Direto de Brasília-DF.
Nossos políticos seguem amando infinitamente mais o Estado, porque o Estado assemelha-se ao corpo do rato que hospeda e alimenta parasitas. Você precisa entender que está por sua conta! A direita e esquerda brasileira não tem compromisso com o povo. Elas seguem insuflando discórdia, produzindo e desejando mais o caos que a ordem.
Agora, para não inverter a lógica da dinâmica social tenho que dizer que em verdade a culpa de todos nós, porque é do útero da Nação que nasce cada um dos políticos que colocamos para governar sobre nós. Às facções de esquerda e de direita informo que é uma burrice seguir com a radicalização das vaidades e ingenuidade acirradas neste momento em que o Coronavírus/Covid-19 segue ameaçando e dizimando vidas.
Baruch de Spinoza, filósofo holandês, ensina que “De dois bens, procuraremos sob a direção da Razão, o maior, e, de dois males, o menor”. O problema da política de direita e esquerda brasileira é que aqui não há mal menor. Todos representam um mal monstruoso para a Nação brasileira, que, infelizmente, aceita cabrestos ideológicos e, se hoje bate panela defendendo “A”, amanhã baterá panela defendendo “B”.
Enquanto formos uma Nação sem processo educativo e de ensino que realmente se preste ao processo evolutivo do ser humano seremos também um povo comum e mediano que se preocupa mais com o carrapato que com a saúde da vaca.
Há um inimigo maior batendo na porta da existência de todos nós que é completamente apolítico. Sobre o Coronavírus, a pandemia no mundo e epidemia no Brasil, deveriam estar todos os holofotes, toda a força concentrada do aparelho do Estado, de sua Administração Pública. Mas, como sempre, pequenas ou grandes crises costumam ser usadas como boi de piranha para permitir que outros interesses passem sem que a Nação perceba. Parece com a fábula de Esopo no qual o fazendeiro por não se contentar com um ovo de ouro por dia quis matar a galinha para antecipar sua herança perpétua.
Para seguir na linha do processo educativo e de ensino e das lições que o Coronavírus/Covid-19 nos lega, eis algumas atitudes simples que saem como excepcionalmente relevantes dessa crise pandêmica, que segue matando pessoas e destruindo economias domésticas, economias de micro, médias e pequenas empresas:
– Lavar constantemente as mãos. Faça disto um modo de vida daqui pra frente;
– Não entrar calçado dentro de casa passa a ser uma opção de cada pessoa, mas daqui pra frente deve ser melhor considerada. Adoto este hábito faz tempo e já tive problemas com pessoas que ao me visitar se sentiram ofendidas, sem saber que as estava protegendo e a mim mesmo. Ao assistir filmes norte americanos vemos como é comum o “mocinho” levar um tiro e ficar com a camisa suja de sangue por horas, chegar em casa sujo e não se lavar, não tomar banho e ainda deitar na cama, imundo como veio da rua. Jogar lixo na rua, como em “Ave de Rapina” passou a ser visto como ato de “rebeldia”. Esses exemplos educam mal e são rapidamente assimilados porque o comum do povo tende a imitar seus ídolos. Podemos romantizar ou racionalizar, o certo é que como dizia Albert Einstein, não se colhe resultados diferentes fazendo-se sempre a mesma coisa.
– Pais precisam repensar sua própria educação para que pelo exemplo eduquem seus filhos. Falar de educação e fazer o contrário é o mesmo que não querer se molhar em meio a uma chuva torrencial;
– Pais precisam passar a ensinar respeito por quem é autoridade. Pais são autoridade, professor é autoridade. Quem não aprende o poder e eficácia da hierarquia em casa enfrenta dificuldade no mercado de trabalho e na vida;
– Independente da idade as pessoas devem ser ensinadas no básico de digitação e navegação e interação com novas tecnologias. Em crises que exigem isolamento ou distanciamento social, a tecnologia promove interação e alívio contra a solidão;
– Empresas que podem manter empregados em Home Office e têm a aceitação do empregado devem fazê-lo, oferecendo compensação financeira pela diminuição dos gastos no local da empresa e aumentos dos gastos em casa;
– Empregados devem ser ensinados a aprender o básico sobre computadores como condição para serem contratados. A empresa deve se comprometer a ministrar cursinhos de atualização semestral. Numa crise local, nacional ou mundial, a TI – Tecnologia da Informação pode servir de “tábua de salvação” individual e coletiva, por ser inclusiva e aliviar o isolamento ou distanciamento;
– A telemedicina, regulamentada, passa a ser uma opção;
– As teleconferências em presídios devem ser regra e não exceção;
– O hábito de poupar. Para quem ganha o insuficiente para o dia-a-dia poupar é quase impossível. Mas, esta pandemia demonstra o perigo de não ter poupança alguma em tempos de desemprego generalizado;
– Jogar lixo em lixeiras e não na frente de casa, ruas e nem mesmo em lixões a céu aberto. Até quando insistiremos nesta prática pré-histórica?
– Não deixar recipientes vazios acumulando água parada;
– Lavar bem os alimentos antes de ingerir;
– Tomar banho todos os dias;
– Portar recipientes para o cocô de seu animal de estimação quando o levar a passeios públicos. Lembre-se que há muitas doenças nas fezes dos animais e por mais que você queira acreditar em clichês, seu animal não é mais importante que as pessoas que transitam nas mesmas áreas que eles;
– Combater animais que são vetores de pragas;
A educação deve levar a cada um e a todos nós a priorizar o que mais importa. Afinal, quando perceberemos que é melhor matar o carrapato que a vaca?
*No próximo artigo retomo a série sobre “O PROCESSO DE EDUCAÇÃO E ENSINO NA IDADE MODERNA”
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