Direto de Brasília-DF.
Considero importante seguir contribuindo com o processo educativo e de ensino, sem o tradicional viés ideológico-político, que domina o Brasil da esquerda, e da direita.
Todos, inclusive os do tal de centrão, estão descentralizados do amor que deveriam sentir pela pátria. Todos fazem questão de ignorar o que realmente importa, que precisamos mesmo é de um só coração, e uma só alma pelo Brasil!
Educar e ensinar está além, muito além de fazer da mente alheia um depósito de lixo, ou seja, de informações que foram recebidas, digeridas e vomitadas por uma pessoa, empresa, partido político ou máquina de propaganda.
Esses, o que desejam é colocar cabresto no povo simples, que não tem nem o conhecimento, nem a coragem, nem as armas para combater a manipulação histórica, que IMPRENSA, RELIGIÃO E ESTADO, usam para enganar e dirigir para destinos que não seriam os que o povo escolheria, se soubesse pensar por sí.
É com esse espírito que seguirei escrevendo sobre esta MP-FLAMENGO, seus reais e possíveis efeitos sobre o futebol, que desde 1894, quando um estudante brasileiro, Charles Miller, que jogava futebol com seus colegas na Inglaterra, ao voltar ao país trouxe bola e chuteiras, e fez deste esporte uma espécie de MARCA REGISTRADA, do Brasil
O futebol e o Brasil, o Brasil e o futebol, criaram uma simbiose, uma associação tão grande, que um parece ser a imagem do outro, refletida no espelho do mundo. Eis porque temos palavras e expressões que vão muito além do signo, e de um significado unilateral.
Há palavras e expressões, às quais a história, a geografia, a biologia, e, para lá das ciências lógica e exastas, o sentimento se une para criar mitos e lendas.
Com isto quero dizer que uma pessoa ao falar, escrever ou comunicar certas palavras, ou expressões, as vincula diretamente a todo um significado universal, em qualquer parte do Planeta Terra, da Lua, ou Marte. Eis que tais palavras ou expressões transcendem àquela circunstância de tempo e espaço, no qual está o falante e o ouvinte.
Eis algumas dessas palavras e expressões:
1 – “O Brasil é o país do futebol”.
2 – “Pelé”.
3 – “O país do Carnaval, do futebol, do samba e da mulher bonita”.
Você já parou para pensar na grandeza do significado e múltiplas mensagens que possuem esses três exemplos acima?
O Brasil não é o país do futebol, somente porque, no momento, é cinco vezes campeão da Copa do Mundo. Está muito além disto! São jogadores como Garrincha, Pelé, Rivelino, Tostão, e outros maravilhosos, da antiga geração, que com magia e genialidade marcaram seus nomes na história.
O Brasil não é o país do futebol, somente porque nele nasceu Zico, uma espécie de instituição nipo-brasileira, tão respeitável quanto a tradição familiar para o antigo Japão.
O Brasil não é o país do futebol, somente porque nele nasceram magos da bola, como Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Neymar.
O Brasil não é o país do futebol, somente porque em “jovens tardes de domingo”, conseguia colocar 200 mil pessoas no Maracanã.
O Brasil é o país do futebol, pela emoção e paixão, com as quais vive esse esporte. Afinal, retire a emoção e a paixão e seremos menos que máquinas. Os brasileiros choram, sorriem, casam-se, divorciam-se, geram e batizam seus filhos, embalados por algum sentimento vinculado ao futebol.
É neste contexto que venho descrevendo, que surge a MP-FLAMENGO, que se o Congresso Nacional tiver bom senso, irá em breve converter em Lei Ordinária(este é o nome dado a certos tipos de leis, dentro do processo legislativo previsto no art. 59 da CF/88). Aliás, por falar em Congresso Nacional, se alguém reclamar porque o Presidente da República não os consultou sobre a edição desta MP, saiba que o Poder Executivo não tem nenhuma obrigação de dar aviso prévio.
Podemos, ou não, gostar de um estereótipo(palavra que significa, ideia, conceito, ou padrão estabelecido pelo senso comum das pessoas, baseado no conhecimento superficial e, às vezes, até preconceituoso sobre algo ou alguém), mas, uma vez criado, o tal estereótipo, passa a ser importante tentar compreendê-lo, aceitá-lo ou modificá-lo.
Sermos chamados de país do futebol, talvez esteja a exigir, nestes novos tempos, associar à paixão, o profissionalismo e a gestão empresarial que a indústria do futebol requer e merece.
Siga-me no Instagram: judivan.j.vieira