A HISTÓRIA nos revela que desde a Antiguidade, diversos filósofos e pensadores se estenderam nas formas de organização do poder político. Alguns destes se preocupavam com a investigação de uma forma de equilíbrio em que o poder não se mantivesse sustentado nas mãos de uma única pessoa ou instituição. Já nessa época, as implicações de um governo de feições autoritárias preocupavam as mentes daqueles que voltavam sua atenção ao terreno político. Entre os séculos XVII e XVIII, tempo de preparação e desenvolvimento do movimento iluminista, o teórico John Locke (1632 – 1704) apontava para a necessidade de divisão do poder político. Charles de Montesquieu (1689 – 1755) se debruçou para criar a obra “O Espírito das Leis”, que em sua essência aborda um meio pacifico de reformulação das instituições políticas através da chamada “teoria dos três poderes”. Segundo tal hipótese, conforme registrado a divisão tripartite poderia se colocar como uma solução frente aos desmandos comumente observados e que permanecem de certa forma até os dias atuais. Este sistema apresenta a divisão das ações de um governo adotado em diversos países, a existência dos seguintes poderes: o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário. O Poder Executivo teria como função observar as demandas da esfera pública e garantir os meios cabíveis para que as necessidades da coletividade sejam atendidas no interior daquilo que é determinado pela lei. O Poder Legislativo tem como função congregar os representantes políticos que estabelecem a criação de novas leis. Dessa forma, aos serem eleitos pelos cidadãos, os membros do legislativo se tornam porta-vozes dos anseios e interesses da população como um todo. Já o Poder Judiciário tem por função julgar, com base nos princípios legais, de que forma uma questão ou problema sejam resolvidos. Atualmente vivenciamos uma pandemia no caso a Covid-19, alguns políticos, sejam deputados, prefeitos, governadores, senadores, apontam que o governo Federal, continue pagando o auxilio emergencial, o ministro da economia acreditamos que deve ter feito milagres para atender a população com a liberação dos recursos, que sem duvida alguma foram necessários principalmente àqueles mais necessitados. A pandemia continua e a ajuda ainda é necessária, porém os recursos estão insuficientes. Sendo assim, nada mais democrático e justo que houvesse uma redução dos gastos na ordem de 50% dos recursos e salários altíssimos gastos com os três poderes, afinal de contas tudo é Governo tudo é Brasil. Que seja devolvido ao povo neste momento aquilo que sempre eles pagaram com os inúmeros impostos criados para arrecadar vultosos recursos. Diante da situação que estamos passando, hoje é justa a devolução destes montantes, principalmente no que se refere aos gastos de gabinetes e salários, um ato de pura democracia e solidariedade para com aqueles que estão sendo sempre punidos com governos corruptos, empresas sonegadoras e outras modalidades de oportunismo. Tendo por base os custos do Congresso em 2019 segundo “R7 PLANALTO / Mariana Londres, de Brasília; 17/05/2019”, (os custos Congresso Nacional gasta R$ 10,8 bilhões por ano. Valor total é equivalente aos possíveis cortes da Educação e a toda a riqueza produzida por Estados como o Acre e Roraima). Estes estudos são relacionados ao ano de 2019. Outra situação no tocante aos gastos se refere ao STF, segundo matéria publicada pela “gazetadopovo.com.br. Por Wilson Lima 30/12/2020 15:45. Mesmo durante a pandemia causada pelo novo corona vírus, com trabalho remoto e sessões de julgamentos virtuais ou semipresenciais desde março, as despesas do Supremo Tribunal Federal (STF) chegaram a R$ 556 milhões durante o ano de 2020. Os valores são apenas 5% inferiores a 2019, quando o STF custou ao contribuinte R$ 585 milhões. O recorde de gastos do Supremo havia sido em 2018, com um custo de R$ 619 milhões naquele ano. Pois bem a solução para garantir o auxilio emergencial tem uma direção obvia, o povo já não suporta mais salários tão baixos e ter que bancar com inúmeros impostos tanta riqueza que apenas alguns desfrutam. A maior riqueza de um Estado democrático está na condição humana de sobrevivência do seu povo. Uma conta simples, em que se leva em consideração ajudar a quem mais precisa, devolvendo-lhe aquilo que lhe é de direito.