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MSF responde a necessidades médicas e prepara aumento das atividades no Sudão

Trabalho humanitário continua comprometido pelos intensos combates no país

A violência continua afetando muitas regiões do Sudão. Equipes de Médicos Sem Fronteiras (MSF) que estão presentes no país relatam que os hospitais estão sobrecarregados e milhares de pessoas estão fugindo para áreas consideradas mais seguras. O panorama é de necessidades humanitárias e médicas imensas desde o sábado, 15 de abril, quando os confrontos entre tropas do governo e um grupo rival tiveram início.

“Durante uma pausa nos conflitos, MSF conseguiu fazer uma doação de suprimentos médicos a uma instalação médica em Cartum, no último domingo, 23 de abril. Estamos em contato com hospitais, autoridades e associações médicas sudanesas na tentativa de suprir mais unidades de saúde da capital”, explicou o Dr. Ghazali Babiker, diretor de MSF no Sudão. Ele observou, entretanto, “que os combates continuam fazendo com que esse trabalho seja quase impossível”.

Em El Fasher, um grande número de feridos chegou ao hospital apoiado pela organização na localidade. Nossas equipes trabalham dia e noite para dar assistência aos feridos. Até o momento, 404 pessoas conseguiram chegar ao hospital para receber tratamento. O local é a única instalação de saúde que conseguiu manter suas atividades na cidade.

Milhares de pessoas fugiram de Cartum para Wad Madani. Equipes de MSF, incluindo pessoal proveniente de Cartum e do projeto de MSF em Damazin, estão avaliando quais são as melhores maneiras de atender às necessidades no local.

Instalações apoiadas pela organização também continuam atendendo pacientes em Damazin, no Estado do Nilo Azul, Omdurman, Estado de Cartum, nas cidades de Kreinik e El Geneina, em Darfur Oriental, Rokero, no Estado de Darfur Central e Um Rakuba, no Estado de Gadarife, no leste do país. MSF mantém o compromisso de fornecer cuidados médicos extremamente necessários à população do Sudão, especialmente durante estes momentos de grande dificuldade. Mas para que isso seja feito, é necessário garantir a segurança de profissionais da organização e de pacientes.

“Equipes de MSF com experiência em emergências estão prontas para ingressar no Sudão assim que possível para apoiar o incremento de nossas atividades. Outras equipes estão no momento preparando e identificando as melhores maneiras de enviar suprimentos médicos e humanitários ao país”, afirmou a vice-diretora de operações de MSF, Kate Nolan.

Depois de mais de uma semana tendo de ficar abrigados em função dos intensos combates, algumas equipes conseguiram se locomover para regiões mais seguras, ao mesmo tempo em que há planos para que algumas pessoas saiam do país. Parte da equipe também foi realocada com suas famílias para áreas mais seguras, muitas vezes se juntando a outros familiares. Os contatos próximos com todos os membros da equipe estão sendo mantidos sempre que possível. A segurança das equipes é prioridade, e MSF agradece o apoio que tem recebido para realocar suas equipes de maneira segura.

“Reiteramos nosso apelo a todos que participam da violência para que respeitem suas obrigações, de acordo com a lei humanitária internacional e garantam a segurança do pessoal médico, permitindo o acesso seguro de nossas equipes, ambulâncias e civis a instalações de saúde, e que também permitam a movimentação daqueles prestando assistência humanitária”, afirmou o Dr. Abubakr Bashir Bakri, gerente de operações de MSF no Sudão.

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A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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