais de fumaça, desenhos rupestres, fala e fogo, pólvora e roda, que moldam a história do ser humano.

Pensando sobre o poder dos elementos da comunicação humana, a cientista evolucionista Nicole Waguespack diz que a linguagem alterou por completo a relação entre todas as espécies do Planeta Terra, e diz, também, que a fala possibilitou podermos partilhar informações uns com os outros. Com ela nossos ancestrais tiveram o prazer de descrever o que pensavam, sentiam, e de avaliar o meio ambiente em que viviam, permitindo-se os primeiros relatos sobre o passado e prognósticos sobre o futuro.

Que outra criatura se apoderou do poder da linguagem, da comunicação, da codificação, da leitura e da interpretação dos códigos dos segredos da vida? Somente nós, os seres humanos! Mas, que valor damos a isto? Será que utilizamos o poder da comunicação para nos proteger e desenvolver ou o usamos mais para o benefício pessoal e para a autodestruição da raça?

Thomas Hobbes diz que na luta pela sobrevivência o homem é o lobo do homem. Estará errado ou os fatos comprovam ser verdade o que afirma esse pensador evolucionista, ao dizer que “o movimento que consiste no prazer e no desgosto, é uma solicitação ou provocação para se aproximar do que agrada ou para se retirar do que desagrada; e essa solicitação é o esforço ou começo interno do movimento animal”.

Para Hobbes a luta pela sobrevivência entre os animais, sobretudo o ser humano, é comparável a uma maratona que começa com um esforço inicial chamado “desejo”, a fonte do impulso que nos move, e prossegue muitas vezes sem amor algum, porque “amor” é o elo que liga alguém a outro alguém e que se constitui no escudo que impede devorar e ser devorado.

Nessa maratona pela sobrevivência Hobbes, em seu livro Leviatã, diz que “Estar continuamente ultrapassado é miséria, ultrapassar continuamente quem está adiante é felicidade e abandonar a corrida é morrer”.

Por essas e outras reflexões, no livro “Sobre o Cidadão”, Hobbes diz que “o homem é o lobo do homem” e sustenta que na Natureza existe uma “guerra de todos contra todos”.

Tudo isto diz para expressar o que pensa sobre o ser humano, ou seja, que somos todos maus e devemos lutar continuamente para sermos éticos, já que o mal prevalece em nós e no nosso estado social de cidadãos. Não há ser humano bom e quanto mais ele se une a outros, maiores as hipóteses de o mal prevalecer, do crime aumentar e outras maldades avultarem.

Estará Hobbes equivocado, ou os fatos cotidianos provam que nesses 200 mil anos de existência do ser humano toda e cada nova geração piora a pontuação da solidariedade e da ética no trato com a coisa pública?

Com esta série de artigos pretendo mostrar que mesmo em situações de penúria, a corrupção não cessa, os políticos de todos os níveis de governo não se compadecem do povo, ou seja, da Nação. A gasolina sobe sem razão lógica e puxa a inflação de preços, até dos que nada têm a ver com gasolina, a cesta básica chega a dois terços do miserável salário mínimo, os miúdos de galinha que antes eram jogados fora agora são carne de luxo nas prateleiras dos ambiciosos donos de supermercado; o osso que antes era jogado fora agora é procurado e vendido aos pobres e miseráveis para mudarem o gosto da sopa rala que tomam.

Enquanto isto, os deputados, senadores, presidentes, governadores, prefeitos, vereadores e o c… a quatro que comandam a Nação seguem desviando dinheiros e rendas públicas para si e para seus protegidos.

Casos de corrupção sobram, enquanto falta comida, falta empatia e solidariedade pela Nação, enquanto o povo briga nas ruas e em redes sociais para defender partidos e políticos sem escrúpulos, mentirosos, falaciosos. NADA É TÃO FÁCIL QUANTO FAZER PROMESSAS E TÃO DIFÍCIL QUANTO CUMPRI-LAS. O porquê de o povo não lembrar disto, eu não sei…

A pandemia teve início oficial no mês de outubro de 2019. Desde então é possível catalogar inúmeros casos de corrupção na espécie de desvio de dinheiro público que deveria ser usado para a saúde da população. Abaixo passo o link de alguns, caso deseje reler. Atente que estou focando apenas no ano de 2020:

1 – AM compra respiradores ‘inadequados’ em loja de vinho e paga 316% mais caro…

(https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/04/20/amazonas-compra-de-adega-respiradores-inadequados-com-sobrepreco-de-316.htm?cmpid=copiaecola)

 2 – Ex-subsecretário de Saúde no Rio é preso por suspeita de corrupção na compra de respiradores

(https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/ex-subsecretario-de-saude-no-rio-e-preso-por-suspeita-de-corrupcao-na-compra-de-respiradores/)

3 – Secretário da Casa Civil, Douglas Borba, depõe sobre Operação Oxigênio, na Deic

(https://ndmais.com.br/seguranca/secretario-da-casa-civil-douglas-borba-depoe-sobre-operacao-oxigenio-na-deic/)

O último episódio publicarei em 1º de dezembro!

Continua na próxima quarta-feira.

Atendendo a pedidos, aos sábados publicarei o episódio traduzido ao inglês.

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Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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