Na contramão do mundo, o Brasil começa a flexibilizar o isolamento social durante o pico da covid-19, com mais de mil mortes notificadas por dia.
O comércio de rua está autorizado a ser retomado a partir desta quarta-feira (10) na cidade de São Paulo. As lojas funcionarão com restrições, por apenas 4 horas — das 11h às 15h — e deverão seguir todos os protocolos de higiene para evitar infecções pelo novo coronavírus.
Amanhã (11), feriado de Corpus Christi, é dia de reabertura dos shoppings na capital paulista. O público deve se limitar a 20% de um dia de movimento normal.
No Rio de Janeiro, a Justiça voltou a autorizar tanto no estado quanto na cidade uma série de atividades em locais públicos. Entre elas, os cultos nas igrejas, contanto que fiéis mantenham distância de 1 metro entre si e utilizem máscaras.
“Há um apagão entre os cientistas que estavam monitorando esse cenário e o que os governadores estão falando. E a população não sabe o que fazer. Já está cansada de ficar em casa e está sendo deixada a levar, quando, na verdade, estamos entrando na pior fase da epidemia no Brasil”, afirma Domingos Alves, professor do Laboratório de Inteligência em Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
Reportagem assinada por Marcella Fernandes, do HuffPost, mostra uma projeção na qual os municípios do estado de São Paulo que reduzirem o distanciamento social podem ter um aumento de até 150% no número de infectados e mortos pelo novo coronavírus em 10 dias.
Para entender os critérios de flexibilização do isolamento, estabelecidos pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e não seguidos pelo Brasil, leia este texto.
Diego Iraheta
Editor Chefe HuffPost Brasil
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