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O PROCESSO DE EDUCAÇÃO E ENSINO NA IDADE MODERNA. EPISÓDIO DE HOJE: O surgimento das Universidades e sua influência no processo educativo (Parte 3)

Direto de Brasilia-DF.

Como vimos dizendo nos artigos anteriores, as principais questões a serem solvidas nas nascentes universidades europeias eram estruturais.

Problemas infraestruturais são, em verdade, os primeiros que devem ser abordados por quem deseja realizar um empreendimento de êxito, seja para sua vida pessoal seja para a prosperidade de uma empresa ou de uma Nação.

Assim, como reunir um corpo de mestres capazes e eficientes? Como definir o currículo? Como prover alojamento e alimentação para os alunos? Ministrar aulas em salas fechadas e específicas ou ao ar livre?

No século XI e XII os melhores mestres lecionavam de forma itinerante, como também aconteceu com clássicos e sofistas gregos, até que Epicuro fundou sua escola chamada “O Jardim”, Platão fundou sua escola chamada “Academia” e Aristóteles fundou sua escola chamada “Liceu”.

O processo educativo e de ensino não passava somente pela implantação da ideia de uma escola fincada geograficamente como uma infraestrutura definida e auto administrada, como a prova de que a escola privada poderia existir independente do Estado. Se melhor ou pior, esta é uma questão que deveria estar na pauta como ambas sendo de excelência porque quanto mais educado e instruído, mais valor agregado à Nação e ao Estado o povo promove.

Quem não enxerga o valor da educação e do ensino/aprendizagem tem olhos mas não vê, ouvidos mas não ouve, cérebro mas não raciocínio!

Como as universidades resolveram o problema dos professores itinerantes? Fundando corporações de professores para que eles estivessem todos reunidos e pudessem, em nome da universidade:

1 – Organizar o conhecimento;

2 – Conservar o conhecimento; e

3 – Transmitir o conhecimento.

Resolvendo o problema da fixação de bons professores

Thomas Giles relata que em Paris, no ano de 1150, foi formada a Universitas Magistrorum Parisiensis, traduzindo-se como, Corporação dos Mestres Parisiensis, O autor diz, ainda, que no século XII esta corporação adquire o título de Estudos Gerais e no século XIII passa a deter poder para estabelecer o currículo disciplinar composto por Medicina, Direito, Artes, Teologia.

Entre 1215 e 1231 a Corporação de Mestres consegue por Decreto o reconhecimento para a Universidade de Paris, como dissemos antes. Era a solução político-jurídica que a instituição necessitava para se firmar como agência de ensino.

Até o próximo artigo.

Fotos de arquivo do autor, em viagem à Grécia:

Nov/2019.

Excavações do Liceu – Escola de Aristóteles. Atenas

 

 

 

 

 

 

 

Abaixo, foto da Academia. Escola de Platão

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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