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Serviço de mototáxi através de app chega ao Recife este mês

Começa a operar este mês, no Recife, o aplicativo Picap, que pretende oferecer o serviço de mototáxi sob demanda, numa espécie de Uber das motos. A empresa, que já está em período de testes desde o mês de julho, está em fase de captação de motociclistas aptos a atuar com a tecnologia. Até esta semana, já eram mais de três mil pessoas cadastradas no app na Região Metropolitana do Recife (RMR). Atualmente, a startup Picap atua na Colômbia, onde foi criada em 2016, sobretudo nas cidades de Bogotá e Medellín. No Brasil, as operações têm início simultaneamente no Recife e no Rio de Janeiro. Segundo a Prefeitura do Recife, o serviço de mototáxi não é regulamentado na cidade. 

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“Entendemos que em grandes centros urbanos existe uma demanda de solução de mobilidade para que as pessoas ganhem tempo. Uma alternativa mais rápida. E Recife está inserida dentro desse contexto. Neste período de testes, tivemos uma boa resposta das pessoas, porque nós só estamos organizando e conectando um serviço que já é ofertado”, comentou o CEO da Picap Brasil, Diogo Travassos. Recife e Rio de Janeiro foram as primeiras cidades brasileiras a serem escolhidas para iniciar a operação justamente pelo tempo que as pessoas gastam no trânsito. 

Embora não seja regulamentado, o serviço de mototáxi existe no Recife e na região metropolitana, sobretudo nas áreas periféricas da cidade. Travassos acredita que, com a chegada da Picap, assim como aconteceu com a Uber, as discussões sobre a necessidade de regulamentação desses serviços de transporte individual de passageiros vai, inevitavelmente, voltar a acontecer. 

O secretário municipal de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga, afirmou que o fato de não ser regulamentado, não proíbe a oferta do serviço e que já é hora de discutir o assunto no Recife.  “Existe espaço para a regulamentação do mototáxi no Recife, mas precisamos estudar. Se o serviço existe, melhor discutir do que ignorar, até para que se possa oferecer uma qualidade melhor do serviço. O importante é melhorar a segurança das pessoas e aumentar a fiscalização e para isso está na hora de começar a conversar sobre a regulamentação desse tipo de serviço”, disse Braga. 

Já a oferta do serviço de motofrete pela Picap, que existe na Colômbia, não tem previsão de ser oferecido no Recife. “Mas na Colômbia temos resultados interessantes”, ressaltou Travassos. 
 

“Esse serviço tem uma atuação bastante transversal. Qualquer pessoa que acaba perdendo tempo nos seus traslados diários, como estudantes, trabalhadores, aposentados, é o nosso público-alvo”, coloca o CEO da Picap Brasil. De acordo com Diogo Travassos, o aplicativo reduz em cerca de 50% o tempo de deslocamento do usuário, com um custo até 30% menor, podendo chegar à metade do preço, se comparado aos apps de carros particulares. 

Para incentivar a adesão, neste primeiro mês de atuação na cidade até o início de setembro, a empresa não cobrará comissão para o motociclista. “100% da viagem é dele”. Após esse período, será cobrado um percentual de 15% em cima de cada viagem, tal como acontece na Colômbia onde, segundo Travassos, alguns motociclistas chegam a ganhar R$ 4 mil por mês. No Brasil, as formas de pagamento disponíveis são dinheiro e cartão de crédito. 

“Nos primeiros seis meses deste ano, a startup fechou com uma média de um milhão de viagens realizadas mensalmente na Colômbia, a partir de uma base de 20 mil motociclistas ativos e 200 mil usuários”, disse Travassos. 

O plano de expansão da Picap não envolve apenas o Brasil, mas México, Argentina, Peru, Chile e Guatemala, que receberão investimentos de USD 2,5 milhões. Para a implementação no Brasil, serão investidos cerca de U$ 550 mil (cerca de R$ 2 milhões) nos próximos seis meses. “Além do Recife e do Rio, vamos lançar a Picap em outras cidades brasileiras ainda este ano”, adiantou. 

Além de driblar os grandes congestionamentos, o aplicativo Picap também se propõe ser uma oportunidade para motociclistas, através do sistema de economia colaborativa, oferecendo fonte de renda complementar aos profissionais. A campanha de captação dos motociclistas está sendo realizada através das mídias digitais e na busca ativa pelos locais onde o serviço de mototáxi já existe. 

Para ter o cadastro validado na plataforma da Picap, o motociclista precisa ter, pelo menos, 21 anos, e apresentar a Carteira Nacional de Habilitação tipo A com, no mínimo, dois anos de expedição. Também é preciso estar com os documentos do veículo atualizados, incluindo o pagamento do seguro DPVAT, e possuir uma motocicleta com até 10 anos de fabricação e motor de, no mínimo, 100 cilindradas.

O uso do capacete é obrigatório para ofertar o serviço, tanto para o condutor quanto para o passageiro. Além disso, o cadastro do motociclista passará por uma análise de antecedentes criminais. Sobre a experiência na pilotagem de moto, não existe um método objetivo de verificação. “Conseguimos observar apenas a expedição da carteira, mas estaremos avaliando a experiência do usuário para entregar um serviço de qualidade”, disse o CEO da Picap, Diogo Travassos. 

Fonte: Diário de Pernambuco

Foto: Divulgação Picap.

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A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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