Com a retomada da economia no mundo todo, o mercado imobiliário de alto padrão passou por um novo ciclo de mudanças decorrente do isolamento social na pandemia. Novos hábitos foram adquiridos pelos consumidores que não querem só adquirir um apartamento extravagante, mas querem personalização, qualidade e, o mais importante, uma experiência valiosa.
Para ser considerado de luxo, o imóvel é avaliado não só por seu valor de mercado, mas também pelos arquitetos que assinam o projeto, pelos materiais utilizados na construção, bem como pelos elementos e mobílias de alta qualidade. Além disso, o valor do metro quadrado de onde o imóvel foi construído é levado em consideração e a estrutura do condomínio. “O conceito de luxo tradicional muitas vezes é associado à ostentação, extravagância e valores altos. Já o novo luxo, ou pós-luxo, mantém o padrão de consumo criterioso, porém focado em experiências, qualidade e originalidade”, explica a empresária e corretora da XM2 – X Metros Quadrados, Sacha Myrna.
No caso do mercado imobiliário, o pós-luxo exige personalização, por isso, profissionais que atendem esse público devem conhecer profundamente o mercado para garantir que os clientes façam os melhores investimentos. Além disso, nessa nova tendência há uma preocupação maior com a responsabilidade urbana e com a integração do imóvel à cidade. Por isso, empreendimentos sustentáveis e com um propósito são os que se destacam e conquistam essas novas gerações.
O fato é que os consumidores estão mais críticos e, mesmo podendo pagar por imóveis, serviços e bens de consumo com valores mais altos, não querem investir financeiramente em algo desalinhado aos seus valores e que não proporcione a qualidade de vida desejada.
CRESCIMENTO – Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) em parceria com a Brain Estratégica, intitulada Perspectivas da Economia Brasileira e do Mercado Imobiliário, o mercado de imóveis de luxo e alto luxo cresceram 14% em abril deste ano em relação ao mesmo período do ano passado no Brasil. Segundo o estudo, em 2022, o crescimento no segmento de luxo deve ser de 53%.
#ficonafonte Patrícia França