“Esse serviço tem uma atuação bastante transversal. Qualquer pessoa que acaba perdendo tempo nos seus traslados diários, como estudantes, trabalhadores, aposentados, é o nosso público-alvo”, coloca o CEO da Picap Brasil. De acordo com Diogo Travassos, o aplicativo reduz em cerca de 50% o tempo de deslocamento do usuário, com um custo até 30% menor, podendo chegar à metade do preço, se comparado aos apps de carros particulares.
Para incentivar a adesão, neste primeiro mês de atuação na cidade até o início de setembro, a empresa não cobrará comissão para o motociclista. “100% da viagem é dele”. Após esse período, será cobrado um percentual de 15% em cima de cada viagem, tal como acontece na Colômbia onde, segundo Travassos, alguns motociclistas chegam a ganhar R$ 4 mil por mês. No Brasil, as formas de pagamento disponíveis são dinheiro e cartão de crédito.
“Nos primeiros seis meses deste ano, a startup fechou com uma média de um milhão de viagens realizadas mensalmente na Colômbia, a partir de uma base de 20 mil motociclistas ativos e 200 mil usuários”, disse Travassos.
O plano de expansão da Picap não envolve apenas o Brasil, mas México, Argentina, Peru, Chile e Guatemala, que receberão investimentos de USD 2,5 milhões. Para a implementação no Brasil, serão investidos cerca de U$ 550 mil (cerca de R$ 2 milhões) nos próximos seis meses. “Além do Recife e do Rio, vamos lançar a Picap em outras cidades brasileiras ainda este ano”, adiantou.
Além de driblar os grandes congestionamentos, o aplicativo Picap também se propõe ser uma oportunidade para motociclistas, através do sistema de economia colaborativa, oferecendo fonte de renda complementar aos profissionais. A campanha de captação dos motociclistas está sendo realizada através das mídias digitais e na busca ativa pelos locais onde o serviço de mototáxi já existe.
Para ter o cadastro validado na plataforma da Picap, o motociclista precisa ter, pelo menos, 21 anos, e apresentar a Carteira Nacional de Habilitação tipo A com, no mínimo, dois anos de expedição. Também é preciso estar com os documentos do veículo atualizados, incluindo o pagamento do seguro DPVAT, e possuir uma motocicleta com até 10 anos de fabricação e motor de, no mínimo, 100 cilindradas.
O uso do capacete é obrigatório para ofertar o serviço, tanto para o condutor quanto para o passageiro. Além disso, o cadastro do motociclista passará por uma análise de antecedentes criminais. Sobre a experiência na pilotagem de moto, não existe um método objetivo de verificação. “Conseguimos observar apenas a expedição da carteira, mas estaremos avaliando a experiência do usuário para entregar um serviço de qualidade”, disse o CEO da Picap, Diogo Travassos.
Fonte: Diário de Pernambuco
Foto: Divulgação Picap.