A data 29/09 marca o Dia Mundial do Coração. Em função dela, foi desenvolvida a campanha brasileira do “Setembro Vermelho”, que tem por objetivo mobilizar ONGs, sociedades, hospitais e profissionais de saúde a conscientizar a população sobre as doenças do coração, seus sintomas e como preveni-las. No Brasil e no mundo, as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte.
Os problemas cardiovasculares estão ligados a hábitos de vida como: o tabagismo, a má alimentação, problemas no sono, estresse e o sedentarismo. Tudo isso pode culminar em hipertensão (pressão alta), diabetes e outras doenças que podem evoluir para um infarto. Além desses fatores, há também a questão da genética, que influencia muito, e os distúrbios endócrinos e metabólicos. Segundo o Ministério da Saúde, em média, a cada 90 segundos uma pessoa morre no Brasil por doenças ligadas ao coração e à circulação sanguínea, algo em torno de 960 pessoas por dia.
Para o Dr. Fernando Moraes, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia em Pernambuco (SBC-PE), o “Setembro Vermelho” já era um momento muito importante e sério, mas tornou-se ainda mais necessário durante a pandemia da Covid-19. “Estudos publicados nas revistas científicas mais respeitadas de todo o mundo já comprovaram que o novo coronavírus é cardiotóxico. Ou seja, ao infectar alguém, além de atingir os pulmões e o sistema respiratório como um todo, ele também afeta diversos outros sistemas do corpo humano, principalmente o cardiovascular”, conta.
“Aproveitamos o ‘Setembro Vermelho’ para chamar a população aos consultórios cardiológicos. Ao sentir dores no peito, sudorese e palpitações, ninguém deve hesitar procurar uma emergência ou o seu cardiologista. Não se deve temer mais as unidades de saúde do que os problemas do coração. As cardiopatias já matam muito diariamente e isso vem se intensificando por causa da covid-19. Procurar ou não o atendimento médico pode ser determinante para a sua vida”, afirma Moraes.
Além de não negligenciar o atendimento médico ao sentir dores no peito e outros sintomas – o que no caso do paciente sabidamente cardiopata também significa não negligenciar as consultas de rotina – o surgimento de doenças cardiovasculares pode ser evitado com mudança de hábitos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a prática de atividades físicas aliada a uma alimentação balanceada, com baixa concentração de sódio e açúcar, além de acompanhamento médico e nutricional. Ter o sono regulado, o estresse controlado, não fumar e viver momentos de felicidade são outros fatores que ajudam a prevenir os problemas do coração e, em muitos casos, quando ligados à genética, ajuda contornar a situação.
Por: Pedro Jordão
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