Uma audiência pública debateu o aumento da violência contra crianças e adolescentes durante a pandemia. A iniciativa foi da vereadora Ana Lúcia (Republicanos).
“O isolamento social foi necessário, mas para muitas crianças a casa não é segura. Eu soube de alguns casos, constatados por profissionais da educação durante o ato da entrega das cestas básicas nas escolas, crianças chegando marcadas, machucadas. Estamos vivendo um período em que a rede de proteção fica inviabilizada, e o desequilíbrio, a desestrutura familiar, favorecem esse cenário em que as agressões aumentam. Pontuou a vereadora.
De acordo com os participantes, entre os agravantes para o aumento da violência contra crianças e adolescentes durante a pandemia, está o fechamento das escolas municipais, que contribuem com a subnotificação das denúncias.
Entre os pontos que podem favorecer o combate à essa prática, destacados durante a audiência, estão a necessidade de campanhas educativas de incentivo à denúncia, o investimento no protagonismo da escola como operador de proteção das crianças e adolescentes, a elaboração de ações de prevenção, a agilização dos procedimentos necessários para registro da denúncia, a contribuição das escolas particulares, e o preparo dos profissionais da educação, que muitas vezes não sabem lidar com situações que envolvem esse tipo de violência.
Participaram do debate Inalva Cavendish, Gerente do Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA), Eduardo Paysan, Gerente da Criança e do Adolescente na Secretaria de Direitos Humanos, Bruno Rosas, Assessor de Programas da Visão Mundial, o Representante da Unicef Recife, Augusto Lepre, o Conselheiro Tutelar Neto Ferraz Conselheiro Tutelar Neto Ferraz, o Promotor de Justiça Salomão Abdo, o representante da Unicef, Augusto Lepre, o Promotor Salomão Abdo, e a professora Rossana Cavalcanti, Coordenadora do Núcleo de Enfrentamento à Violência Escolar (NEVE).
