Estamos diante de uma linda e impactante parábola contada por Jesus.
Essa bela parábola foi dirigida aos fariseus, mas é tão atual, que até parece que foi contada por Jesus enquanto Ele olhava para a nossa geração.
Sim, há tantos cristãos vivendo como se cristãos não fossem, falando como se cristãos não fossem, há tanta confusão no que se refere à vida eterna, que essa parábola aparece como uma luz que orienta os nossos passos.
Pois bem, antes de tudo, Jesus nos traz uma verdade incontestável: todos iremos morrer e todos prestaremos contas a Deus.
Ninguém, pois, escapará, por mais poderoso que seja, de tal realidade.
Um dia, quando tudo estiver consumado, quando Deus nos chamar desta terra, prestaremos contas a Ele de cada palavra dita, de cada coisa realizada, de cada escolha que fizemos.
Vejamos a parábola!
Jesus nos conta que havia um homem muito rico, que esbanjava o que possuía promovendo grandes festas, mas não se dava conta da miséria de um pobre que vivia à sua porta.
Ora, não poderia ser diferente a atitude do rico. É que quando estamos fora do amor, de Deus, não somos tocados pelos sofrimentos alheios. Quando o egoísmo movimenta o nosso coração, ficamos fechados à dor do irmão. Por isso, o rico não se incomodava com os sofrimentos do pobre Lázaro. Não havia em seu coração lugar para a compaixão. Tudo estava muito escuro em seu interior. A riqueza lhe tinha tirado a visão real das coisas.
Pois bem, continuando a parábola, Jesus nos mostra como tudo aqui por baixo é efêmero: o pobre e o rico morreram.
A Palavra diz que o pobre foi levado pelos anjos para o seio de Abraão (o céu), e que o rico foi enterrado (o inferno).
Você consegue perceber o grande ensinamento de Jesus com relação à morte dos dois?
O pobre sobe, vai para o seio de Abraão, e o rico desce, é enterrado, vai para o inferno.
Eu traduzo: quem ama, quem se importa com os outros, quem faz de sua vida um de amor ao outro, subirá para Deus. Mas, quem não ama, certamente descerá, ficará para sempre longe de Deus.
O rico, diz a parábola, quando se viu em meio aos tormentos e contemplou a felicidade de Lázaro, sem demora pediu ajuda:”Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas”.
Pobre homem! Era tarde demais! Tudo já estava consumado! Lázaro não podia ajudá-lo, pois havia um grande impedimento.
Veja o que disse Abraão: “Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males”.
Perceba que o rico tentou mudar a ordem das coisas, mas tudo lhe foi negado. Era tarde demais!
Será, meu amigo, que a parábola serve também para nós? Será que estamos subindo ou descendo? Será que estamos ocupados demais com as nossas coisas e esquecidos dos outros? Será que a riqueza nos cegou? Será que os apegos nos fizeram escravos dos nossos próprios prazeres?
Outro ensinamento: só há uma vida! Ninguém pense que haverá outra vida para reparar os erros! Alguns pensam assim! Mas Jesus deixa bem claro que Lázaro foi para o céu, e que o rico perdeu a si mesmo e não encontrou mais possibilidade alguma de salvação.
A verdade é que o Senhor nos deu apenas uma vida para construirmos a eternidade. Ele não nos deu várias vidas. Ele nos deu uma vida com várias chances! Ele nos deu um coração capaz de amar e servir para podermos subir.
Aproveitemos, então, o tempo da misericórdia e nos lancemos no amor!
Não sejamos como o rico da parábola, pois já conhecemos a verdade: quem ama verdadeiramente a Deus e ao próximo, sem dúvida alguma, subirá para Deus. Todavia, quem não ama, quem vive fechado em si mesmo, sem sombra de dúvidas, descerá.
Que Deus nos ajude a subir!