Principal causa de perda irreversível da visão, o glaucoma afetará 80 milhões de pessoas em 2020 e 111,5 milhões em 2040, segundo projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, de acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia, houve um crescimento de 900 mil casos em 2010 para 2,5 milhões no ano passado. Neste domingo, 26 de maio, é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma.
O aumento da expectativa de vida da população ajuda a entendermos esses números, pois a idade avançada eleva os riscos. No geral, a incidência aumenta a partir dos 40 anos, chegando a 7,5% aos 80, assim como o uso de colírios com corticóide de forma indiscriminada e sem acompanhamento médico, já que eles podem causar aumento da pressão intraocular.
A doença ocorre por conta da pressão intraocular associada a neuropatia óptica, que causa um dano no nervo – parte do olho que leva a informação visual até o cérebro, ocasionando perda progressiva e irreversível da visão. Ele provoca um estreitamento do campo visual, fazendo com que a pessoa perca progressivamente a visão periférica. Mas, ela tem cura? Quais são as causas? É possível prevenir? A oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura, tira dúvidas sobre o problema.
Causas
“As causas do aumento da pressão dos olhos são desconhecidas, porém colírios dilatadores, drenagem restrita ou bloqueada, uso de corticoides, má circulação ou redução sanguínea no nervo óptico e pressão arterial alta são algumas situações que influenciam”.
Hereditário
“Pessoas que têm casos na família têm mais chances de desenvolvê-la. Nessa situação, a chance de ter a doença é seis vezes maior que uma pessoa sem histórico familiar. Pessoas com diabetes, problemas cardíacos, hipertensão, negros e idosos também têm mais probabilidades”.
Tipos de glaucoma
“São quatro: primário de ângulo aberto ou crônico (mais comum); de ângulo fechado ou agudo (mais emergencial); congênito (atinge os bebês logo em seu nascimento) e secundário (causada por complicações médicas)”.
Tem cura?
“Não, porém a doença pode ser controlada. É necessário que o paciente mantenha a continuidade do tratamento para reduzir a pressão intraocular e evitar a perda de visão. Quanto mais rápido, menor será a perda”.
Prevenção
“Alimentação saudável, praticar exercícios, usar óculos de sol quando possível, reduzir nível de estresse, moderar no consumo de álcool, não abusar de medicamentos e, claro, consultar um oftalmologista, no mínimo, uma vez por ano para um check-up geral”.
Por: Pedro Paulo – Multi Comunicação
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