Faltam poucos dias para o Carnaval. No noticiário é comum alertas sobre DST, principalmente HIV. Mas outra sigla de três letras merece atenção, o HPV (Papiloma Vírus Humano). Essa doença sexualmente transmissível atinge, em geral, a população jovem (de 14 a 29 anos) e pode, inclusive, induzir ao câncer. O ginecologista oncológico Diógenes Fontão, da Oncoclínica Recife, e a oncologista Renata Travassos, da Multihemo, esclarecem dúvidas sobre o tema.
Cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas terão contato com um ou mais tipos do papiloma vírus humano (HPV) ao longo da vida. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), 50% da população mundial masculina está infectada. “O HPV é um vírus transmitido principalmente pelo contato direto com pele e mucosas. O modo mais comum de transmissão é por meio do ato sexual. Por isso pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível. O vírus infecta a pele e as mucosas, podendo causar desde infecções assintomáticas, verrugas e até lesões precursoras de câncer, que podem evoluir para o câncer de colo de útero, garganta, boca, pênis ou ânus”, destaca o médico da Oncoclínica Recife, Diógenes Fontão.
Câncer – o tumor de colo do útero tem o HPV como um dos principais agentes causadores desta neoplasia, atingindo cerca de 16 mil mulheres no Brasil por ano, o que já faz dele o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina. A doença é silenciosa e, por isso, em cerca de 35% dos casos acaba levando à morte. A oncologista Renata Travassos, da Multihemo, explica que esse tipo de infecção pode ocasionar alterações celulares no corpo da mulher, evoluindo para um tumor maligno. “A prevenção está diretamente relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, ou seja, para impedir a contaminação pelo vírus é importante o uso da camisinha durante a relação sexual. Outra forma de prevenção efetiva contra o câncer de colo do útero e outras infecções é através da vacinação, que está recomendada para homens e mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual.
Quando o câncer de colo de útero é diagnosticado precocemente, é possível reduzir em até 80% o risco de metástase e outras complicações. Por isso, especialistas aconselham que as mulheres mesmo vacinadas realizem os exames periódicos, como o Papanicolau.
Por: Pedro Paulo-Multi Comunicação
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