Profissionais estão sob iminente risco de contágio devido à falta de equipamentos básicos
Por: Tiago Brito
Diante da pandemia do Novo Coronavírus (Covid-19) e do aumento de casos confirmados no Estado, o Sindicato Profissional dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem de Pernambuco (SATENPE) cobra providências do Governo do Estado e dos gestores em relação às condições de trabalho enfrentadas pelos profissionais da enfermagem de nível médio nas unidades hospitalares públicas e privadas.
A entidade criou mecanismo de comunicação direta para receber denúncias e oferecer orientações a categoria. Nos últimos dias, profissionais de diversos municípios informaram que a maior preocupação é o não fornecimento de EPI´s e falta de treinamentos.
Devido a esse problema, o sindicato solicita uma resposta das autoridades e orienta os trabalhadores a desempenharem suas funções se houver as garantias estabelecidas pela Norma Técnica nº04/2020 da Anvisa e a Resolução Cofen Nº567/2017 que dispõe sobre o Código de Ética de Enfermagem em seus artigos 2º, 13º, 22º e 28º.
Para os profissionais de saúde que realizam procedimento em pacientes contaminados, ainda conforme a Norma Técnica, são necessárias máscaras dos tipos N95, FFP2 ou equivalente. Outra atividade desenvolvida pelo sindicato será a visita em alguns municípios e em unidades hospitalares para averiguar as irregularidades e garantir o trabalho e assistência segura aos pacientes.
Segundo o presidente do SATENPE, Francis Herbert, o Governo do Estado deixou de promover as condições necessárias para os trabalhadores da saúde em relação à proteção ao Novo Coronavírus (Covid-19). “Podemos ser vítimas como também agentes transmissores por falta EPI´s, tais como: álcool em gel ou sabão para lavar as mãos, gorro, óculos de proteção ou protetor facial, máscara cirúrgica, avental e luvas de procedimentos”, denunciou.
Francis completou ainda que falta o mínimo nas unidades de saúde do Estado, a exemplo de sabão líquido, papel toalha e álcool em gel. Outro problema enfatizado é a garantia do efetivo dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem nos hospitais públicos e privados, medida considerada essencial para reduzir a sobrecarga de trabalho que certamente virá com a expansão do vírus.
Segundo ele, o contrato emergencial é uma alternativa, no entanto, é preciso levar em consideração a convocação imediata dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem aprovados no último concurso público estadual.
Assessoria de Imprensa