#JABOATÃODOSGUARARAPESÉFOCO DR JUDIVAN VIEIRA

Do mecânico ao digital a (TI) seguirá devorando profissões

Direto de Brasília, DF

 

TI, A DEVORADORA DE PROFISSÕES

(episódio 10)

 

O mundo até o século XX era mecânico. Não era analógico nem digital como hoje. Até chegarmos aos computadores de nossos dias o caminho que a (TI) percorreu foi longo.

O conhecimento adquirido nos séculos anteriores estava materializando invenções mecânicas destinadas a substituírem a trabalhadores em algumas de suas atividades.

Depois da invenção dos irmãos Banu Musa, no século IX d.C., a próxima invenção tecnológica de um autômato mecânico que impressionou foi o boneco “The Writer” (o escritor), uma engrenagem feita na Suíça, em 1770, com mais de 6000 peças.

A evolução é um constante caminhar para frente. Esse boneco mecânico autômato escrevia sequência de textos como se fosse um ser humano. Porém, os textos deveriam ter até 40 caracteres, algo como 3 vezes o que o Twitter permite.

O boneco escritor já nasceu programado para escrever sozinho, como um  protótipo de um computador de sua época, em que as invenções eram mecânicas. Os autômatos não aprendiam por si só, nem davam conta de processar informações para realizar ações próprias, da mesma forma que nossos atuais robôs ainda não o fazem.

Se de um lato autômatos jamais pensaram como humanos é certo dizer que este é o sonho da robótica, campo em que o conhecimento de (TI) se faz absolutamente dominante.

Hoje, robôs estão sendo desenvolvidos na Europa, Ásia e EUA para aprenderem a pensar por si. O pensamento à luz do raciocínio lógico e crítico é um dom maravilhoso e, por enquanto, pertence àqueles que nascem com perfeitas condições mentais. Mas, virá o dia em que as máquinas também pensarão.

A Professora Sydney Padua, romancista gráfica, narra para o documentário “Ideias Revolucionárias do History Channel (H2)” que a primeira “MÁQUINA PENSANTE” foi inventada no século XIX, pelo filósofo, matemático, mecânico e inventor inglês, Charles Babbage.

Babbage era filho de banqueiro e amava autômatos. Tornou-se professor de matemática na Universidade de Cambridge. Em 1820 seu ofício era corrigir tabelas de navegações marítimas e constantemente se irritava com a quantidade de erros de cálculos que nelas encontrava.

Então, depois de muitas tentativas e erros Babbage criou a “Máquina Diferencial”, uma calculadora mecânica gigante que computava e calculava tabelas de logaritmos (não confundir com algoritmos). Sua máquina foi reconstruída pelo Museu de Ciência de Londres e lá se encontra em exposição.

 

A máquina pensante de Babbage vista desde o século XXI é tida como um protótipo perto da evolução que a (TI) agregou à robótica.

Para nossos atuais cientistas o maior desafio e temor é fazer com que os robôs aprendam a pensar. Isto é parecido com o que os professores fazem com alunos nas escolas, tentam a todo custo ensiná-los a pensar. Alguns alunos aprendem outros levam a vida sem sequer esforçar  para aprender a usar o maior dom que a Natureza lhes dá, e em consequência desenvolvem rancor contra quem usa.

A questão ética que se discute em relação ao ser humano pensante é o que ele faz com a capacidade de raciocínio. Escolherá pensar e fazer o bem ou o mal?

Essa mesma questão ética já se discute no domínio da robótica, mas não pense que isto vai deter a evolução. Inúmeros filmes e séries produzidos, tais como “Perdidos no Espaço”, Exterminador do Futuro, O Gigante de Ferro, A.I. Inteligência Artificial, I. Robot, Ex Machina, apontam que o grande sonho da robótica é fazer com que robôs pensem espontaneamente.

Da mesma forma o grande temor ético é que as gerações de robôs pensantes que virão, não só tomem nosso lugar como se rebelem e subjuguem a humanidade.

Não creio, considerando o que ensinam Charles Darwin, Ernst Layr, e mais recentemente do Professor Al Uy da Universidade de Miami, que os robôs pensantes possam ser considerados como “ESPECIAÇÃO” (evolução da espécie humana), porque para isto os robôs teriam de fazer sexo e procriar somente entre os de sua espécie, requisito fundamental da “especiação”, como explica Al Uy, o pesquisador evolucionista que a partir dos novos recursos científicos leva além o que ensinou Darwin e Ernst Layr.

Essa a fronteira que a Tecnologia da Informação se propõe alcançar e ultrapassar. Em tal dia, já não tão distante, robôs farão tudo que humanos fazem e como nesta série não desejo aprofundar problemas éticos e morais, sobre humanidade se tornar ou não obsoleta, seguirei focado na avaliação de como a (TI) vai seguir devorando profissões e ocupando tais espaços de poder, obrigando o deslocamento de massas profissionais, no Mercado de Trabalho.

 

Continua…

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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