Desde o começo das atividades do mutirão de limpeza das margens do Rio, intitulado Pró-Capibaribe, voluntários retiraram ao todo 2,5 mil toneladas de lixo do manguezal. Todos os resíduos são destinados para a coleta seletiva da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), que dá a destinação correta aos resíduos sólidos. A última ação do movimento de preservação ambiental aconteceu no sábado (8) e contou com a presença de cerca de 40 participantes.
A próxima edição está prevista para o dia 7 de julho e a proposta é fazer uma limpeza dentro das águas do Capibaribe, com a ajuda de um barco para a navegação. A organização do projeto está estudando as possibilidades para avaliar a parceria e divulgar os detalhes da inscrição. Todos os detalhes podem ser acompanhados pelo instagram @procapibaribe. Até o momento, quase 200 pessoas estiveram envolvidas no processo de limpeza do cartão postal fluvial da capital pernambucana.
De acordo com Rodrigo Coutinho, um dos organizadores da ação, a expectativa é que a partir da navegação pelo Capibaribe seja possível recolher os lixos que se concentram na superfície, oferecendo novos olhares sobre o Rio. “É importante consolidar a educação ambiental dentro e fora do Capibaribe. Trazemos essa proposta de participação para que os voluntários tenham novos olhares sobre o que a poluição tem feito com um bem tão rico e cheio de vida, que é o rio”, explica.
Lixo do Recife em números
Por mês, os lares recifenses produzem mais de 40 mil toneladas de resíduos sólidos. Desse total, apenas 2% seguem corretamente para reciclagem, tornando-se matéria-prima para dar vida a outros objetos. O impacto que isso gera é um desperdício de 98% dos resíduos produzidos no Recife, que acabam parando em aterros sanitários ou nas canaletas da cidade. Ou seja: o que poderia ser matéria-prima para aquecer a economia local a partir da coleta seletiva feita por cooperativas, hoje está prejudicando diretamente o meio ambiente do município.
Por: Rayanne Albuquerque
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