Por: Marcelo Montanini
O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT-PE) encerrou, nesta quinta-feira (25), as agendas nos três estados da região Sul. Durante três dias, o pedetista participou de debates sobre o desmonte do ensino superior promovido pelo governo Bolsonaro e conheceu experiências em gestão de espaço público e planejamento urbano.
“Há um mito criado por este governo de que as universidades públicas só servem a uma elite, isso não é verdade”, afirmou Gadêlha, destacando que 70,2% dos graduandos possuem renda família per capita de um salário mínimo e meio e que 48% dos cotistas têm renda familiar média de R$ 477. Os dados são da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
O parlamentar, que integra a Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais, participou de debates sobre o tema na União Metropolitana dos Estudantes Secundários de Porto Alegre (UMESPA), no Rio Grande do Sul, na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e na Câmara Municipal de Camboriú (SC).
“De 2014 para cá, os investimentos na educação só caem. Não vemos prioridades neste governo, apenas ataques. Tanto Vélez quanto Weintraub, quando foram ao Congresso, não apresentaram um projeto claro para a área ou um estudo que embasasse as políticas públicas que defendem”, criticou o deputado.
O pedetista aproveitou a oportunidade para se reunir com correligionários e lideranças nas cidades de Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Itapema (SC) e Camboriú (SC).
Espaços públicos
Durante o giro pelo Sul, Gadêlha conheceu formas de lidar e repensar os espaços públicos como equipamentos urbanos para todos os cidadãos. O parlamentar se reuniu com comerciantes permissionários do Mercado Público de Porto Alegre, que vai completa 150 anos em outubro próximo. Também esteve com cicloativistas na capital paranaense, que, apesar de ser referência pelo planejamento urbano no quesito transporte público, não tem acompanhado a inovação, observou ele.
Segundo Gadêlha, é preciso trabalhar o déficit viário do Brasil, e as capitais têm papel importante na promoção do direito de ir e vir. “Pensar o Brasil passa também por implementar soluções inovadoras e sustentáveis no trânsito, como metas de combustível limpo, investimento cicloviário, melhorar o transporte público metropolitano e oferecer segurança para os pedestres”, pontuou.