É geral a reação sindical ao anúncio que o governo Bolsonaro vai mesmo extinguir o Ministério do Trabalho e Emprego, fatiando suas funções entre Economia, Justiça e Cidadania. Na linha de frente desse movimento, as Centrais divulgaram, na última quarta (5), uma dura nota, condenando o fim da Pasta.
Em mais uma ação conjunta, os dirigentes também convocam o conjunto da classe trabalhadora para protestar. Na terça (11), em todo o Brasil, haverá o Ato Nacional em Defesa do Ministério do Trabalho. As manifestações serão realizadas em frente às Superintendências do Trabalho, antigas DRTs.
Além de lideranças sindicais e trabalhadores, são esperadas as presenças de ex-ministros da Pasta, representantes da Justiça do Trabalho, funcionários do Ministério, ativistas e intelectuais.
Wagner Gomes, secretário-geral da CTB, disse à Agência Sindical que os detalhes finais serão alinhavados em reunião das Centrais nesta sexta (7), em São Paulo. “Estamos mobilizando os trabalhadores pelo Brasil. É importante o comparecimento maciço, porque a extinção do Ministério do Trabalho e Emprego será um duro golpe na classe trabalhadora”, afirma.
Fundos – Para o presidente da CSB, Antonio Neto, “a atuação do Ministério do Trabalho não se resume a questões trabalhistas; ele fiscaliza empresas; combate o trabalho escravo e infantil; e administra recursos volumosos, de fundos como o FAT e o FGTS. Tudo isso já vinha sendo tocado a duras penas, devido ao sucateamento da Pasta”.
A Força Sindical reuniu sua direção, quarta (5), para debater ações contra a retirada de direitos. Sobre a extinção do Ministério, o presidente da Central, Miguel Torres, ressaltou o papel da Pasta como órgão fiscalizador e força atuante no equilíbrio das relações capital-trabalho. “Devemos defender a instituição Ministério do Trabalho e seu protagonismo nas relações entre capital e trabalho”, afirma o dirigente.
O ministério é responsável, entre outras atividades, pela definição de política salarial, formação profissional e ações de cooperativismo e associativismo. Também coordena investimentos com recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador e do Fundo de Garantia, que, nos últimos dez anos, injetaram R$ 1,235 trilhão na economia do País.
São Paulo – O ato na capital será realizado em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (ex-DRT), à rua Martins Fontes, 109, Centro, a partir das 10 horas.
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