Direto de Brasília, DF
Jim Meigs, um veterano escritor e editor de várias revistas em inglês, inclusive “Popular Mechanics”, ao escrever sobre ciência e tecnologia afirma que os robôs serão amigos, parceiros sexuais e podem vir a ser até inimigos da raça humana. Sugere que “um dia nossos aviões serão pilotados por robôs”.
A verdade é que aviões drones de combate já são pilotados por robôs, e pesquisas da NASA caminham para que esses robôs pensem por si.
Ao findar esta série de artigos julgo importante escrever algumas poucas “gramas” sobre a história do universo e do surgimento dos primatas, classe à qual pertencem os macacos e nós os humanos, sem querer violentar a crença religiosa do leitor. Apenas abordar um dos aspectos da ciência, pois diz o escritor brasileiro J.P. VIDAL “desconhecer a história é ignorar a si mesmo”.
Sou ciente que as pessoas preferem os tsunamis de ignorância que as mídias sociais lançam a cada 20 minutos sobre elas, mas não há porque abrir mão de informações científicas só porque a maioria não se interessa. Eis alguns dados relevantes:
1 – o universo possui cerca de 13.7 bilhões de anos;
2 – a Terra se formou aproximadamente há 4.45 bilhões de anos (alguns milhões de anos após o Sol);
3 – a classe dos primatas e nelas nosso ancestral mais próximo, o Chimpanzé, apareceu cerca de 70 milhões de anos atrás;
4 – os primeiros hominídeos(humanos), aqueles que demoraram até mesmo a aprender a grunhir, apareceram cerca de 3 milhões de anos atrás(não esqueça que o tempo era contado em ordem decrescente antes da era cristã);
5 – o homem Homo sapiens sapiens surge entre 200 e 130 mil anos atrás;
6 – o homem moderno, como o conhecemos hoje, estima-se haver formado sua consciência há, apenas, 12 mil anos atrás.
Ver as coisas sob essa perspectiva confronta nossa pequenez, ante os mais de 100 trilhões de galáxias já descobertas pelo telescópio HUBBLE lançado ao espaço em 1990 e substituído pelo WEBB no dia de natal de 2021. É nesse curtíssimo período geológico de 12 mil anos, no paciente tempo geológico, que situo a evolução tecnológica.
Com esta série a ideia é informar por meio de fontes científicas. Por óbvio, que nada nem ninguém é capaz de esgotar um assunto qualquer. Minha intenção segue sendo a mesma com a qual escrevo meus livros e profiro minhas palestras, ou seja, lançar sementes à terra e desejar que algumas caiam em terreno fértil.
Por exemplo, os estudos filosóficos de Epicuro, Aristóteles e Jeremias Benthan, sobre “Felicidade” apontam que possui muitos conceitos e que se expressa por diferentes estados de espírito, razão pela qual é um experimento e sentimento individual.
Se de um lado é inimaginável que haja um ser humano que a possua por completo, por outro é possível percebe-la e senti-la em “gotas” como assegurava Epicuro, o mestre grego, em sua escola “O Jardim”.
Em seu livro “Sobre a Felicidade” o escritor romano Sêneca disse que “ninguém pode ser feliz se não tiver a mente sadia, e, certamente, não a tem quem opta por aquilo que vai prejudicá-la”.
Desde criança somos guiados por nossos sentidos ao aprendizado. Optar pelos alimentos disponíveis para nosso cérebro é um ato racional, uma escolha, apesar do apelo de coletivos que empurram seus membros ao abismo do consumismo, da inveja e despeito que geram ansiedades, depressão e múltiplas síndromes e transtornos que desde o século XX crescem mais que relva no campo. Cada um escolhe o que lhe dá prazer e busca fugir do que lhe causa desprazer, essa a máxima do filósofo holandês Baruch de Spinoza. Por acaso está errado?!
Sabedores que 70% das pessoas de nosso mundo é um composto de miseráveis e pobres econômicos é de se deduzir que este contingente não faz a coisa certa, não ouve o conselho certo e que a multiplicação de seus membros, em muito maior número que das demais classes, seguirá perpetuando a miséria social e econômica.
Neste universo de 13.7 bilhões de anos o surgimento da raça humana se organizou para dar a cada ser que surge uma certidão de nascimento que identifique seu marco zero, ou seja, aquele ponto do qual partimos para percorrer a estrada individual quase sempre bem sinalizada por várias placas que nos avisam das “pistas escorregadias”, “curvas sinuosas”, “animais na pista”, e dos “becos sem saída”. É de cada ser seguir ou parar e refletir.
Como o futuro chega a cada segundo, e como diz Santo Agostinho em seu livro “Confissões” que o tempo não para, então cada dia que deixamos de interpretar os sinais, de planejar e executar nossos objetivos e metas, torna-se um dia a menos na “felicidade” individual que se busca.
Velhos hábitos são velhos porque escolhemos perpetuá-los. Criar novos hábitos exige obstinação para mudar, pois requer confundir os sonhos com a própria vida, sair da zona de conforto, enfrentar novos desafios, pagar o justo e caro preço que a vida cobra dos que se determinam ao êxito. Afinal, a vida é viva e tanto premia os diligentes quanto castiga os negligentes.
Como disse em outros artigos, nada é tão fácil quanto fazer promessas e tão difícil quanto cumpri-las, inclusive a si mesmo.
Outro dia li uma publicação de um internauta dizendo que quem publica citações ensinando os outros a ter êxito é porque não tem êxito algum. Achei um tanto radical, mas entendi a raiva. Há muito fracassado falando de sucesso.
Há tempos fiz do mês de janeiro época de planejamento pessoal em que traço objetivos e metas para o ano. Dias atrás estive conversando ao telefone com uma supervisora da “AuthorHouse”, editora que publicou minha enciclopédia “Coleção Corrupção no Mundo”, nos Estados Unidos. No meio da fala ela me perguntou quais os objetivos para 2022. Eu os tinha e de imediato pedi que anotasse.
O hábito de planejar nasceu dos sonhos que tinha quando tudo ainda era imaterial, abstrato, pois de concreto só conhecia aquele que “traçava” como servente do pedreiro, que foi meu pai.
O que me fez atentar para os sinais da estrada da vida foram os conselhos de uma lavadeira e passadeira de roupas, Francisca Vieira, minha mãe, semianalfabeta que sabia o valor de aproveitar os anos escolares para adquirir conhecimento.
Ela dizia: – meu filho, o caminho para pessoas miseravelmente pobres como nós, alcançarem o êxito é estudar muito e trabalhar! Eu a escutei e deu certo para mim. Com o tempo passei a entender que a eficácia dos conselhos depende mais de quem o recebe do que de quem o dá. Mas, ter alguém com bons conselhos e não ouvir tal pessoa é como poder enxergar e preferir viver no escuro.
Se você não é do tipo que sonha com riqueza de loteria, se não tem a beleza apropriada para a carreira na modelagem, se não tem algum talento tão especial que te destaque em meio à multidão, talvez seja melhor encarar que o caminho é estudar e trabalhar. Agora, o quê estudar, como estudar e caminho seguir no Mercado de Trabalho?
Se você é um aluno das séries finais do ensino fundamental deve começar a se preocupar com o caminho que irá tomar para evitar se transformar apenas em vendedor de caqui, pano de prato ou sacos de lixo nos semáforos das cidades.
Se é aluno das séries finais do ensino médio deve decidir que curso técnico ou universitário fará para evitar ser apenas mais um dos milhões de brasileiros diplomados, mas sem profissão. Saiba que estudar de 3 a 5 anos e ter diploma nem te faz uma pessoa educada, nem te dá acesso garantido ao Mercado de Trabalho. Você vai ter que se provar por meio do conhecimento.
Quando falo em se provar penso na multidão de alunos que odeia as provas aplicadas na escola e esquece que essas são ridiculamente fáceis diante daquelas às quais a VIDA vai submetê-los.
Por exemplo, quando chegar o dia em que tiver que buscar emprego teu entrevistador vai querer saber porque vive num Brasil cercado por países falantes do espanhol/castelhano e simplesmente dá as costas para o idioma.
Não adianta na entrevista querer falar a “caca” do tal “portunhol”. Isso pode até ser bonitinho numa roda de preguiçosos e com certeza “quebra o galho” na hora de não passar fome, mas definitivamente não é isto que o Mercado de Trabalho premia. Nem falo do inglês que 95% dos alunos desprezam e é a língua universal dos negócios e da comunicação.
Alunos e pessoas que detestam a escola detestam serem ensinadas. Outra tragédia emanada desse cenário é que tais pessoas se tornam rancorosas contra as que progridem. Inclusive, se veem alguém falando outro idioma, próximas a elas, as consideram arrogantes ou soberbas. Se observam o bem-sucedido comprar o carro pelo qual sonhou e têm oportunidade, passam um prego e riscam a pintura por mero rancor, como afirma o historiador e economista David S. Landes, ao escrever o livro “A riqueza e pobreza das Nações”.
Você precisa entender que não será criança nem adolescente para sempre; que a vida adulta requer alguma seriedade e reciprocidade com o conhecimento, ou seja, o conhecimento ama a quem o amo e despreza a quem o despreza!
Então, pergunte-se: que curso devo cursar? Quais profissões são úteis para ganhar dinheiro? Quais serão extintas e quais já estão à beira da extinção?
Você já percebeu como o UBER praticamente acabou com a profissão de taxista? Já leu por aí que a “Automação deve acabar com 85 milhões de empregos nos próximos 5 anos, diz relatório do Fórum Econômico Mundial. Por outro lado, 97 milhões de empregos surgirão em áreas como cuidados com saúde, tecnologias da quarta revolução industrial e criação de conteúdo”. (fonte: portal Globo).
Se você já é adulto e continua perdido na estrada da vida, então busque se encontrar. Você pode!
Tente entender, como diz o poeta português Fernando Pessoa, que “vivemos pouco e morremos para sempre”.
(Se desejar assimilar melhor o contexto deste episódio final, consulte os anteriores e faça desta série um aconselhamento estudantil e profissional)
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