Por:Manoel Medeiros Neto
A deputada estadual Priscila Krause (DEM) se reuniu no final da tarde de ontem (30) com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na sede do Ministério, em Brasília, para tratar da habilitação e qualificação do setor de alto risco do Hospital da Mulher do Recife. A ala, inaugurada em outubro de 2018, ainda não entrou em funcionamento porque a gestão municipal aguarda a chancela do governo federal no sentido de garantir o repasse de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) para o custeio dos atendimentos. De acordo com Priscila Krause, a precária situação do atendimento materno-infantil, principalmente nas maternidades estaduais da Região Metropolitana do Recife, poderá ser minimizada com a abertura dessas vagas no Hospital da Mulher.
“Vim pessoalmente conversar com o ministro para que, dentro das possibilidades, o Ministério possa acelerar esse processo de habilitação e qualificação do alto risco do Hospital da Mulher do Recife. São medidas que dependem de portarias e, a partir dessas, o município passa a receber os repasses. No início do mês visitei a unidade e não tenho dúvidas de que a sua utilização efetiva será de grande importância para as mães pernambucanas, mães que têm sofrido muito com a superlotação de unidades como o Cisam, o Agamenon Magalhães e o Barão de Lucena”, explicou Priscila Krause. Ainda de acordo com ela, o ministro demonstrou sensibilidade à situação, apontando para breve assinatura das portarias.
O Hospital da Mulher do Recife foi inaugurado parcialmente em maio de 2016 e é gerido por uma Organização Social (Hospital do Câncer), fazendo parte da rede municipal de saúde. A sua construção custou R$ 118 milhões, dentre os quais R$ 45,7 milhões foram repassados pelo governo federal. O objetivo de inaugurar a primeira maternidade de alto risco da cidade, ainda dependente dessas tratativas no Ministério da Saúde, chegou mais perto da realidade quando as instalações do setor ficaram prontas, em outubro passado. O alto risco é composto de 68 leitos distribuídos em Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) para bebês e mães, Unidades de Cuidados Intermediários e de enfermaria de alto risco.
CARUARU – Ao ministro, Priscila Krause também entregou ofício com demandas para a melhoria do atendimento de saúde no Agreste. A pauta referente ao município de Caruaru incluiu reforço e fluidez nos repasses para a obra da Maternidade de Caruaru, em execução, liberação de parcela do financiamento da obra da Unidade Básica de Saúde Lagoa da Pedra e qualificação para recebimento de mais repasses em prol do custeio das Unidades de Pronto Atendimento (UPA) Rendeiras e Boa Vista. Juntas, as duas representam despesas ao município de Caruaru de R$ 1,0 milhão por mês. Caso assinadas as portarias, mais R$ 250 mil mensais serão custeados pelo Ministério da Saúde, melhorando os atendimentos e possibilitando à Prefeitura a expansão de atendimentos médicos em outras áreas.
A foto é de Floriano Rios.