Direto de Brasília-DF.
O Doutor em Ciências Sociais pelo IFCH/Unicamp Igor José de Renó Machado, publicou artigo intitulado “Estado-nação, identidade-para-o-mercado e representações de nação”, analisando os estereótipos do brasileiro perante a comunidade da cidade do Porto/Portugal diz:
“De certa forma, esse emigrante em Portugal é um entretainer. O papel do entretainer delegado ao brasileiro não é, contudo, isento de conotações ideológicas: o processo que se desenrola é o de uma subordinação sistemática do brasileiro aos estereótipos que rotulam todos eles como pessoas alegres e simpáticas (…) Os termos “brasilidade”, “abrasileirar” são usados no sentido específico do jogo da centralidade: ou seja, “abrasileira-se” aquele que consegue alguma legitimidade no sentido das determinações do “centro exemplar”, que aqui relaciono com uma “identidade-para-o-mercado”. O centro exemplar é a coleção de imagens estereotipadas sobre o Brasil (samba, futebol, sexualidade e mestiçagem) que regem a conduta das pessoas envolvidas nesse processo. O fato é que, quando um brasileiro se demonstra mais próximo da identidade-para-o-mercado, ele se torna mais central.”
Esses estereótipos de simpatia, cordialidade, feliz e festivo com que rotulam os brasileiros são superficiais e podem ser perigosos porque podem induzir os demais povos a nos perceberem como uma espécie de novo bobo da corte mundial globalizada.
Ter um espírito feliz é uma dádiva, mas precisamos ter cuidado para não confundirmos felicidade com ingenuidade, porque certos rótulos uma vez aceitos podem anular características que, de fato, constituem a identidade de uma pessoa ou povo. Como disse o filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard: “Once you label me you negate me”, ou seja, uma vez que você me rotula você me anula.
Quando um time de futebol anula o adversário, por exemplo, não significa que o outro time não exista. Quando você anula seu voto ou vota em branco, não significa que seu voto não existe. Você foi à urna e votou, apenas, não deixou ninguém prevalecer sobre você e ainda enviou uma crítica dizendo que não aceita ser representado por nenhum dos políticos que disputam seu voto.
Então, talvez seja hora de o Estado, através dos tribunais eleitorais, dos partidos políticos e de cabos eleitorais treinados quais cães farejadores pararem de mentir ao eleitor dizendo que se ele não vota, ele não é cidadão ou não tem o mesmo valor de quem votou, se ele vota nulo (basta digitar na URNA 00 ou 99) ele não é cidadão ou não tem o mesmo valor de quem votou, ou que votar branco (aperta a tecla BRANCO NA URNA) é ser menos que quem votou. Isto é mentira!
Primeiro porque Aristóteles, um dos pais da democracia, disse que “cidadão é aquele que habita a cidade, porque cidade nada mais é que um conjunto de cidadãos”.
Segundo porque, digo eu não Aristóteles, é dessa vinculação entre cidade e cidadão que advém a palavra “cidadania”, que caracteriza a nacionalidade brasileira, belga, paraguaia, argentina, mexicana, canadense, norte americana, etc. Portanto, sua cidadania decorre do fato de você ser identificado como pertencente a determinada sociedade oriunda de certa “Cidade-Estado” ou território.
Não esqueçamos, também, que o pai da democracia e também da pedagogia ao conceituar cidade e cidadão o fez em um período da história em que predominava a concepção de Cidades-Estado ou Cidades-República, ou seja, cada Cidade era um Estado ou uma República em si, como se Teresina fosse um Estado ou País independente, o mesmo para Palmas, João Pessoa, etc. Esta ideia ainda hoje possui seguidores. Por exemplo, o estado da Califórnia, parte integrante da Confederação de estados que formam os EUA, se autoproclama República da Califórnia e isto se vê em vários dos souvenirs vendidos aos mais de 50 milhões de turistas que o visitam por ano.
O escritor Quentin Skinner em seu livro “As fundações do Pensamento Político Moderno” oferece provas para crermos que Estado como conceituamos hoje só surge a partir do século XVI e o conceito somente se solidifica no século XVIII, à partir da Declaração de Virgínia de 1776 que caracteriza os Estados Unidos da América do Norte com os ideais que hoje conhecemos, e da Revolução Francesa de 1789, com seu famoso lema: liberdade, fraternidade e igualdade.
Aliás, foi a França revolucionária que rotulou, ao acaso, ao puro acaso, o político como sendo de “direita” ou de “esquerda”. Alguns políticos agregaram o sentido supostamente “bom e ruim” que damos ao fato de ser de “direita” ou de “esquerda” posteriormente porque perceberam vantagem nisto, mais ou menos como uma pessoa que só comia o miolo da banana e depois descobre que também pode usar a casca para fazer alguém escorregar.
Esses mesmos rótulos com suas conotações “direita” e “esquerda” de forma ainda mais faccionistas (causadores de divisões) já estavam presente na religião, antes de a Política ser sistematizada como uma ciência por Aristóteles, em meados dos anos 300 a.C.
Por exemplo, nas Escrituras Hebraicas (antigo testamento, Samos 63:8) aparece a inscrição “A minha alma te segue de perto; A tua destra me ampara”. Destra significa direita. Observe que estar à direta parece sempre ser posição de honra, amparo, poder, coisa boa.
Também no livro dos Salmos 110:1 (escrito aproximadamente 1000 anos antes de Cristo nascer, para aqueles que se importam com isto) cosnta: “Diz Jeová ao meu Senhor: Senta-te à minha mão direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.”.
Percebe que o lado direito já era visto na antiguidade como algo bom, honroso e de poder? O lado esquerdo, por outro lado, esteve ligado historicamente a coisas ruins. Tanto que a palavra “sinistro”, que significa esquerda, até no dicionário é traduzida como aquilo “que se deve temer; assustador, temível”. Nas escolas antigas, sequer fabricavam carteiras para quem escrevia com a mão esquerda.
Na política, a coisa se inverteu porque ser de “esquerda” virou uma coisa chique, revolucionária e ser de “direita” passou a ser tido como reacionário, ou seja, hostil à democracia. Mas, quando foi mesmo que essa ideia surgiu e que cientista tão genial a criou?
Será mesmo que esses dois tipos devidamente “etiquetados” são isso tudo que os partidos políticos apregoam ou será que apenas deram continuidade ao lema do imperador romano Júlio César que dizia “divide et impera” ou seja, divida o povo que você os domina!
Napoleão Bonaparte reinou sobre a França se utilizando dessa ideia de dividir para conquistar e reinar, porque o povo dividido fica enfraquecido e quanto mais partidos políticos, quanto mais ideologias criadas mais se divide o povo e, como disse o, também filósofo, Cristo (Mt 12:25) “Todo reino dividido contra si mesmo é devastado; e toda cidade, ou casa, dividida contra si mesma não subsistirá.”.
Um povo rotulado e dividido não passa de “mercadoria” de “um rebanho de gado” carimbado e etiquetado na prateleira do supermercado ideológico de partidos políticos que querem o poder pelo poder e não pelo bem da Nação.
Voltando a explicar o rótulo “ser de esquerda” recordo que a pessoa sinistra é aquela que usa a mão esquerda como predominante. Essa conotação sempre foi tida por algo ruim. Por exemplo, ser sinistro era visto como algo assustador, capaz de causar mal. Na literatura mundial o diabo é considerado o sinistro maior, ainda que tudo isto não passe de metáfora usada e apropriada por doutrinas sociais, como religião, política e até pelos impulsionadores da literatura mundial, os escritores.
O rótulo de ser politicamente da direita ou politicamente da esquerda surgiu na Assembleia Revolucionária Constituinte francesa do século XVIII, monarquia governada pelo Rei Luis XVI que naquela época estava afundando numa crise dos diabos.
O povo/Nação estava oprimido pelas pequenas classes que os governava e para sair da opressão clamava, suplicava, mendigava o direito de votar sobre questões de seu interesse como autonomia, liberdade civil e comercial, mais igualdade entre ricos e pobres e direitos para o cidadão comum. O Rei, para variar, não queria perder parcelas de seu poder e se negava a conceder tais direitos.
Lembre-se que historicamente nas monarquias e impérios os Reis/Césares ou “Prínceps” sempre foram “maiores” que as Cidades-Estado ou que seus países, até que com o surgimento do Estado organizado com Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, a partir do século XVI e consolidado no século XVIII, este passa a ser maior que os “príncipes” ou governantes por conta da renovação que uma eleição permite fazer na sua cúpula de dirigentes.
Em meio à crise da falta de liberdade, de igualdade jurídica e política e, por conseguinte, de uma fraternidade que levasse o monarca a repartir um pouco da riqueza que mantinha, o povo se revoltou e para demonstrar sua força tomou a prisão da Bastilha, um edifício grande, rico, uma fortaleza que o Rei usava para guardar munições, espingardas e alguns canhões.
Ora, o povo (a Nação) pensou em seguida à tomada da Bastilha: “se derrubamos essa fortaleza quase indestrutível, também somos capazes de ir além e derrubar a monarquia!”.
Foi assim que em 20 de agosto de 1789 d.C, uma multidão consciente de seu poder invadiu o palácio e depôs o Rei Luis XVI.
Como o povo francês conseguiu fazer isto? Bastou se conscientizar que o poder está em suas mãos e perceber que, se seus governantes não representam mais seus interesses não há razão para suportar a miséria e sofrimento que lhes impõem. Essa fórmula não mudou, mas para que seja eficaz é preciso que o povo se deixe educar e promova mudanças políticas.
Quando paro para analisar a situação de nosso Brasil sempre me pergunto: Será que nossos governantes, esses mesmos que mergulham o pais em uma crise atrás da outra, eleição após eleição, representam nossos interesses enquanto povo/Nação?
Por outro lado, se eles não representam porque não revogamos essa “procuração” que passamos para tais políticos sem caráter, corruptos e sem amor pela Nação brasileira?
Saiba que você pode aproveita cada período eleitoral para minimizar essa situação, seja votando em alguém que ao menos aparenta ter caráter (a tal estória da ficha limpa ajuda um pouquinho se você examinar), seja anulando ou votando em branco como forma de protesto. Seu direito é seu direito, e você não deve votar coagido por partidos, candidatos, cabos eleitorais ou por quem quer que seja.
Todos nós, em algum momento da vida, cometemos erros ao votar, certo? Já errei várias vezes votando em projetos de esquerda e de direita. Isto, entendo eu, continua me dando o direito de seguir tentando acertar, ou até mesmo de não votar, votar nulo ou votar em branco sem aceitar qualquer patrulhamento ideológico de quem pensa que sabe, mas não passa de cabo eleitoral impulsionado pela vontade de partidos políticos ou candidatos, como se fosse um brinquedo de corda.
Muda de ideia quem tem ideia e pensar por si ainda é um direito inalienável/intransferível em um Estado democrático de direito. Não se deixe enganar!
A verdadeira força transformadora do Brasil está em amarmos mais à Nação que ao Estado e ninguém pode nos obrigar a fazer o contrário, desde que tenhamos o cuidado de, por amor à Nação não nos deixemos cair nos projetos “salvacionistas” de ditadores de esquerda ou de direita, que colocam seus cabos eleitorais nas ruas, na TV, emissoras de rádio e demais mídias, alguns como cães raivosos prontos para morder.
Note que em tempos eleitorais as pessoas se transformam. Mansos ficam agressivos, amigos viram inimigos e tímidos viram falantes, religioso vira político e político vira religioso, tudo em nome do candidato ou partido que defendem.
Asseguro que não é por ser crente ou macumbeiro, católico ou budista, islamita ou hare krishna que um candidato será a solução para os problemas de segurança, saúde, falta de saneamento básico, educação, moradia (nem que seja uma casinha para pessoas de baixa renda), criação de postos de emprego ou trabalho remunerado.
Também não é por ser capitalista, socialista ou comunista que um candidato possui a solução. Não se deixe iludir!
Se votar em religioso, parente, amigo, senhor de engenho ou escravo, em branco ou em negro, professor ou advogado resolvesse o problema, o Brasil não estaria há mais de 200 anos atravessando ciclos de vai e vem de desenvolvimento. Aliás, desenvolvimento que menos vem do que vai…
Em tempos eleitorais os tais supostos eleitores revolucionários são tão fervorosos quanto os religiosos ortodoxos, radicais. Esses eleitores são capazes de tudo em nome da ideia/ideologia que defendem, na maioria das vezes sem saber o que elas são ou o que realmente representam.
Os partidos políticos e candidatos que defendem são os responsáveis por um país de 11,8 milhões de analfabetos, 13,7 milhões de desempregados, mais de 50 milhões de famílias sem recolhimento de esgoto, 33 milhões de brasileiros que não tem onde morar e, ainda assim esses mesmos políticos são defendidos com unhas, dentes e, às vezes, até com tiros.
Pois bem, foi com esse tipo de fervor político de liberdade, igualdade e fraternidade que surgiu na França, por acaso, totalmente por acaso, essa rotulação tola de ser de “direita” e de “esquerda”.
No prédio da Assembleia Constituinte Francesa, assim como se fosse o Congresso Nacional em Brasília composto da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, tinha uma porrada de cadeiras para os políticos sentarem. Nas cadeiras do lado ESQUERDO da MESA DIRETORA da Assembléia se sentavam os partidários da revolução. Ao lado DIREITO da MESA DIRETORA da Assembléia ficavam os políticos considerados como conservadores e contrários àquela Revolução Francesa de 1789 e simpatizantes da volta da monarquia. Para facilitar as votações a mesa dizia: Agora votam os da “direita” (das cadeiras do lado direito) e depois dizia: agora votam os sentados nas cadeiras do meu lado “esquerdo”. Foi assim que ser político de “direita” e da “esquerda” entrou para nossa história moderna.
Sim, essa é a história! É só isto mesmo! Percebe que não tem nada de chique, nada de revolucionário em ser de direita ou de esquerda? Percebe que ser de “direita” ou de “esquerda” não salva ninguém?
Alguns políticos, classe matrera, formada por ricos, pobres, aspirantes à riqueza, ignorantes, intelectuais e pseudo/falsos-intelectuais, entenderam que esse negócio de rotular a uns como sendo de “direita” e outros como sendo de “esquerda” pode ser um bom meio de colocar cabresto no eleitor para conduzi-lo ao destino que a cartilha ou estatuto do Partido Político deseja. Somente isto!
Esses políticos se apropriaram desses rótulos “direita” e “esquerda” para dizer que é chique ser de um lado ou de outro, como também é atrasado pertencer a um ou outro grupo.
Tudo não passa de propaganda política nos mesmos moldes que os ditadores fascistas Mussolini (fascismo na Itália) e Hitler(fascismo alemão que recebeu o nome de nazismo) e genocidas como Stalin e todos os demais ditadores comunistas utilizaram para doutrinar e cegar uma massa tola, que em nome de justificar os fins pelos meios mataram milhões de pessoas.
Como disse um certo publicitário brasileiro que já esteve em moda: “Não há produto que a propaganda não seja capaz de vender!”.
Estive em Cuba em 2008 e de proposito fiquei assistindo à TV Oficial do partido comunista cubano (só tinha ela e ele no país). Só um discurso de Fidel durou mais de 4 horas. Em 2011 eu estava fazendo pesquisa de campo na Venezuela, para lançar a primeira e única Enciclopédia do mundo sobre corrupção política. No quarto do hotel decidi assistir à TV Oficial venezuelana e somente um discurso de Hugo Chaves, discípulo de Fidel Castro, durou mais de 3 horas. Sem confundir a beleza da cultura e do povo, politicamente posso dizer que aqueles discursos não passavam de culto à personalidade, traço marcante de todo ditador.
Nesse mesmo ano de 2011 o Brasil estava tão associado ao comunismo cubano que já houvera inserido a Venezuela como país membro do Mercosul, importado milhares de médicos cubanos como se não faltasse emprego para nossos médicos e, abastecido a ditadura cubana com bilhões de reais, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Andando pelas ruas de Havana (a capital de Cuba) eu perguntava a um cidadão cubano que contratei para secretamente ajudar-me a tirar fotos e colher dados para a pesquisa que fazia, o que ele achava da tão famosa revolução cubana. Ele fez com o dedo o tradicional gesto de quem vai pronunciar palavrões e disse: “No pasa de una mierda, hermano”. Acredite essa opinião era de quase todas as pessoas com quem conversei.
Parte da experiência em cuba e algumas fotos do controle extremo sobre a liberdade da população eu conto no meu livro de autodesenvolvimento lançado em Portugal em 2017 e premiado neste mês pelo The International Latino Book Awards em 2018, em Los Angeles/EUA (você pode comprar o livro pelo e-mail: judivan.vieira@gmail.com; assessoria.judivan@gmail.com)
A história já demonstrou que a propaganda é uma das armas mais eficazes das ditaduras de esquerda e de direita. Eis porque considero tolice ficar se rotulando e sair em defesa de ideias que na prática não se mostram nem se mostraram eficazes.
Quando você rotula alguém você a encarcera e quando você aceita que te rotulem você se anula, se minimiza, se diminui perante a possibilidade de evoluir.
Muitos seguidores de partidos políticos se sentem um pavão quando dizem: “sou de esquerda! Sou de direita!”. Isto é uma tremenda tolice, que surgiu ao acaso e ganhou contornos de coisa chique! Não passa de faccionismo ou divisão. Dividir para depois governar e quem age assim de alguma forma mais se assemelha a uma espécie de Pinóquio de corda.
O que precisamos ter em mente é que devemos ter um só coração e uma só alma pelo Brasil e não por doutrinas que na teoria são lindas, perfeitas, mas não possuem na prática eficácia alguma quando postas à prova. Na realidade crua do dia a dia o povo segue com fome, sem saúde, sem moradia mesmo que seja uma casinha de sala, quarto, banheiro e cozinha.
No Brasil e no mundo os de “esquerda” se julgam progressistas, comunistas, socialistas, marxistas, políticos ambientalistas, social-democratas e se apresentam como a solução para criação da sociedade perfeita. Primeiro você implanta o socialismo e depois lança mão do braço revolucionário e por meio de guerras internas você implanta o comunismo.
Já os de “direita” são tidos como monarquistas, liberais econômicos, neoliberais, conservadores, neoconservadores, reacionários. São os que estão do lado do capitalismo de mercado. No final, o que os dois grupos querem é a plenitudo potestatis, ou seja, a plenitude do poder para si e seus protegidos. Mas, qual deles realmente deseja o poder para trabalhar e servir à Nação? Há exemplos de quem tenha feito isto, basta que você levante os olhos e veja que países antes miseravelmente corruptos viraram modelo de desenvolvimento.
O que mais me chama atenção em nossa caminhar político é que um grupo após o outro assume a presidência do Brasil e no dia seguinte à eleição deita no berço esplêndido do quarto andar do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Poder Legislativo e, na Praça dos Três Poderes, confabulam em secreto contra os interesses da Nação.
Os Governos brasileiros ao invés de contribuirem para um processo de afirmação positiva da identidade do brasileiro perante a comunidade internacional, com seu agir desonesto e descompromissado com os objetivos fundamentais da Nação vêm contribuindo sistematicamente para a criação de estereótipos ou rótulos negativos que o mundo lança sobre nosso povo.
Como consequência imediata e mediata dessa ação produzem a negação de uma identidade positiva perante as demais Nações e comprometem a luta de gerações que desejam se firmar e se afirmar como seres pensantes e não como ex-colonos ou seres humanos de categoria inferior, rotulados negativamente seja por habitarem os trópicos, seja por uma cultura de samba, futebol e corrupção.
Concluo este quinto artigo perguntando: Quando foi que deixamos de cumprir as Leis que o Estado nos impôs e nos impõe diariamente? Quando deixamos de pagar todos as espécies de tributos que nos exigem?
Respondo com convicção que o povo não deixou ou deixa de fazer sua parte!
Por outro lado pergunto: Quando foi que nossos Governos traíram a boa-fé e a confiança que a Nação Brasileira depositou e tem depositado neles?
Possuímos as perguntas e as respostas. O que faremos?