Robôs, tecnologia e a promessa de um futuro melhor. Nesta terça-feira (20), alunos do 6º ao 9º ano de escolas da rede municipal do Recife lotaram a quadra esportiva do Centro Comunitário da Paz (Compaz) Ariano Suassuna, no Cordeiro, para participar do IV Torneio de Robótica do Recife (Torre). Neste ano, a novidade é que o evento compõe a etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) de 2019.
Com 123 equipes, totalizando 490 atletas, a competição se estende até a quarta-feira (21), das 10h às 16h, quando será anunciada a equipe vencedora. O evento é aberto ao público e são esperados quase mil pessoas nos dois dias de competição.
O modelo do torneio vai seguir uma simulação proposta pela OBR, de forma que será realizado na categoria Resgate, onde noventa e três equipes participam do desafio nível 1, no qual o robô precisa resgatar a vítima para a área de salvamento. Já no nível 2, competem 30 equipes, que devem resgatar a vítima, suspendê-la e colocá-la em uma área segura. O objetivo do torneio é buscar soluções diferentes para problemas do cotidiano com o uso de robôs.
Wellington Moura, professor da Escola Municipal Dom Bosco, em Jardim São Paulo, vê a participação dos alunos como uma oportunidade de conhecer mais sobre o mundo ao redor. “O trabalho com a robótica ajuda os alunos no desenvolvimento intelectual, pessoal – eles veem que tem um mundo fora da escola, motiva eles a quererem algo maior e algo melhor para o futuro”, comenta. O professor de matemática preparou uma equipe para competir no TORRE.
O trabalho da robótica nas escolas é um movimento de engajamento pedagógico, contando com o aspecto competitivo. Para o gerente geral de tecnologia na educação do Recife, Gutenberg Cavalcanti, competir “faz parte de um processo de envolvimento e colaboração entre estudante e professor”. De acordo com o profissional, a tecnologia com robôs pode ser utilizada para explicar várias disciplinas e aspectos, como “matemática, fenômenos da natureza, língua portuguesa e até a questão digestiva”.
A estudante Rhayannie Joylly, do 6º ano, participa da competição pela primeira vez e já reúne bastante expectativas do torneio. Com 11 anos, a menina já mostra bastante interesse pela área e não mediu esforços para a competição. “Quando a gente estava na robótica, tentamos nos esforçar o máximo olhando as pistas, as peças e várias outras coisas do torneio”, conta. Para a competidora, expectativa é levar uma medalha para casa. “Acho que vai ser bem legal e eu quero ganhar, mas se não ganhar, pelo menos participei”, conta.
Fonte: Folha PE
Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco