Isabella de Roldão apresentou o painel “A rota verde da paradiplomacia” durante participação na I Semana de Paradiplomacia do Município de São Paulo
Estabelecer políticas públicas de desenvolvimento urbano sustentável é um processo que envolve inúmeras ferramentas. Uma delas é a da paradiplomacia. As oportunidades geradas pela condução das relações internacionais a partir de Estados e municípios foram o foco da participação da vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, na I Semana de Paradiplomacia do Município de São Paulo. Em painel intitulado “A rota verde da paradiplomacia”, realizado nesta quarta-feira (25), Isabella discutiu os caminhos da sustentabilidade com crescimento e inclusão social. O evento online contou com a mediação do professor e vereador de São Paulo, Eliseu Gabriel (PSB).
“Não dá para desenvolver a nossa economia sem pensar em políticas públicas que respeitem o meio ambiente. Vivemos em um mundo multipolar, onde todas e todos estão interligados. As ações de um trazem efeitos para o outro. Assim, a paradiplomacia se torna uma ferramenta fundamental para transformar a nossa relação com o espaço público. Recife é a capital da diplomacia consular do Norte-Nordeste, com um hub que engloba mais de 40 consulados, entre gerais e honorários. Aproveitar todo esse potencial de parcerias é um dos caminhos para que possamos construir propostas coletivas de crescimento com sustentabilidade”, disse Isabella de Roldão.
Para Eliseu Gabriel, os conteúdos foram “bastante consistentes com a pauta global”. “Uma alegria muito grande poder contar com a colaboração de Isabella na I Semana de Paradiplomacia de São Paulo. Certeza de que essa troca permite que todos possamos aproveitar da melhor maneira os conhecimentos compartilhados”, disse Eliseu Gabriel.
Na condição de coordenadora das relações internacionais da Prefeitura do Recife e embaixadora para a América do Sul da Cities Climate Finance Leadership Alliance, a vice-prefeita do Recife pontuou diversas parcerias que a capital pernambucana vem desenvolvendo junto com os consulados, no intuito de promover políticas de viés ambiental. Entre os exemplos citados, o diálogo sobre o Parque Capibaribe, que envolve o corpo consular do município. “Transformar o Recife em uma cidade parque, ampliando a nossa relação com o rio, se faz necessário. Compartilhar esse projeto com os consulados nos permite identificar parcerias que tenham foco não só no desenvolvimento urbano sustentável, mas no cuidado com as pessoas”, afirmou.
Além do Parque Capibaribe, Isabella apresentou outros projetos que envolvem a pauta da sustentabilidade e respostas para o enfrentamento à crise climática, uma vez que o Recife é a 16ª cidade mais vulnerável às mudanças do clima no mundo. Como tal, a capital pernambucana foi a primeira do Brasil a reconhecer a Emergência Climática e se comprometer a empenhar esforços ambiciosos para reverter os seus impactos. Em meio a outras conquistas, esse trabalho resultou em um inventário atualizado de emissões de gases do efeito estufa, na análise de riscos e de vulnerabilidades e no Plano Local de Ações Climáticas (Plac). Construído de forma colaborativa com o ICLEI, órgãos municipais e sociedade civil, o plano reúne ações em quatro eixos: Mobilidade, Saneamento, Energia e Resiliência.
Ao lado do prefeito João Campos, Isabella tem articulado iniciativas que atendem à agenda global de sustentabilidade. No fim de abril, por exemplo, o Recife aderiu à campanha Race to Zero, compromisso de neutralização de carbono até o ano de 2050, em conformidade com o Acordo de Paris. A gestão também tem atuado para promover a mobilidade ativa, com a priorização do transporte a pé, por bicicleta e por transporte público.
Outro projeto de relevância se encontra no Hospital da Mulher do Recife, que recentemente foi transformado em uma unidade de saúde 100% sustentável do ponto de vista energético, com um amplo sistema de geração fotovoltaica