Direto de Brasília-DF
Episódio de hoje: o prato cheio para a corrupção
Intriga-me que a evolução tenha levada bilhões de anos para nos capacitar com o dom da comunicação oral e escrita, e em tão pouco tempo passemos a desprezar tais talentos.
Aprender a emitir grunhidos permitiu aos proto-humanos expressarem sua vontade, indicar direções, receber e transmitir orientações. Posteriormente, o desenvolvimento da fala nos coloca acima de toda e qualquer espécie da criação e a habilidade da escrita agrega a capacidade de registrar nossa história, anotar nossos feitos e projetar nosso futuro para não esquecer e executar bem o que foi planejado. Foi um salto magnífico na direção de nos tornar espécie dominante.
Para a Teoria da Evolução toda energia criadora provém do “Big Bang”, da explosão primeira e das explosões posteriores às quais chamamos supernovas. São elas que destroem e criam corpos celestes.
A forma mais primitiva de poder, inclusive a que gerou vida, foi a energia da explosão primeira. Essa é a energia pela qual as espécies seguem competindo diariamente.
A energia criadora e poderosa do “Big Bang” está nos alimentos, nos veículos que nos transportam de um ponto a outro, na casa que moramos, no emprego remunerado que desejamos, na vacina que nos impede morrer, no dinheiro que usamos como moeda para comprar o que precisamos. Por favor, entenda que não estou falando de energia do ponto de vista místico.
Parece estranho dizer isto, mas para a ciência e para a história foi a energia do “Big Bang” que criou a mim e a você. É ela que faz teu cérebro raciocinar e enviar comandos para que teu corpo funcione. A mesma energia que nos mantém vivos e na disputa por espaços de poder.
Sabe quando um jogador de futebol ou atleta olímpico respira ofegante buscando em cada inspiração, a gota de oxigênio à mais que vai alimentar seu corpo? Essa energia dentro de cada molécula de oxigênio é PODER oriundo do “Big Bang”.
Possuir um emprego remunerado, alimentar-se, mover-se por uma bicicleta ou carro, fazer sexo reprodutivo ou por satisfação pessoal, em todos os prazeres e necessidades reside a força da energia que impulsiona o viver cotidiano na luta pela sobrevivência que perpassa o útil, o necessário e o prazer.
Em meio a essa disputa, aquele que possui mais recursos econômicos como dinheiro, ouro, diamante, móveis, imóveis e semoventes; poupança bancária, habilidades e talentos passa a ser “alfa” da sobrevivência, o espécime que se julga mais apto dentre todos que estão na disputa.
Essa sensação de maior aptidão em razão do possuir coisas pode se tornar um prato cheio para a corrupção, porque quanto mais poder e status o ser humano acumula, mais os deseja.
Assim, a história dos proto-humanos, dos hominídeos e do “Homo Sapiens” se passa em meio a causas e efeitos de atos que rompem a ética, a moral, a paz, a dignidade social e econômica do coletivo, em privilégio de poucos e de alguns aos quais estes elegem. São essas práticas que tecem as maiores redes de corrupção e minam o caminho do desenvolvimento social coletivo.
Quarta-feira, o próximo episódio.
Atendendo a pedidos, aos sábados publicarei o episódio traduzido ao inglês.
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