Segundo CEO da Magis5, carga tributária de mais de 100% sobre o varejo nacional pode significar pressão para que as compras externas sejam taxadas
Dias cita um estudo sobre a carga de impostos em cima do comércio brasileiro, elaborado pelo IDV em parceria com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT).
“O trabalho mostrou que a carga tributária sobre o comércio brasileiro é o dobro daquela estimada. Falava-se em 50%, mas, na verdade, a carga efetiva é de 109,9%”, destaca o CEO da Magis5. Segundo o especialista, existe a possibilidade de que seja criada uma taxação, no lugar da atual isenção de imposto de importação.
COMO OS SITES TÊM SE ADAPTADO
Claudio Dias observa que, desde o início da vigência do Remessa Conforme (1º de agosto), a comunicação entre as grandes plataformas de venda on-line e consumidores foi aprimorada. Além do valor da compra, são discriminadas outras informações como valor de imposto a pagar (se for o caso, ou seja, se a compra ultrapassar US$ 50), bem como, a opção de pagamento do imposto. “Isso tem evitado dissabores aos clientes, como ter de pagar multas, por exemplo”, ilustra o CEO da Magis5, que possui entre os marketplaces integrados justamente grandes marcas nacionais e estrangeiras.
De acordo com a Receita Federal, as empresas que aderiram ao programa representam 67% do volume de remessas enviadas ao Brasil entre janeiro e julho. O Remessa Conforme fixa tratamento aduaneiro “mais célere e econômico para empresas de comércio eletrônico”, conforme destaca o Ministério da Fazenda.
O programa é voltado às grandes plataformas de venda digital, com intuito de proporcionar governança mais efetiva sobre esse setor. A adesão, porém, é voluntária. “Mas o que estamos constatando é que as plataformas estão se movimentando, optando por aderir sim ao programa”, assinala Claudio Dias.
MAIS INFORMAÇÕES
• As plataformas que já aderiram ao Remessa Controle: https://www.gov.br/
• Sobre a Magis5: https://magis5.com.br/