Direto de João Pessoa-PB.
Episódio de hoje: O universo, o ser humano, e a corrupção
sob o filtro da Teoria da Evolução (Parte 1)
No primeiro episódio desta série, a ênfase foi o surgimento dos mundos e do ser humano sob a Teoria Criacionista. Mais do que vir do barro e a ele retornar, importou relatar que viemos do caos, e que nós mesmos o reiniciamos.
Seguindo a linha da contextualização histórica para que o leitor possa melhor situar o que crê, o que sabe e o que não sabe, para que depois possa fazer suas próprias escolhas, neste episódio e nos próximos abordarei a história da vida sob o olhar da Teoria da Evolução.
Quando falamos em evolucionismo despertamos ódio e paixão. Ódio dos que abominam tal teoria por crerem que nega a existência de Deus, do divino, a deidade criadora de todas as coisas. Paixão daqueles que amam a ciência e vêm na tabela periódica a existência dos multiversos e do “DNA” gerado da explosão do Big Bang e que nele carrega a “cadeia” da vida.
Na escola, os professores e seus currículos ocultos religiosos dificultam esta discussão pelo medo de negarem a fé e, sobretudo, pelo temor de reduzir a figura de Deus quando sobre ele recair os holofotes da ciência e da história do surgimento do universo e dos seres vivos. No dia a dia pouca importância damos a essa discussão porque a rua é o reflexo da escola em que as pessoas entram por obrigação e em seguida nutrem raiva por nela permanecer. Conhecimento é o que menos interessa, já que a ignorância não dá trabalho algum para ser cultivada.
É esse mesmo medo que relega escritores e cientistas evolucionistas como Thomas Hobbes e Charles Robert Darwin ao escaninho mais escondido que existe nas bibliotecas de nossas escolas, e na despensa de nossas crenças. Só os visitamos em último caso, quando um ponto ou dois tornam-se necessários para sermos aprovados numa prova ou teste, para rápido os rejeitarmos como que a “hereges” e negacionistas da verdade em que não queremos e que não nos interessa crer.
O que pretendo com esta série é colocar fatos em evidência. Afinal, fatos não negam a si mesmo e aos que os negam a história termina por classificá-los como tolos.
Você pode discutir opinião porque opinião cada um dos 7.4 bilhões de seres humanos que habitam o planeta tem a sua. Cada uma dessas pessoas crê que sua opinião é que deve prevalecer sobre as demais. Raros os seres humanos capazes de reconhecer que há muitas verdades e que cada uma delas merece ser ouvida e analisada, pois para chegar a este raciocínio necessita ter um cérebro que faz juízo crítico e lógico, e isto nossas escolas não ensinam há séculos. Eis porque pouquíssimos pais, mães e responsáveis podem transmitir esse legado às novas gerações.
O ciclo que reproduzimos é o da mediocridade, do ordinário, e quando alguém confronta a outrem para ensinar ou aconselhar, o ignorante chora e sente-se humilhado ao invés de agradecer a quem quer iluminar seu caminho.
Se o choro do ignorante ocorre em frente às câmeras de TV, quem quer ensinar o correto sofre ainda mais porque o choro do ignorante atrai a atenção e a solidariedade de outros milhões e milhões que fugiram da escola e aprenderam a detestar a escrita, a leitura e o conhecimento e a se vitimizarem como forma de fugir do próprio fracasso. É assim que vimos “evoluindo” em direção a este futuro que chega a cada segundo e que faz com que as massas sejam domesticadas e subjugadas à vontade da esquerda, da direita e dos centrões políticos.
Neste caminhar o ético sucumbe ao antiético, o legal sucumbe às falsas leis, os desonestos são seguidos e cultuados como heróis, e o que é certo perde-se no oceano da ignorância. É desse caos que nascem os políticos que assaltam cotidianamente os cofres públicos, corroem como traças as raízes da honestidade e dominam as fontes de produção de seres humanos em massa, tal qual Henry Ford produzia parafusos para automóveis em suas fábricas, tudo “para a nossa alegria”.
Se você quiser acompanhar-me nesta série não espere facilidades. Terá que refletir para compreender o que aqui será escrito, pois, nos próximos episódios, antes de adentrar em casos de corrupção (já que falar casuisticamente disto é por demais simples dada a quantidade com que ocorrem no Brasil e no mundo) abordarei o surgimento do Universo e da vida, inclusive a dos seres humanos, sob o olhar da Teoria da Evolução sem me preocupar se você gosta ou não do tema.
O bom da ciência é que se você gosta ou não, se você crê ou não, ela segue seu curso sem a menor dó ou compaixão por seus sentimentos. A ciência é tão magnânima que nem mesmo ignora a quem a ignora. Porém, não se nega a extinguir espécies que não sabem se adaptar.
Atendendo a pedidos aos sábados publicarei o episódio, traduzido ao inglês.
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Disponível em português em www.paralelo43.com.br
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