Direto de Brasília-DF.
Neste momento em que o mundo luta contra a pandemia da COVID-19 podemos todos usar a técnica do “ESAON” ( “E” de estacione, “S” de sente-se, “A” de avalie, “O” de oriente-se e “N” de navegue) para compreender, avaliar e tomar decisões racionais.
Não à toa, como professor, venho semeando sementes de educação e de ensino, porque em certos momentos creio na educação como a última trincheira, a última casamata de resistência contra o inimigo.
Este momento pandêmico não nos pede, ele nos abriga se não a ser amigos, ao menos, a nos tolerarmos com respeito, já que a vida de todos está ameaçada por um inimigo comum. Governos, população de todos os credos religiosos, políticos e dos mais diferentes pensamentos, inclusive aqueles que fazem da política uma religião, precisam unir esforços e respeitar uma trégua para ganhar a batalha contra esse vírus e poder devolver o país o mais rápido possível à normalidade.
Este momento de pandemia exige que Estado, Imprensa e Religião deixem de lado a vaidade e suas pautas estritamente ideológicas e unam-se em torno da Nação(ou seja, do povo), a fim de criar uma espécie de muro de fogo que a proteja, sob pena de no fogo das vaidades queimarem seus súditos, leitores/consumidores e fiéis e decretarem seu próprio fim, como o fez o camponês que matou a galinha que botava ovos de ouro, por não se contentar em receber um a cada dia e, gananciosamente, abrir a pobre coitada para saquear todo o tesouro que imaginava que ela guardava dentro de si. Afinal, como disse Esopo, o contador de histórias e autor da fábula, quem tudo quer, pode vir a nada ter.
Neste momento de confinamento, enquanto negocio com editoras no Brasil e fora dele, enquanto escrevo artigos, reviso originais de dois livros cujas edições estão esgotadas em português e espanhol e enquanto finalizo dois livros inéditos em Ciências Sociais que lançarei neste ano de 2020, tenho aproveitado para observar o comportamento de amigos ateus e amigos religiosos, de autoridades e também de jornalistas, repórteres e entrevistados que se deslumbram com os 15 minutos de famas diante das câmeras. Olha, aqui em Brasília-DF já apresentei programa de rádio e de TV e quem me conhece e até já foi entrevistado por mim, sabe a noção que tenho da brevidade, falibilidade e do tolo deslumbramento em todos esses sistemas.
ATITUDES IRRACIONAIS E OPORTUNISTAS NESTE MOMENTO DE PANDEMIA DO CORONAVÍRUS/COVID-19
Pois bem, apesar deste momento exigir que sejamos humanos no exercício de nossa mais pura razão, o que tenho visto sobressair é vaidade e irracionalidades. Vou enumerar algumas:
1 – A falta de educação, agressividade e covardia de alguns jornalistas, alguns repórteres e alguns entrevistados, que por vontade própria e determinação de seus patrões insistem em manter sua maldita linha editorial de ESQUERDA COMUNISTA OU SOCIALISTA e de DIREITA, acima dos interesses da Nação. Até quando serão incapazes de perceber que esta estupidez pode levar vocês e muitos de nós à bancarrota?
Abrir coletivas de imprensa e informes sobre o CORONAVÍRUS/COVID-19 querendo agredir, confundir e lançar armadilhas para as autoridades, só porque vocês pensam diferente é irracional e oportunista.
Nós, o povo, que estamos aquartelados, confinados em casa, esperamos informações isentas e que possam evitar pânico e salvar vidas. Deixem o governo trabalhar e passem a noticiar fatos. Quando o governo de todas as instâncias errarem ou acertarem sejam justos. Ajudem a perceber e corrigir o caminho. Primeiro vamos salvar nosso povo! Depois vocês brigam pelos despojos do Estado!
2 – A atitude de prefeitos de municípios e de certos governadores de estados da federação que querem USURPAR a competência constitucional do Governo Federal, ao invés de se ajudarem demonstra claramente que o que querem é um RACHA POLÍTICO para sairem candidatos a MANDATOS POLÍTICOS que julgam de maior importância nas próximas eleições. Mas, e se não houver próximas eleições? E se o vírus infectar a você? Para quê tua riqueza e tua ambição política terá servido? Ou será que por ser político você se acha além de imune à lei, também imune ao Coronavírus?
Como a repetição às vezes é a mãe do aprendizado e como parece que alguns prefeitos e governadores só conhecem as leis orgânicas de seus municípios e as constituições estaduais e demonstram desconhecimento que tais leis NÃO PODEM se sobrepor à Constituição Federal, por mais que a nossa precise de algumas revisões, repito aqui competências ou poderes que pertencem somente ao Governo Federal:
“Art. 21. Compete à União:
(…)
XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
(…)
- c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aeroportuária;
- d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
- e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;
- f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
(…)
XVIII – planejar e promover a defesa permanente contra as calamidades públicas, especialmente as secas e as inundações;
(…)
XXI – estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional de viação;
Agora, eis algumas competências ou poderes que pertencem PRIMEIRO à União, governo federal:
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
(…)
III – requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
(…)
IX – diretrizes da política nacional de transportes;
X – regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI – trânsito e transporte;”
Ao final incito cidadãos, jornalistas em geral, religiosos e ateus a fazermos um ESAON, neste momento de pandemia. Assim, poderemos compreender, analisar e decidir com mais propriedade sobre os melhores cenários para o bem de todos, e não somente para o bem estar de quem é de esquerda ou de direita política. Acredite, a sepultura, a fornalha da cremação, o deus Anúbis ou Caronte, o demônio dos olhos de fogo, que farão tua travessia pelo mundo dos mortos, não vão te perguntar se em vida você serviu à direita ou à esquerda política.
A pandemia em que o mundo já está mergulhado até o pescoço exige que nos destituamos de vaidades pessoais, irracionalidades e oportunismos políticos partidários, porque como disse certa vez um pensador hebreu “Todos partilham um destino comum: o justo e o ímpio, o bom e o mau, o puro e o impuro, o que oferece sacrifícios e o que não os oferece. O que acontece com o homem bom, acontece com o pecador; o que acontece com quem faz juramentos, acontece com quem teme fazê-los. Assim, o que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria.”
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