Seriedade e silêncio nem sempre indicam que o ensino será repassado com eficiência
Se tem uma coisa que fomos levados a acreditar é que o bom humor não combina com a sala de aula. No entanto, engana-se quem pensa que essa máxima é uma verdade absoluta, pois ele tem sido um importante aliado dos professores durante o processo pedagógico. É a partir dele que se cria um ambiente propício ao aprendizado, aproxima a relação entre alunos e professores e conquista a atenção dos estudantes.
De acordo com o professor e revisor do Sistema GGE de Ensino, Hudson Ribeiro, o humor no ambiente de sala de aula traz leveza, interatividade e proporciona mais foco. “É mais agradável estar com um professor que passa seu conteúdo com sorriso no rosto e tem boas impressões da sala de aula”, disse.
Contar com esse artifício, na avaliação do educador, pode ser decisivo para o docente, já que a postura dele será crucial para definir o clima do ambiente escolar. Muitas vezes, a iniciativa de transformar a vida do aluno, seja por meio da inspiração, da alegria e, em alguns casos, da infelicidade, vem do próprio professor. “É muito mais tranquilo para um aluno tirar uma dúvida com quem é mais carismático e atencioso. Um atendimento humanizado do professor para com o aluno pode fazer toda diferença”, opinião.
Por outro lado, tudo em demasia tem que ser observado com cautela. Na visão de Ribeiro, a brincadeira por si só não vale a pena, ela precisa estar atrelada ao aprendizado. “Como tudo na vida, às vezes, a gente precisa de equilíbrio e entender o nosso limite, justamente para que o aluno não confunda liberdade com libertinagem”, avaliou.
Cabe ao professor entender também o limite, para não extrapolar essa linha tênue e perder o controle da sala. “Não podemos cobrar o bom senso apenas dos alunos, o professor também tem que ter. O ensino também é reflexo de quem está ali para gerenciar”, avaliou.
Mas se tem uma coisa que os alunos não esquecem é do professor que sabe dosar bem essa equação: de estar inteiro em sala de aula, com bom humor e com os conteúdos na ponta da língua. “É muito comum que o aluno não goste de determinada matéria, mas se o professor acolher e caminhar junto, tudo ficará mais tranquilo e possível”, explicou o revisor do Sistema GGE, destacando que a educação acontece quando gera emoção e que é por meio do bom humor que se chega ao coração do aluno.