É comum, na atualidade, entenderem a elitização da palavra sustentabilidade e o mau emprego do contexto oferecido referenciando tão somente a zona Ambiental, mas é preciso desmistificar.
Sustentabilidade trata-se de temáticas inter-relacionadas vinculadas entre três pilares fundamentais: Social, Ambiental e Econômico. Não é vista somente como filosofia, porém como uma gestão inovadora, inclusiva e progressista, pois aglomera várias tendências administrativas, científicas e humanas em bem comum, adequando a realidade local nas possibilidades de desenvolvimento universal.
Consequentemente, as ramificações desse prospecto encaixam-se dentro da saúde, e progresso comunitário, quando se começa a entender o real objetivo do desenvolvimento sustentável: “Saciar as necessidades atuais sem comprometer a futura de saciarem as delas”.
Vive-se um dos maiores comprometimentos da área da vigilância sanitária já divulgados na história humana com a pandemia do vírus SARS-COV-2 (Covid-19) e a sobrecarga dos serviços de saúde pela logística preventiva não eficiente.
Quando dentro da gestão hospitalar fala-se em sustentabilidade abre-se campos para a inovação das práticas técnicas e científicas. É possível exemplificar quando se aumenta o nível de empregabilidade permanente, em reuso dos cursos e concursos para as áreas de comorbidades mais escassas profissionalmente, como as Unidades Cardiológicas e Neurológicas, quando em futuro decaimento do pico epidemiológico; além da proteção dos riscos nos espaços de trabalho fomentando a segurança nas alas hospitalares e clínicas, uma vez que a taxa de contaminação cruzada ou externa de outros patógenos podem acontecer.
Ao falar da temática dentro do contexto estrutural da saúde, em pandemia, é preciso estudar o redirecionamento dos aparelhos utilizados para outros setores incisivos da área, como os respiradores. Evita-se investimentos duplos, quando a higienização é capaz de suprir otimizando a economia circular. Nisso, é capaz de reduzir os custos, a quais podem ser investidos em saneamento, cuidados preventivos, ou seja, aumenta-se a qualidade de vida e reduz as sobrecargas na saúde para acasos futuros.
Dentro dessa ótica, consegue-se enxergar não tão somente o ambiental, mas uma interferência na sociedade no aumento de empregos e qualidade de vida, sem contar na eficiência com o erário público no investimento otimizado. A sustentabilidade não é unifocal, mas multifacetada, com fundamental importância para implementação de uma gestão inovadora e progressista na saúde. É preciso investir em educação sustentável.
Grandes hospitais privados já adotam essa gestão, o que, por conseguinte, deve ser idealizado, reformulado e implantado na gestão pública de atendimento. No intuito de universalizar e equalizar frente aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS/ Brasil). A sustentabilidade será a saída, sem grandes sequelas, dos países pandêmicos na próxima década, pois garantirá a logística a curto, médio e longo prazo resolutiva e multicêntrica. A sua construção não é protocolo, mas construída dentro de uma filosofia técnica própria que condiz com a realidade local.
O país em que vivemos poderá ser beneficiado amplamente por essa proposta, uma vez que possuem recursos em escalas significativas, a qual necessitam da aplicação consiga dos 5P’s: Pessoas, Parcerias, Planeta, Prosperidade e Paz. A prosperidade e paz é entendida como a consequência, e máxima, do desenvolvimento sustentável na reconscientização dos 17 objetivos e 169 metas complementares da Agenda-2030 (ONU – Organização das Nações Unidas), sendo a saúde motivo de esperança na economia e nas vidas de milhares de pessoas daqui a 10 anos.