DR PAULA MEYER

AUXILIO EMERGENCIAL – PODERÁ SER PRORROGADO EM 2021

 

Em 2020 o alastramento do COVID-19 e a necessidade de isolamento social empurrou milhões de brasileiros ao desemprego. São mais de 14,0 milhões de cidadãos. Se multiplicarmos por 4, supondo que tratam-se de chefes de família o número de pessoas que dependem de um reforço financeiro é de 56 milhões de pessoas.

Dentro desse contexto o Governo Federal lançou em 2020 o auxilio emergencial destinado àqueles que perderam seus empregos e que não tivessem nenhuma fonte de rendimento. Esse benefício destina-se a:

  1. benefício destinado àqueles que estão em extrema pobreza no valor de R$ 89,00;
  2. benefício variável destinado a gestantes, criança de 0 a 15 anos no valor de R$ 41,00 podendo ser acumulado por família em 5 benefícios variáveis;
  3. benefício variável jovem é pago as famílias que possuem filhos adolescente, o limite máximo de acumulo é de 2 no valor de R$ 48,00.

No que tange ao Bolsa-Família, o governo estuda fazer uma remodelagem nesse benéfico para 2021 seguindo o seguinte caminho. Aumentar a quantidade de famílias atendidas e manter o valor originário como está hoje ou ainda elevar o valor do benéfico e manter a quantidade de beneficiários. Atualmente o bolsa Família paga R$ 191,00 e deve ir para R$ 200,00

Em números redondos de acordo com o Ministério da Cidadania, o Programa Bolsa-Família alcançou, no mês de junho, a marca de 14.283 milhões de famílias atendidas. A maior parte – mais de 13,6 milhões – recebeu o Auxílio Emergencial, destinado pelo Governo Federal para ajudar as pessoas mais vulneráveis a enfrentar a crise provocada pela pandemia de Covid-19.

O número total de famílias atendidas foi o segundo maior da história do programa. Segundo informações da Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (Senarc) do Ministério da Cidadania, o marco mais expressivo até hoje ocorreu em maio de 2019, com 14,33 milhões de famílias beneficiárias.

Apesar do socorro financeiro às famílias, tal iniciativa do Governo Federal é indiscutível, a crise sanitária aprofundou a crise fiscal deixando um rombo de mais de R$ 250 bilhões. A segunda onda parece vir ai mais forte e sem data para acabar e o governo já estuda a prorrogação do Auxílio Emergencial mas com valores menores de modo que possa atender as famílias.

O repique das novas infecções por COVID-19 anuncia mais um ano de luta e não se sabe ainda quando chegará ao fim. A vacina está aí mas demorará para que toda a a população seja imunizada.

Enquanto isso, a economia vai se segurando como pode, o Estado vai fazendo sua parte promovendo um amparo àqueles que mais precisam. E com certeza a adoção de politicas de cunho keynesiano em 2021 serão necessárias de modo que o rastro deixado pela crise sanitária ocasionada pelo COVID-19 possa ser minimizada.

Agora nos resta saber até quando o Estado terá forças e recursos para bancar todos os prejuízos dessa pandemia.

Sem sombra de dúvidas que o socorro financeiro intitulado por Auxílio Emergencial veio em boa hora. 2020 será um ano que ficará para a nossa memória. O mundo enfrentou o invisível, famílias tiveram que se readaptar diante de uma desaceleração da economia. Um ano difícil para muitos. Difícil mais ainda para aqueles que perderam a batalha contra o COVID-19.

Aguardemos um 2021 com a esperança de que dias melhores estarão por vir. O povo brasileiro é resistente, resiliente e com certeza em meio a esse caos todo vamos sair dessa mais fortes. Que venha 2021, vamos seguir em frente. Boas Festas a todos, evitem aglomerações.

Sobre o autor

Paula Meyer Soares

Dentro dessa perspectiva a coluna inaugura mais um espeço para a reflexão no Jornal Pernambuco em Foco acerca dos desafios energéticos e econômicos resultantes das nossas políticas públicas.
Serão abordados temas diversos voltados para área de energia, economia e políticas públicas.
A coluna será semanal abordando os mais variados temas correlatos à essas áreas sob a ótica da economista e professora Paula Meyer Soares autora e especialista em economia, energia e políticas públicas. Doutora (2002) e Mestre (1994) em Economia de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas – EAESP. Graduada em Ciências Econômicas pela Universidade de Fortaleza (1990). Membro da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE

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