DR JUDIVAN VIEIRA

O QUE É O “NOVO NORMAL”, E QUAIS AS RUPTURAS QUE IMPÕE: do alarmismo apocalíptico ao ressurgimento econômico e social (Fim da Série)

Direto de Brasília-DF.

Nesse cenário que vimos descrevendo o “novo normal”, teorias da conspiração se multiplicam entre blogueiros do mundo. Alguns conseguem “catequizar” seguidores e, nesta toada de rumores e desinformação, cria-se um ambiente nocivo à saúde mental e física das pessoas e do país, já que uma coisa e outra, são, em certo sentido, a mesma coisa.

Alguns sábios da “IGENERATION” que, também, já se julgam mestres “intergalácticos” agem como se houvessem recebido  a revelação final do mundo distópico, que virá após a febre zumbi, que infectará o mundo, qual na série “The walking dead”.

Estão, em verdade, se especializando em espalhar medo, da vida e de viver. Estão adoecendo, os que se deixam guiar pelo alarmismo. Esteja atento às pessoas alarmistas. Elas se parecem com sirene de ambulância sem doente, cujo motorista faz barulho para ganhar o privilégio de livre trânsito. Os alarmistas querem ter livre trânsito em teu pensamento, para te infectar com o medo.

Há tipos diferenciados de pessoas. Os mais nocivos são os negativos: alarmistas, pessimistas, e os que necessitam de excesso de atenção para viver. Não se deixe deprimir com o quadro caótico da pandemia. Neste quadro já perdi meu pai(não pela  COVID-19, mas ocorreu dentro do ciclo pandêmico), vi amigos e parentes serem infectados por Coronavírus e se recuperarem e sei que nenhum de nós está blindado.

Contudo, não dá para se esconder da vida, sofrer por antecipação e, morrer de medo! A vida é um constante caminhar para frente. Tente seguir na jornada com alguma alegria. Há pessoas que forjam tristeza e lágrimas. Forje sorrisos até de si mesmo. A alegria, mesmo forjada, tem mais efeito positivo que a tristeza e a melancolia.

Estranhamente, há pessoas que precisam estar tristes, pessimistas ou doentes, para se sentirem bem. Elas se alimentam da “compaixão” e atenção que recebem das outras pessoas, para, em seu transtorno pessoal,  se sentirem “vivas”. Você se lembra da “grávida de Taubaté”?

Por exemplo, a série, ‘The Act’, baseada em fatos, conta a história de Dee Dee Blanchard e sua filha Gypsy Rose, e revela ao mundo um aspecto da síndrome de Münchhausen por Procuração (SMPP), que provavelmente, todos nós já conhecíamos no cotidiano, mas poucos sabíamos o nome.

A síndrome de Münchhausen por Procuração (SMPP) é mais um dos inúmeros transtornos de personalidade, que afeta pessoas em número crescente, neste nosso mundo que cada vez mais, humaniza coisas e coisifica humanos.

Em 1977 o médico Roy Meadow definiu a síndrome de Münchhausen por procuração, como o transtorno de personalidade em que pais ou cuidadores de menores informam a médicos, parentes, e à sociedade, sobre alguma doença na criança, como real forma de chamar a atenção para si e não para o menor.

Ao falar de transtorno da personalidade, não sou louco para aventurar-me na seara alheia, sem o devido conhecimento de causa. Então, faço referência à revista de opinião, “A mente é maravilhosa”, que trata sobre filosofia, arte e psicologia, que ao abordar a SMPP, sustenta que há pessoas que vivem por e para chamar exageradamente a atenção das demais.

Diz também que a Associação Americana de Psiquiatria (APA), sustenta que “Dentro do grupo de transtornos dramáticos, emocionais ou erráticos, também conhecido no DSM-IV como o grupo B de transtornos de personalidade, encontramos um transtorno no qual a desordem da personalidade está caracterizada por um padrão de excessiva busca pela atenção”. https://amenteemaravilhosa.com.br/pessoas-passam-vida-busca-atencao/. Acesso em 7.7.2020)

Na publicação citada, os autores afirmam que, para pessoas com tais transtornos de personalidade, o “normal” é manipular as demais para conseguir o que querem, e por esta razão quando fingem piedade, o que escondem é um tremendo egoísmo, já que o único que as importa é a satisfação de seus interesses pessoais.

Ora, se os transtornos de personalidade, são definidos como experiências e comportamentos que diferem das normas sociais, então, passa a ser possível dizer que pessoas assim vivem um “novo normal”, a cada encenação. Afinal, são os padrões e normas estabelecidos que criam o normal e o novo normal.

O que fazer diante do novo normal?

O que devemos fazer é seguir, com novas cautelas, mas seguir vivendo, trabalhando, estudando, criando, produzindo.

Por exemplo:

1 — governos e escolas devem investir em suas plataformas remotas, porque o ensino mudou com a pandemia. Era inimaginável ver escolas fechadas por tantos meses. Não é mais! O novo normal criou mais trabalho para os profissionais da educação e ensino. Abriu, também, novas possibilidades para alunos e pais, que têm a obrigação de se adaptar, para sobreviver.

2 — servidores públicos e empregados da iniciativa privada devem se adaptar ao trabalho remoto e produzir! Sem produtividade, não se pode exigir do empregador que mantenha emprego. Assim, é o capitalismo e a livre concorrência! É difícil apender a usar novas tecnologias? Aprenda! Você pode! Passei por isto e aprendi. Pior que ter de se adaptar, é perder o emprego remunerado, e com ele a renda que te alimenta, abriga e proporciona outros mínimos de dignidade social.

3 — O Estado deve cuidar, ainda mais, de áreas como saúde, segurança pública e infraestrutura de água, esgoto. Deve investir sem ficar reclamando por gastar o “superavit” e a poupança pública, porque os dinheiros e rendas existem para custear as necessidades do povo. Passada a crise, o crescimento volta, se o povo tiver renda para consumir.

Ninguém esteve ou está blindado contra a morte, que pode vir pela COVID-19 e por milhares de outras situações. Agora, está na hora de crescer, evoluir, aprender a respeitar regras de higiene pessoal, de recolher o cocô do animal de estimação pelos passeios públicos e colocar no lixo!

Já passei por situações de receber pedidos de ajuda, de pessoas que, desempregadas eram extremamente humildes e diziam estar dispostas a fazer o que fosse necessário para ter um emprego remunerado.

Dois meses depois de encontrarmos o emprego, já estavam reclamando da jornada, do horário de trabalho, dos colegas, do chefe, da comida, de ter que pegar ônibus, de trabalhar muito… A preguiça é uma miséria! “Vai ter com a formiga, oh, preguiçoso”!! Assim, diz um conhecido provérbio judaico.

Viver e vencer requer coragem extra, que vá além do ordinário. É acordar, levantar e enfrentar as lutas da vida, com tutano nos ossos, e sebo nas entranhas! Se não tem, crie! Saiba que a vida recompensa os diligentes e castiga os negligentes.

Passa da hora de mudar a sintonia mental e entender que esse discurso falso de que transformarmos nossas Instituições, fará o mundo melhor, blá, blá, blá… Isso é tolice! É melhorando o ser humano, que melhoramos o planeta!!

Já contei esta estorinha em palestras e repito aqui. Um advogado estava em home office. Seu filho de cinco anos queria, a todo custo, que parasse de trabalhar e brincasse com ele.

O pai olhou para um mapa do mundo, que estava sobre sua escrivaninha e teve a ideia de rasgá-lo em vários pedaços. Então, disse ao filho: — vou jogar esse mapa no chão. Se você conseguir consertar o mundo, e me trouxer nos próximos dez minutos, paro de trabalhar e vou brincar com você!

Antes dos dez minutos o menino voltou com o mapa consertado. O pai perguntou: como você consertou o mundo tão rápido, filho?

O garoto respondeu: — observei que atrás do mundo havia a figura de um homem. Consertei o homem, e o mundo ficou consertado!

Renove-se! Evolua! Você pode ser melhor a cada dia e, assim, melhorar o mundo.

Sigam-me no Instagram: judivan j vieira

 

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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