DR JUDIVAN VIEIRA

Seu kataklysmós vai passar!

Direto de Brasília-DF.

O cantor Oswaldo Montenegro tem uma canção que diz “Eu insisto em cantar, diferente do que ouvi. Seja como for, recomeçar. Nada há, mas há de vir”.

Essa poesia musical passa por minha concepção de viver, como fragmentos de asteróides passam constantemente pela órbita terrestre e inspira seguir adiante em passos mais largos que o tempo que a tudo devora. Dentre desse buraco negro que a tudo consome está até mesmo a vida dessa raça humana, a mais adaptável forma de vida conhecida que já habitou este planeta e que segue resistindo a kataklysmós (ou cataclismas, em grego) geológicos como grandes terremotos e seus efeitos devastadores e kataklysmós biológicos como pandemias que varrem o mundo e ao aportar como epidemia no seio de cada Nação, desencadeia epidemias que espalham o reino de terror que as acompanha.

Tenho conversado ou feito contatos midiáticos com conhecidos e amigos em Brasília, outras partes do Brasil, França, Egito, Colômbia, Portugal, Espanha e EUA e observado a multiplicidade de percepções. Com a globalização da comunicação é como se eu captasse uma transmissão radiofônica de cada uma dessas pessoas em diferentes cantos do planeta e suas múltiplas percepções sobre tudo e todo e concordassem em um ponto: estamos todos dentro de uma nave espacial chamada Planeta Terra e da janela avistando um alienígena capaz de entrar por qualquer fresta e interromper nosso vôo.

Há quem inclua o Coronavírus/COVID-19 dentro das sete pragas do Apocalipse, há quem diga que a Imprensa está amando a pandemia porque a vê como a ponta de um iceberg e à partir dessa ponta mergulha no ambiente no qual ela vive melhor e se reproduz, que é a frieza e a semeadura de intrigas em meio à tradicional falta de sensibilidade. Há os que duvidam do isolamento social porque dizem que na história da medicina só se coloca em quarentena quem está doente e não quem está saudável; há os que creem que o problema não é tanto esta outra espécie de vírus da gripe, mas o problema do colapso do sistema de saúde, porque se suspender o distanciamento social é deixar na mão do povo e o povo não tem bom senso para isto.

Há teorias sobre o Coronavírus ser uma cortina de fumaça para esconder os testes nucleares chineses e norte americanos que seguem sendo feito normalmente, como noticiam jornais do mundo como o britânico The Guardian; teoria sobre a semeadura artificial de vírus em uma espécie de guerra biológica para causar dependência econômica em alguns países e enriquecimento de outros e, outra vez, ressurge a teoria de que o mundo populoso como está precisa que muitos morram para manter o fluxo de abastecimento de alimentos, já incapaz de sustentar o suprimento.

Sobressai dessa crise mundial a percepção de que os governos mundiais nunca estiveram tão perdidos. Não há planejamento estratégico, tático ou operacional para emergências como a que vivemos e esse cenário caótico é perfeito para o surgimento de teorias sobre um só governo do mundo. Ora, se a crise é global, então porque não elegermos um líder mundial?

Por fim, há os que dizem que a quebra da economia é que vai dizimar uma grande parte da humanidade, não como a Morte Negra que matou 1 de cada 3 pessoas da Europa entre 1345 e 1351, mas  Com quem está a verdade, mesmo que seja a menor verdade confiável? Difícil responder, não?!?

Daqui a pouco ressurgem  as profecias de Nostradamus, Albert Pike e de João, na ilha de Patmos. Estamos em uma nova era, mas que nova era é esta? É muito comum no desespero gerado por cataclismas biológicos e geológicos a humanidade passar pelas cinco fases de aceitação de mudanças drásticas: a  negação, a raiva, a negociação, a depressão e a aceitação. Começo dizendo que aquilo não pode estar acontecendo, passo para a fase do “não é justo”, migro para a negociação para que o kataklysmós não nos atinge tão drasticamente, caímos na depressão em que o medo, a angústia e o vazio causado pela crise nos leva a pensar em desistir e por fim vem a aceitação, quando superado o estado emocional e a razão assume o comando, momento em que seu cérebro fornece impulsos para reagir ao kataklysmós.

Não se desespere diante de todas as incertezas que estão lhe rodeando! Se você tinha um planejamento estratégico(como fazer), um planejamento tático(o que fazer para realizar o plano estratégico) e por fim um planejamento operacional(a parte da execução de seus planos) para sua vida, siga em frente. A crise pode ser o momento de sair do casulo e voar. É certo que períodos como este exigem  reavaliação e redimensionamento de fases, mas não pare. Insista em cantar diferente do que ouviu…

 

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Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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