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Férias escolares: psicopedagoga orienta sobre o que fazer em casa com as crianças

Mestre em Educação, com atuação na Faculdade Nova Roma, direciona responsáveis e cuidadores

 

Crianças em período de férias escolares, quando a maioria dos responsáveis permanecem trabalhando ou não vão viajar: o que fazer? A psicopedagoga, mestre em Educação, com atuação na Faculdade Nova Roma, Érika Costa, traz algumas orientações. A principal, segundo a especialista, é que elas descansem, mas não deixem de seguir uma rotina.

 

A primeira dica é que o hábito de horários seja mantido. Érika Costa diz que é certo ter uma flexibilidade, mas que não fuja muito ao que se está acostumado, determinando um horário para a criança dormir e para levantar, por exemplo. “É igualmente importante não deixar o tempo ocioso, para que não se fique apenas em frente às telas (TV, computador ou celular), reservando um tempo para a leitura, seja ou não em quadrinhos, e outras atividades”.

 

A mestre em Educação alerta para a importância de controlar o acesso aos jogos e o tempo ao computador ou celular. “Há jogos lúdicos e pedagógicos para alfabetizar brincando, os que trabalham os sons das letras, as cores… As crianças precisam se habituar às regras e ao diálogo e entender que é preciso cumprir o estabelecido”.

 

Com relação ao tempo de exposição às telas, vale levar em consideração a faixa etária. Quanto mais nova, menor tempo de concentração a criança tem. “Não indico as telas para as muito pequenas. O ideal para as maiores é entre 30 e 40 minutos, o que não interfere no espírito criativo que as brincadeiras oportunizam, principalmente em família”.

 

Também é indicado sair de casa: jogar bola, fazer uma caminhada em locais públicos, caso os responsáveis possam proporcionar isso. Caso contrário, é bom organizar essa nova rotina com os adultos que ficam em casa. “Nesses casos, deve ser estabelecido um acordo prévio com o cuidador, familiar ou não. Os pais ou responsáveis podem fazer uma listagem de atividades, em parceria com a criança, a ser supervisionada por quem permanecer com ela enquanto o responsável estiver fora”.

 

Para diversificar, as crianças podem participar de atividades culinárias, como ajudar a fazer um bolo. Nesse momento, elas também podem auxiliar com a lavagem de alguns utensílios, a depender da faixa etária. “Há práticas que elas gostam muito e que não implicam na participação direta de um adulto, quando não há a possibilidade, mas a mera supervisão, a exemplo de pinturas, colagens, jogos de tabuleiro ou de bola; atividades que trabalhem a concentração e o raciocínio lógico; leituras de livros para posterior compartilhamento do tema com os responsáveis e o simples, como criar a partir de materiais recicláveis e outros objetos que se tenha em casa”.

 

Organizar a rotina diária traz sensação de segurança para a criança, o que evita a ociosidade, que geraria sensações que reforçariam a ansiedade e a depressão, que se fortaleceram com a pandemia. “É preciso ter diálogo com a criança como sendo criança e não semelhante ao que se tem com um adulto: de forma consciente, com o ‘até aqui você pode, a partir daqui é coisa de adulto’. Criança não precisa saber de tudo o que se passa, somente o que diz respeito ao universo dela. Por isso, é importante que exista a rotina, no período de férias. Que as crianças sigam, mas que não existam as cobranças excessivas. A rotina estruturada traz segurança e tranquilidade”.

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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