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O PROCESSO DE EDUCAÇÃO E ENSINO NA IDADE MODERNA. EPISÓDIO DE HOJE: O surgimento das Universidades e sua influência no processo educativo (Parte 2)

Direto de Brasília-DF.

O professor Thomas Ransom Giles diz com muito acerto que “De todas as instituições educativas que surgiram desde a Antiguidade, é a universidade que exerce mais influencia na preparação da época moderna e contemporânea”.

Três modelos de universidades se destacariam na Idade Medieval: o modelo francês, o modelo italiano e o modelo inglês.

A Espanha, Portugal e Alemanha também ofereceram contribuições ímpares a esta congregação ou ajuntamento de Mestres e Alunos dispostos a debater todo e qualquer assunto relacionado ao conhecimento humano e divino. Note, entretanto, que aos poucos a discussão excluiu o divino de seu currículo e fundou-se na ciência.

As principais questões a serem solvidas nas nascentes universidades eram estruturais. Como reunir um corpo de mestres capazes e eficientes? Como definir o currículo? Como prover alojamento e alimentação para os alunos? Ministrar aulas em salas fechadas e específicas ou ao ar livre?

Paralelamente haviam questões de ordem política e jurídica assim expresso: Como obter reconhecimento do Papa e das autoridades governantes para que a universidade pudesse obter reconhecimento legal?

Além do conteúdo curricular era necessário definir a fonte do conhecimento. Este viria de livros caros e raros, das anotações de aula dos professores e mestres, de debates entre mestres e alunos?

Todos estes problemas estão na origem das universidades. Eis porque a “vagabundagem” quer de professores quer de alunos não era conduta sequer imaginada, muito menos aceita como o é hoje, em que alunos gastam dinheiro dos pais e do contribuinte simplesmente para figurarem em listas de chamadas e agirem quais zumbis, meramente figurantes de intelectuais que levam reprovam em matéria pós matéria e em quase nada contribuem com sua vida pessoal e, menos ainda, com o progresso da ciência e de seu país.

Estudar em uma universidade, em suas origens, exigia comprometimento pessoal, sacrifício, e, acima de tudo, amor pelo conhecimento associado ao desejo de produzir resultados pessoais e sociais.

Em 1150 quando a Universidade de Paris é fundada, ela já prima pelos da Filosofia, Teologia(a Igreja ainda era determinante), Artes, Direito canônico e Medicina. Desde esta época esse corpo de Mestres e Alunos começa a lutar por reconhecimento oficial, o que ocorre com um Decreto emitido em 1231(quase um século depois de fundada) por Roberto de Courçon. Este Decreto estabelecia o regulamento sobre: a qualificação dos mestres e a autoridade que detinham sobre os estudantes; o método de ensino; o conteúdo curricular.

Em Paris e nas demais universidades que surgirão para alterar e potencializar o progresso da Europa, o que se buscava era um planejamento que fizesse com que a universidade fosse capaz de:

1 – Organizar o conhecimento;

2 – Conservar o conhecimento; e

3 – Transmitir o conhecimento.

É certo que todo planejamento deve ser flexível para permitir acomodar mudanças necessárias e, assim, o foi com o planejamento europeu para suas universidades. Algumas com o passo dos anos transformaram-se em agências de pesquisas e revolucionaram o processo de educação e de ensino, como seguiremos demonstrando.

 

Continua…

 

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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