Projeto de extensão e pesquisa científica é desenvolvido por docentes e estudantes da UNIFG com o apoio da Vara da Família e da Mulher Vítima de Violência de Jaboatão dos Guararapes
Com o intuito de oferecer informação para as mulheres que são vítimas de violência, o Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), com o apoio da Vara da Família e da Mulher Vítima de Violência de Jaboatão dos Guararapes promove o projeto social Justiça Restaurativa, que oferece programação gratuita com roda de conversa, psicoterapia e o acesso a um blog com informações de orientação para mulheres estudantes de escolas públicas, localizadas no município de Jaboatão dos Guararapes, que já sofreram algum tipo de violência e para aquelas que desejam saber mais sobre o assunto. A ação é aberta a todas as mulheres que desejarem participar.
De acordo com a economista, idealizadora do projeto e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Lytiene Rodrigues Cunha, o intuito é verificar a incidência da violência por perfil, que são de 18 tipos, para indicação da aplicação da prática restaurativa. Além disso, os serviços oferecidos são voltados para o acolhimento das mulheres vítimas de violência.
“Os casos de violência doméstica mapeados pela pesquisa nas escolas e que revelarem a necessidade de um acompanhamento psicológico, com psicoterapia de grupo ou individual das adolescentes e jovens, serão encaminhados para o serviço de psicologia da clínica da UNIFG. Esse trabalho de psicoterapia será coordenado pela professora Fábia Negreiros, que também estará recebendo da Vara da Família e Mulher de Jaboatão dos Guararapes um grupo de mulheres para prestar o atendimento de psicoterapia. Participam conosco alunos do curso de Direito e Ciências da Computação, da UNIFG, campus Piedade”, conta.
Além de atendimento psicológico para as mulheres, o projeto também prioriza uma roda de diálogos com os alunos da Instituição sobre a violência doméstica contra a mulher. Um blog também será colocado no ar com informações referente a temática para ajudar as vítimas desses casos. Além disso, uma tecnologia está sendo desenvolvida, chamada de Alerta Rosa, o aplicativo faz um mapeamento do perfil da violência que as crianças, os adolescentes e os jovens tenham sofrido ou, esteja em predisposição, para participarem de práticas restaurativas.
“Além disso, a nossa proposta é sensibilizar os juízes das Varas da mulher vítima de violência sobre a possibilidade de aplicar-se a prática restaurativa como meio de contribuir para que a vítima prossiga com a sua vida, em condições melhores de dignidade humana, já que parte dos danos sofridos pelas mesmas, com a violência, terão sido revertidos. É preciso rever o método de trabalho com a mulher vítima de violência. Muitas vezes, quando existem filhos numa relação onde a violência doméstica faz parte da realidade da família, eles também são vítimas. A justiça restaurativa se propõe a trabalhar a vítima, família e comunidade, se estiver envolvida no dano causado pelo agressor, criminoso”, finaliza.
O projeto é alinhado com as últimas legislações federais relacionadas a violência contra a mulher, pela Lei 14.540 de 3 de abril de 2023, art 4, que fala sobre implementar e disseminar campanhas educativas sobre as condutas e os comportamentos que caracterizam o assédio e a dignidade sexual. Ele faz parte da extensão e pesquisa científica desenvolvido por docentes e estudantes da UNIFG.