#ÉFOCOÉNOTICIA

Demissão silenciosa: o que é e como evitar o desinteresse no trabalho

Segundo especialista, o quiet quitting afeta o crescimento profissional

O termo “quiet quitting” ganhou as redes sociais nas últimas semanas. A expressão significa o comportamento de trabalhadores que entregam o mínimo exigido de suas tarefas, sem interesse em apresentar mais do que lhes é esperado. A “demissão silenciosa”, como é chamada pelos empregadores, é uma forma de o colaborador expressar que não tem interesse em continuar trabalhando na vaga ou empresa.

 

O quiet quitting afeta o crescimento profissional, pois pode se transformar em desmotivação no ambiente de trabalho e consequentemente comprometer o processo de desenvolvimento da carreira de longo prazo. Tal situação é gerada muitas vezes pela falta de sentido e propósito na carreira, o que gera desvinculamento emocional do indivíduo e seu ambiente laboral. Segundo Bruno Cunha, consultor de carreira e professor do Cedepe Business School, esse fenômeno pode também afetar a empresa. “A partir do momento em que um colaborador se desvincula emocionalmente do seu ambiente laboral, há perdas de produtividade e desempenho, provocadas pela ausência de estímulos motivacionais”.

 

É importante que as empresas estejam atentas, conheçam bem seus colaboradores e busquem oferecer a eles as condições necessárias para que executem suas funções com mais empenho. “A necessidade de atenção à saúde mental deve ser uma constante.  A qualquer momento, um ambiente organizacional está suscetível a perda dos vínculos emocionais dos seus colaboradores, e para prevenir que isso aconteça, devem-se estar constantemente mensurando e propondo ações e melhorias contínuas na gestão de RH e seus subsistemas, a fim de prevenção e não somente de correção. É preciso sempre buscar fontes motivadoras e vínculos emocionais”, conclui o docente.

 

Mas, no caminho para a realização profissional, muitos obstáculos precisam ser vencidos. Por isso, é fundamental entender como lidar com essa insatisfação e tratar esse problema de maneira adequada. Afinal, é comum, em qualquer altura da vida, que o funcionário se sinta frustrado com seu trabalho. Essa insatisfação atinge colaboradores dos mais diferentes setores econômicos que, por consequência, passam a ter um comportamento considerado negativo frente ao momento profissional.

 

Muitas vezes sem nem perceber, o profissional começa a procrastinar, levar a carreira com a barriga sem se preocupar com as consequências. Ainda assim, se cria o hábito de tratar de assuntos pessoais e esquece da vida profissional. Esses são alguns sintomas claros de profissionais desmotivados, resultado de incertezas e frustrações que podem surgir ao longo da construção de qualquer carreira como profissional.

Stephanie Männicke

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *