Direto de Brasília-DF.
Para quem, é novidade que o Brasil é líder nos índices de violência contra professores? Você sabia deste fato? Se já sabia, o que tem a dizer sobre isto em sua casa, nas rodas de boteco, no seu trabalho, nos centros, terreiros e templos religiosos que frequenta?
Ah! Entendi. Esse não é assunto para falarmos a respeito porque estraga o ambiente, a balada, o rolé, ou, ainda, porque o ambiente religioso é para servir a alguma categoria de divindade e não para discutir coisas terrenas, certo?
Melhor conversar sobre a última fofoca das redes sociais. É mais leve, não exige esforço algum de raciocínio e afasta de nós qualquer discussão sobre a responsabilidade pessoal que pode recair sobre os ombros de quem devia e não faz o que deve, no momento em que deve fazer. Será por isto que nossas mazelas seguem o mesmo caminho de um vírus letal que infecta, reproduz, e se espalha?
É assim que caminhamos enquanto humanidade, deixando que o acaso ou o destino resolva nossos problemas e seja responsabilizado cada vez que negamos a razão e a capacidade de racionalizar a vida. É possível que sejamos uma tremenda decepção para a “Natureza” que nos deu a razão para usar e nos projetar à dimensão superior entre as espécies viventes. Talvez por isto amemos discutir se a humanidade melhora ou piora a cada encarnação ou reencarnação.
Tais discussões mostram-se fáceis e dão o “toque especial” de inocência que precisamos para fugir da responsabilidade individual, enquanto falamos sobre o imponderável, sobre aquilo que não se pode medir nem provar, ao invés de usar o agora para fazer o que deve ser feito ou mudar o que não funciona.
É tão bom falar e discutir sobre o etéreo, não é mesmo?!? Fingir que sabemos sobre coisas celestiais, divinas, sobre política. Esses assuntos sobre os quais alguém pode ser “doutor” sem que não saiba realmente do que fala, e cujo objeto da discussão é vago e improvável. Eis um motivo pelo qual a Estatística parece haver se convertido em ciência inimiga do discurso religioso e do discurso politicamente correto.
A cada ciclo de investigação ou pesquisa os números mostram na prática que nos brutalizamos mais, que avançamos a passos largos em humanizar coisas e em coisificar humanos, em sufocar a Razão ante as ondas gigantescas de ignorância que uma após outra legitimam a mentira, a farsa, fingimento e a hipocrisia social e econômica.
A ignorância surfa em ondas gigantescas, enquanto bons conselhos e orientações, inclusive de professores e professoras que possuem soluções reais e plausíveis são jogados no mar do esquecimento. Sobre estes fundamentos de lógica invertida arquitetamos e construímos os pilares de nossas sociedades e de vida pessoal. Eis porque o futuro, que chega a cada segundo, seguirá provando que damos um passo para a frente e dois para trás no caminho de nossa evolução individual e social.
Os números sobre violência, abandono, descaso, corrupção, miséria e pobreza social e econômica são crescentes. Do lado oposto, são decrescentes os números sobre compaixão, solidariedade, pessoas educadas, eficiência e eficácia do ensino oferecido e assimilado.
Os lemas da Revolução Francesa de 1789 (liberdade, igualdade e fraternidade) viraram fumaça no tempo, tanto quanto o famoso “sonho americano” tornou-se ficção que até mesmo a ficção hollywoodiana não tem mais coragem de seguir afirmando.
Por exemplo, nos meses em que morei em Nova Iorque pude constatar pobreza e miséria, além de palestrar para alunos de projetos sociais da periferia da cidade, na qual o analfabetismo atinge 13% das pessoas. A questão estranha, a estranha questão é que estamos sempre com os olhos focados no HORIZONTE ILUSÓRIO. O que está lá é o que quero, mas não quero fazer aqui o que me leva até aquele “lá, distante”, que fascina meus olhos e sentidos.
É histórico que a educação, o ensino e a pesquisa científica sempre que valorizados e elevados a planos e programas de governo constituem alicerce sólido de desenvolvimento das Nações, tanto quanto constituem a razão para o fracasso quando desdenhados por pessoas e países. Porque insistimos tanto em rejeitar fórmulas de sucesso, em não ouvir orientações que capazes de evitar o arrependimento tardio?
Não quero elevar a monumento, o discurso em favor da educação e do ensino. Mas, será que a resistência que oferecemos a educar e nos permitir educar é o elo fraco da corrente que nos une enquanto humanos que desejam prosperidade sustentável? Observe, por exemplo, como é difícil convencer as pessoas a não se aglomerar, a não realizar festas clandestinas, a praticar atos de higiene pessoal, até mesmo em meio a uma crise pandêmica que põe o mundo de joelhos, enquanto algumas negacionistas seguem como os tolos que estão ausentes, mesmo quando estão presentes.
Em 2019 a OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico divulgou relatório indicando que em escolas com mais de 100 mil professores, o Brasil lidera o “ranking” de agressões contra professores e professoras. Feita a oitiva desses professores, 12,5% afirmaram ser vítimas de ameaças e agressões físicas e psicológicas.
Alunos agressores são como um vírus letal que infecta, reproduz e espalha o mal que traz em si. Em uma sociedade mal-educada e que não se permite ensinar, a adesão ao mal é a força motriz que a guia na estrada do fracasso.
Em 2018 a GloboNews fez levantamento e constatou que o número de agressões a professores havia crescido 73% em relação a 2017.
A sua vez, o Sindicato dos Professores de São Paulo aponta que em 2019, mais de 50% dos professore(a)s da rede estadual de ensino relataram haver sofrido ameaças e agressões na seguinte ordem:
– agressão verbal (44%),
– discriminação (9%),
– bullying (8%),
– furto/roubo (6%),
– agressão física (5%)
Costumamos dizer que uma palavra pode ferir tanto quanto um ato físico. Pode? Pode sim! Uma ameaça verbal contra a vida ou a família de um professor, ou professora diminui sua autoestima, sua dignidade social e, como alunos agressores estão presentes diariamente em suas vidas a constância do pavor rouba o prazer do convívio. Enquanto isto, os reincidentes e sorridentes agressores são protegidos e tratados como os “coitadinhos” que não passam de produto do meio, como se não tivessem cérebro ou fossem incapazes de fazer escolhas.
A que conclusão podemos chegar ante tais números? Que professores convivem diariamente com alunos com perfil de intimidadores, preconceituosos, às vezes racistas, bulinadores, ladrões, e potenciais homicidas. Um ambiente assim não é semelhante ao das penitenciárias? Será que por estas razões a mesma OCDE constatou em seu levantamento que “no município do Rio de Janeiro um professor é licenciado a cada três horas por doenças ligadas ao estresse”?
Considerando, ainda, que muitos alunos dizem abertamente que não gostam da estar na escola, será que veem a figura do professor ou professora como se carcereiros fossem? Como pessoas que os privam da liberdade? E, o quê ou quem é essa liberdade tão sonhada por crianças e adolescentes que não possuem conhecimento nem meios para sobreviver sem as regras e os cuidados de quem lhes provê o sustento e o encaminhamento físico e psicológico?
Afinal, porque nossas leis, TV e redes sociais insinuam tanto que crianças e adolescentes devem ser deixados “livres”? Com exceção daqueles que realmente são expostos à violência(e estes não representam a maioria) quem os está realmente escravizando, além da preguiça, da falta de compromisso e do devido esforço para discernir o que devem fazer, no tempo que devem fazer?
Que liberdade é essa à qual nos referimos genericamente e que pouco tempo depois volta-se contra a própria pessoa, contra a sociedade, e por vezes precocemente arranca lágrima das famílias que perdem seus filhos para a miséria e para o crime?
É burrice empurrar um ser humano para o inconsequente e desejar que tenha sucesso. Pais e responsáveis, a sociedade e o Estado até podem deixar “correr frouxo”, mas tão certo como dois e dois são quatro, chega o dia em que a vida cobra o preço, e ele não é baixo.
Vivendo em sociedade nos convertemos todos em sócios, parceiros, tanto das virtudes quanto das mazelas que criamos. Neste sentido, que sociedade podemos esperar como fruto desse círculo vicioso em que estamos? Olhe ao seu redor. A resposta está em você e no meio que te cerca!
Que perfil de seres humanos esse nosso útero social seguirá parindo, enquanto seguirmos tratando agressores como “coitadinhos” e relegando vítimas a meros números?
Piora o cenário ler que os casos de violência doméstica estão aumentando sensivelmente porque pais e mães agridem os filhos que em razão da pandemia estão em casa, inclusive aqueles que antes iam para a escola agredir seus professores. É o mesmo ciclo do vírus que gera a pandemia e INFECTA, REPLICA e ESPALHA o mal.
Educar e permitir ser educado, ensinar e nos deixar ser ensinados por boas Lições são atos que não deveriam sofrer a resistência que sofrem por parte de cada um de nós.
Abra seu coração para a boa Lição. No presente ela pode parecer e até ser dura de cumprir, mas tenha certeza que as boas Lições pavimentam sua estrada para o êxito ou, ao menos, te fazem sofrer menos…
Fonte de dados citados neste artigo:
174389 242015Hey mate, .This was an excellent post for such a hard topic to speak about. I appear forward to seeing numerous far more exceptional posts like this 1. Thanks 286496
%%
Generally I don’t read post on blogs, however I would like to say that this write-up very forced me to check out and do so!
Your writing taste has been amazed me. Thank you, quite great article.
Yes! Finally someone writes about website.
Hi there! Do you know if they make any plugins to protect against hackers?
I’m kinda paranoid about losing everything I’ve worked hard
on. Any tips?
There are also numerous spoiler-free escape room review blogs to check if you want to be certain your chosen room is suitable for first-timers.
Need to possess manual dexterity required for
clinical procedures, personal computer use etc.
My web site women’s health nurse practitioner jobs
You can generate a YouTube channel and upload some fascinating videos to make revenue
from YouTube.
Here is my web-site – Mammie
They may well also function evenings, weekends, and holidays to
meet the wants of their individuals.
Here is my blog post :: Elderplanningplus.Com
Dreaming of a fresh start off, doing a thing you really like – in wellness?
Also visit my web site; Luigi
You will be joining a group that will embrace your
suggestions and support and encourage you to bring your entire self to operate.
Feel free to visit my homepage; 유흥알바
Hi! Someone in my Facebook group shared this site with us so I came to check
it out. I’m definitely loving the information. I’m bookmarking and will be tweeting this
to my followers! Outstanding blog and brilliant design and style.
Wonderful job right here. I seriously enjoyed what you had to say. Keep going because you undoubtedly bring a new voice to this subject. Not many people would say what youve said and still make it interesting. Properly, at least Im interested. Cant wait to see far more of this from you.
I’m really impressed with your writing skills as well as with the layout on your blog. Is this a paid theme or did you customize it yourself? Either way keep up the nice quality writing, it is rare to see a great blog like this one nowadays..