Primeira edição digital do Observatório do Frevo será no próximo dia 30, das 16h às 18h, reunindo Alexnaldo Santos, da Casa do Samba, e Júlio Vila Nova, do Coletivo dos Blocos Líricos. A mistura de samba e frevo também embala as redes sociais do Paço do Frevo, que serão ocupadas pelo Museu do Samba, até amanhã (25)
Dois patrimônios culturais da humanidade, reconhecidos pela Unesco, dialogam em encontro inédito proporcionado pela tecnologia. O frevo recifense e o samba de roda do Recôncavo Baiano constroem pontes virtuais na primeira edição digital do Observatório do Frevo – programa de debates e pesquisas sobre frevo, patrimônios e cultura popular -, que acontece no próximo dia 30, numa sala online, das 16h às 18h. O evento faz parte da programação online preparada pelo Paço do Frevo para a Primavera dos Museus, partir do tema “Mundo Digital – Museus em Transformação”.
A mistura de samba e frevo também embala o Ocupaço Digital deste fim de semana (dias 25 e 26), quando o Museu do Samba ocupará e publicará conteúdos exclusivos nas redes sociais do Paço.
Desta primeira edição digital do Observatório do Frevo, participarão os debatedores Alexnaldo Santos, sambador, compositor, gestor cultural da Casa do Samba Mestre Celino Terra Nova-BA e Coordenador Administrativo da Associação dos Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia (ASSEBA) e Júlio Vila Nova, integrante do Coletivo dos Blocos Líricos, presidente do Bloco Carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos presidente do Bloco Carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos, pesquisador e professor de Letras da UFRPE. A mediação do encontro será realizada por Luiz Santos, historiador e assistente de pesquisa do Paço do Frevo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo link: tinyurl.com/frevoesamba.
“O diálogo entre estes dois Patrimônios da Humanidade é de suma importância, por possibilitar o reconhecimento das similaridades, das diferenças, dos desafios e das aproximações que os envolvem, permitindo a construção de reflexões e ações coletivas que tragam benefícios mútuos, não só para o Frevo ou para o Samba do Recôncavo, mas para uma dimensão mais ampla do patrimônio imaterial”, afirma Vanessa Marinho, historiadora e coordenadora de conteúdo do Paço do Frevo.
Com o tema “Cordas e Batuques em harmonia: ações coletivas no Frevo e no Samba de Roda”, o Observatório irá provocar debates e reflexões sobre como os grupos de Frevo e do Samba de Roda têm se articulado em coletivos, em busca da promoção de ações de salvaguarda, e como desenvolveram autonomia para manter e valorizar seus bens culturais.
Ocupaço – Nos dias 25 e 26, o Paço promove mais uma edição do Ocupaço Digital, uma iniciativa que conta com a participação de artistas, grupos, agremiações carnavalescas e instituições culturais nas mídias sociais do Paço e já contou com a participação do pianista Amaro Freitas, da multiartista Flaira Ferro, do Festival Latinidades e do Museu da Diversidade Sexual.
Desta vez é o samba que pede passagem no Instagram do Paço (@pacodofrevo), abrindo alas para os conteúdos do Museu do Samba, do Rio de Janeiro. Fundado em 2001 por Nilcemar e Pedro Paulo Nogueira, netos do cantor e compositor Cartola, o espaço foi fundado como Centro Cultural Cartola, tendo sido responsável pela condução da pesquisa que deu ao Samba no Rio de Janeiro o título de Patrimônio Imaterial do Brasil. A partir daí, a instituição proponente passou a ser espaço de referência para a salvaguarda do samba, ampliando suas ações e tornando-se oficialmente, a partir de 2016, o Museu do Samba, que abriga atualmente um rico acervo com mais de 45 mil itens, entre livros, fotografias, discos e principalmente um valoroso material de história oral do Samba. Vale destacar também a atuação social do museu, tendo como eixo principal a valorização da memória afrodescendente e o combate ao racismo.
Sobre os participantes do Observatório Digital do Frevo:
Alexnaldo Santos – sambador, compositor, articulador e gestor cultural da Casa do Samba Mestre Celino Terra Nova-BA e Coordenador Administrativo da ASSEBA, Associação dos Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia. A ASSEBA foi criada em 2005 a partir da articulação de grupos de Samba de Roda do Recôncavo Baiano, estimulados pelo processo de registro como Patrimônio Imaterial do Brasil pelo IPHAN. Desde então foram realizados vários projetos e ações de valorização dos saberes e tradições do Samba de Roda. A Associação conta com aproximadamente 120 grupos de diversas regiões do Estado da Bahia.
Júlio Vila Nova – presidente do Bloco Carnavalesco Lírico Cordas e Retalhos, pesquisador e professor de Letras da UFRPE. Escreveu o livro “Panorama de Folião: o carnaval de pernambuco na voz dos blocos líricos” e integra o Coletivo dos Blocos Líricos – originado das articulações organizadas por vários Blocos Carnavalescos Mistos e Líricos com o intuito de fomentar encontros e projetos que contribuam para valorização do frevo.
Serviço:
Observatório Digital do Frevo
Tema:
Cordas e Batuques em harmonia: ações coletivas no Frevo e no Samba de Roda
Data e horário:
30/09/2020, das 16h às 18h
Inscrições:
O evento acontecerá no Zoom, plataforma digital de videoconferência. A inscrição será confirmada por email com o link para acesso à sala no dia do evento.
Informações:
(81) 3355-9504 | comunicação.recife@idg.org.br