EPISÓDIO FINAL: UM PLANETA COM 7.6 BILHÕES DE PESSOAS CUJA A MAIORIA DESPREZA A EDUCAÇÃO E O ENSINO. NO QUE ISTO PODE DAR?

Direto de Brasília-DF.

Chegamos ao final da série “CASOS ESCABROSOS DE AGRESSÃO DE ALUNOS, PAIS E RESPONSÁVEIS CONTRA PROFESSORES, ORIENTADORES EDUCACIONAIS E DIRETORES DE ESCOLAS”.

O mundo hoje possui 7,6 bilhões de pessoas, o que implica dizer ser composto por quase oito bilhões de mundos diferentes.

Não tenho pretensão de mudar o mundo e sim de dialogar com alguns deles. Se, ao final, a influência por positiva estarei contente. Como humanos e o livre arbítrio que nos é peculiar, cada um decide seu caminho. Não tenho a menor dúvida que nem bem, nem mal são unanimidade no mundo, tanto quanto creio que a tendência para a maldade impera.

Todavia, famílias, sociedade e Estado, com boa intenção e trabalho árduo cotidiano podem ser agentes de mudança. Não há força maior que a vontade pessoal. Muitas vontades pessoais somadas capacitam e direcionam o coletivo. Às vezes para propósitos nefastos, às vezes para realizar o bem.

Educação e Ensino se encaixam perfeitamente na descrição do BEM, daquilo que é bom. Porque as pessoas escolhem rejeitá-los mesmo sabendo serem pontes seguras para a travessia entre o fracasso e o êxito, não sei explicar. Sei que fiz a opção certa ao pagar o alto preço que o êxito exige, e em razão disto posso ensinar e orientar quanto ao caminho certo a seguir.

Fui aluno de escola pública no ensino fundamental e médio. Por haver sido reprovado em universidade pública federal (UnB), estudei em faculdade particular, porém com financiamento 100% do governo federal. Depois por esforço próprio ganhei bolsa do governo e fiz meu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais, em Buenos Aires/ARG, em 2012, e no ano seguinte a Advocacia Geral da União ofereceu-me um curso pós-doutoral na Universidade de Roma “Tor Vergata”, Roma/ITA.

Em cada uma dessas etapas tive que fazer opções que determinariam meu destino. No ensino fundamental e médio havia os alunos desajustados, drogados, bulinadores e, óbvio, os populares. Depois de cada turno de aula meu pai, pedreiro, exigia que ao chegar em casa estivesse com o “barreiro de massa” pronto. – Você peneira a areia e mede “três por um”,  entendeu?!? São três carros de areia por um de cimento! Ai de mim, se não o obedecesse…

Ele chegava dos canteiros de obra por volta de 18:30h e às 19h começávamos a trabalhar na construção de uma casa, em um lote que comprara junto à Terracap (CIA IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA) com cláusula de retrovenda, ou seja, o dono do lote tinha 5 anos para terminar a construção ou perdia o imóvel.

Nessa experiência passei os 5 anos de servente de pedreiro. Trabalhávamos das 19h às 24h e às vezes até a 1h da madrugada. Inúmeras vezes minha mãe me contava que me recolhia dormindo de cansaço, nos cantos de paredes. No dia seguinte ia à escola e o ciclo continuava. Teve cansaço e outros sofrimentos, mas indiscutivelmente o trabalho me agregou caráter.

Essa foi uma das muitas experiências no terreno da miséria e pobreza sócio-econômica pelas quais passei. Ao invés de “MIMIMI” e preguiça, ao invés das desculpas quando as síndromes e traumas batiam na porta de minha alma eu dizia-lhes em minha mente que havia escolhido realizar meus sonhos, nem que para isto tivesse de morrer lutando.

Deu certo! À custa dos conselhos de minha mãe, de observar pessoas de êxito que passavam por minha vida, e de meu EXCLUSIVO ESFORÇO PESSOAL, venci! Por isto, sempre que entrava em sala de aula dizia a meus alunos que se um “desenganado” social como eu pode vencer, eles também podem. Com o passar do tempo fui desenvolvendo o hábito de planejar, coordenar e controlar minhas ações e isto levou-me a aprender a trabalhar com prazer e a ter prazer no trabalho.

A poupança que o destino já fez para cada um de nós é a morte. O que temos é a vida para viver a cada segundo em que o futuro está chegando. Como você decide viver a sua vida é opção sua, pois aos que nem sequer conseguiram nascer, nada resta. Há os que seguem fracassando em razão das escolhas que fazem cotidianamente, sobretudo por desprezar a educação e o ensino, inclusive de quem por infortúnio nunca estudou mas sabe indicar o caminho certo.

Na luta pela sobrevivência as ferramentas que cada um escolhe determinam a colheita. Preguiça, negligência, corrupção, inveja, ódio, despeito, abundam. Mas, e se a vida puser ao alcance de tuas mãos todas as armas adequadas e você as recusar, qual é teu merecimento?

De todas as dádivas que a Natureza nos deu gratuitamente o raciocínio é a que nos projeta às dimensões superiores. Lamentável que a maioria decida não exercer esse poder, não treinar a mente para produzir o bem para si e para o ambiente em que vive. Ao invés, culpa-se o meio do qual vimos por todos os males que causamos, alimentando a conveniência de transferirmos à terceiros, a culpa e o fracasso individual.

O ciclo do plantio que envolve semear, cultivar, cuidar da plantação, para ao fim colher e vender o produto é inevitável no ciclo da vida.

Os pais, mães e responsáveis, os presidentes, deputados e senadores, governadores e prefeitos, vereadores, juízes, carcereiros, procuradores e dentistas, advogados e promotores, os pedreiros e atendentes de balcão, assim como os demais profissionais que compõem nossa sociedade são e serão sempre, as mesmas crianças, adolescentes e adultos que nascem no seio de uma família e passam pelas escolas.

“Crise nas Infinitas Terras” é coisa do “Arrowerso”, é território do “The Flash”, da ficção. O aqui e agora é que vai determinar teu sucesso ou fracasso nesta única vida que você tem para viver! Esperar o futuro chegar é tolice porque o futuro chega a cada segundo, assim como aguardar que as circunstâncias sejam perfeitas é aguardar para sempre.

Chegar a ser quem somos é um processo constituído de procedimentos, ou seja, de um conjunto de ações e omissões, de escolhas que fazemos conscientes e livres, cotidianamente.

Se voltarmos a cultivar a razão e seu método crítico e lógico, se revalorizarmos a educação como um bem supremo e o ensino como um de seus excelentes subprodutos, então, a esperança de mais equilíbrio social e econômico será mais factível que meramente nominal, como é hoje.

Obrigado por acompanhar-me em mais esta série. Desejo que siga bem.

 

E, em maio, estreia, a nova série: “CORRUPÇÃO DURANTE A PANDEMIA. VIDAS HUMANAS, O QUE ISTO IMPORTA?”

 

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