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País tem novo recorde de mortes, enquanto estados aguardam socorro federal há 70 dias

Setenta dias após a primeira promessa de ajuda feita pelo presidente Jair Bolsonaro, estados e municípios ainda estão distantes de receber os recursos aprovados em lei. O pagamento da primeira parcela dos R$ 60 bilhões sancionado pelo governo só deve ser realizado na semana que vem.

O debate sobre o auxílio federal começou no dia 19 de março, quando o país tinha duas mortes por Covid-19. Nesta quarta-feira, o Brasil chegou a 32.548 casos fatais. Foram 1.349 óbitos em 24 horas, nova marca recorde.

O Ministério da Saúde contabiliza 584.016 casos de coronavírus no país. São Paulo concentra 21% das notificações, com 123.483 contágios. O governo do estado alertou que o número pode dobrar até o fim do mês e chegar a 265 mil infecções.

Em detalhes: o Rio de Janeiro também atingiu novo pico de mortes diárias, com 324 confirmações. O estado acumula 6.010 casos fatais ligados à Covid-19 e está perto de atingir 60 mil contaminados.

Ponto em debate: a flexibilização da quarentena no país divide especialistas. O virologista Amilcar Tanuri, da UFRJ, diz que a saída do isolamento é racional, mas alerta para necessidade de monitoramento com testes. Para o epidemiologista Paulo Lotufo, da USP, a decisão vai sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde: “Os maiores prejuízos são as vidas perdidas”.

Outro olhar: o surto de coronavírus completou seis meses com 6,4 milhões de infectados em 188 países. Em meio ano, o mundo buscou respostas para enfrentar a crise. O infectologista Leonardo Weissman compilou as descobertas e os mistérios que ainda pairam sobre a doença.

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A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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