A cobrança é reforçada pelo vereador Jorge Federal; durante esse período os 25 mil estudantes matriculados estão sem a garantia alimentar emergencial.
“Pais e responsáveis por crianças matriculadas na Rede Municipal de Ensino de Olinda estão preocupados com a questão da garantia alimentar durante o período de pandemia. Os 25 mil alunos em recesso desde o último dia 18 de março, estão sem receber há quase três meses os kits alimentares emergenciais que a Prefeitura se comprometeu em disponibilizar. Atualmente, a Rede de ensino da cidade conta com 73 escolas e 23 anexos.
A Secretaria de Educação, Esportes e Juventude de Olinda montou um cronograma de distribuição nas unidades de ensino, que começou no dia 1º de abril do presente ano. O segundo lote de kits alimentares emergenciais foi concluído no dia 13 de maio, com sete itens: feijão, arroz, fubá, macarrão, leite em pó, biscoito e sardinha.
No primeiro lote, no período de suspensão das aulas, as crianças matriculadas nas creches receberam um kit contendo leite em pó (1 pacote de 200g), cereal matinal ( 1 pacote de 150g) e três frutas. Já os estudantes do ensino fundamental e pré-escola receberam seis frutas, três pacotes de cookies e um litro de suco. De acordo com a Prefeitura de Olinda, o terceiro lote de entrega estava previsto pra a primeira semana de junho.
Cobrança
O vereador e presidente da Câmara Municipal de Olinda, Jorge Federal, acusa a atual gestão de superfaturamento nos itens que compõem os kits. De acordo com o vereador não houve cotação de preço. Segundo ele, foram adquiridas 50 mil kits ao custo de R$ 39,90, cada. Jorge informou que foi até alguns supermercados da cidade e fez a comparação de preço dos sete itens inserido nos kits. Na pesquisa feita pelo vereador, até com alguns produtos com marcas de melhor qualidade, o kit ficou no valor médio de R$ 29,70.
Jorge acrescenta ainda que recebeu muitas reclamações da procedência dos alimentos, como feijão com bicho, leite que ninguém conhecia a marca, a sardinha também não era de conhecimento. Um kit que deixa a desejar para ser fornecido a sociedade, reforça o presidente da Câmara de vereadores.
O político relata que tomou conhecimento que após a denúncia que fez à Polícia Federal e ao MPF, a Prefeitura deve fazer uma licitação séria, pois havia realizado uma dispensa sem publicação de edital ou cotação e logo fechou com uma empresa que ficou responsável por fornecer os kits.
“Esperamos que o mais rápido possível, a Prefeitura resolva essa licitação de forma séria e respeitando o dinheiro público e atendendo as famílias dos alunos e aos alunos que tanto precisam”, desejou Jorge.
O Portal entrou em contato com a secretaria de comunicação de Olinda enviando um e-mail para saber o que a gestão diz a respeito do atraso na entrega dos kits alimentares emergencial em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Acompanhe a nota que recebemos como resposta”.
Esclarecimento
“A Secretaria de Educação, Esportes e Juventude de Olinda esclarece que os kits de merenda entregues nos meses de abril e maio foram adquiridos por meio de aquisição emergencial para não deixar os alunos e suas famílias em dificuldades. Entretanto, com a extensão da crise de saúde, esse modelo não pôde ser repetido, ficando o Município obrigado a realizar a compra pelo meio tradicional, o pregão eletrônico. O processo está em andamento e após ser finalizado a Prefeitura de Olinda retomará a compra e o fornecimento dos kits.”
Fonte>Portal de Prefeitura Foto: Divulgação/ Secom