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Saúde feminina: Especialista dá dicas de autocuidado, o que ainda é um desafio, principalmente para as mães

O dia 28 de maio, domingo, marca uma data duplamente importante. É nele que se celebra o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.  O principal objetivo dessas datas é chamar a atenção e conscientizar a sociedade sobre os inúmeros problemas de saúde comuns na vida das mulheres, como por exemplo: câncer de mama, endometriose, infecção urinária, câncer no colo do útero, fibromialgia, depressão e obesidade. Quadros como esse são atribuídos à sobrecarga vivida pelas mulheres que, em suas jornadas duplas ou triplas de trabalho, estudo e maternidade, acabam deixando o autocuidado de lado.

 

Quanto à mortalidade materna (morte da mãe no período de gravidez, durante o parto ou no pós-parto – até 42 dias após dar à luz), os números no Brasil ainda são alarmantes. Dados do Ministério da Saúde mostram que de 1990 a 2015 houve uma queda de 58%, passando de 143 para 60 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. No Japão, por exemplo, esses índices são de seis óbitos de mulheres por 100 mil nascidos vivos.

 

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a mortalidade materna é um importante indicador de qualidade da saúde ofertada para as pessoas e é fortemente influenciada pelas condições socioeconômicas da população. Em média, 40% a 50% das causas podem ser consideradas evitáveis e a maioria dessas mortes são causadas por hipertensão, infecção no pós-parto e hemorragias.

 

O Brasil apoia o esforço de eliminação da mortalidade materna evitável, iniciativa global prevista na Agenda 2030, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Uma das metas da agenda é reduzir até 2030 a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos. A OMS calcula que cerca de 830 mulheres morrem todos os dias no mundo, devido a complicações na gravidez e no parto.

 

Mas enquanto esses índices-alvo ainda não são atingidos, o que é possível fazer para que as mulheres cuidem de fato de sua saúde?

 

Segundo Alice Bella Lisbôa, professora de Fisioterapia e Estética da Wyden, as mulheres são culturalmente mais preocupadas com a saúde do que os homens e as queixas mudam de acordo com a fase da vida. No entanto, separar um tempo para o autocuidado torna-se mais desafiador em determinadas fases, como o momento em que as mulheres estão com os filhos ainda pequenos.

 

“As mulheres mais jovens se preocupam com a gestação e o parto e com as questões de saúde sexual, como dores na relação sexual ou dor pélvica causada pela endometriose. As mulheres mais maduras questionam mais sobre a incontinência e prolapso de órgãos pélvicos, menopausa e risco de câncer de mama”, conta a coordenadora. “No Brasil existe um programa de saúde pública bem estruturado para o cuidado integral à saúde da mulher, que garante esse cuidado em todas as fases da vida”, complementa.

 

A dica da profissional é válida para todas as mulheres em qualquer idade: alimentação saudável e prática regular de atividade física são fundamentais para a manutenção da saúde e prevenção de doenças. Além disso, procurar um fisioterapeuta especializado nas questões de saúde feminina quando há queixa de disfunção da musculatura do assoalho pélvico (incontinência, dor na relação) para que haja tratamento adequado de forma precoce, diminui o impacto negativo na qualidade de vida. “Manter uma rotina de check up e de visitas ao médico ginecologista é fundamental para prevenção e detecção precoce de muitas condições de saúde, como o câncer de mama e de colo de útero”, finaliza Alice.

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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