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Assinatura de ordem de serviço dá início à revisão do Plano Diretor de Suape

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Serviços serão executados num prazo de 15 meses. O investimento total do projeto é de R$ 6,8 milhões

O Complexo Industrial Portuário de Suape assinou, nesta segunda-feira (31), a ordem de serviço para o início de estudos técnicos multidisciplinares, elaboração da revisão e atualização do Plano Diretor Suape 2030. O serviço será comandado pelo consórcio formado pelas empresas TPF e Ceplan, vencedor da licitação. A iniciativa tem por objetivo revisitar todo o planejamento físico-territorial e estratégico da empresa frente às novas demandas de mercado e aos desafios impostos pelo atual cenário econômico. Os serviços serão executados em 15 meses. O investimento total do projeto é de R$ 6,8 milhões, preço vencedor do certame. O extrato foi publicado no Diário Oficial do último dia 8 de janeiro. A ordem de serviço foi assinada em reunião remota entre vários diretores de Suape e representantes do consórcio.

O Plano Diretor Suape 2030 foi elaborado em 2011, após o Complexo Industrial Portuário registrar o período de maior progresso de sua história. Na ocasião, o Governo Estadual havia anunciado aportes de recursos em investimentos da ordem de R$ 710 milhões. Esse volume era superior aos cerca de R$ 643 milhões já investidos, desde a criação de Suape. Foram elaborados três cenários de referência para orientar a visão de futuro do complexo com metas e objetivos até 2030: de curto, médio e longo prazo.

Com a crise econômica instalada a partir de 2014, Pernambuco sofreu forte redução nas transferências federais, além de maior limitação de acesso ao crédito. Outras variáveis, como queda no Produto Interno Bruto (PIB) e alta no desemprego, mudaram alguns dos cenários previstos. Com tudo isso, muitos planos e investimentos esperados ou iniciados não chegaram a ser concluídos ou retomados. Essa nova realidade econômica, com impacto sobre os diversos sistemas produtivos, exigiu o redirecionamento do próprio modelo de desenvolvimento vigente no país e, consequentemente, no Estado.

Considerando esse cenário e a necessidade de atendimento às demandas de mercado, Suape promoverá a revisão crítica e atualização dos instrumentos de planejamento, tomando por base o conjunto desses desafios e das novas variáveis e perspectivas para a economia nacional, regional e local para os próximos anos. Em particular, a revisão do zoneamento atual do complexo, incluindo a atualização do leiaute portuário de Suape frente às novas tecnologias e inovações previstas para o setor, a exemplo da produção de hidrogênio verde.

Para o representante da TPS, engenheiro João Recena, o Plano Diretor auxiliará Suape na atração de futuros negócios. “Um dos grandes desafios é a questão econômica. É necessário pensar que tipo de indústria Suape espera poder atrair e atuar de forma ordenada para isso. Uma alternativa é pensar, por exemplo, na integração de Suape com o projeto do Arco Metropolitano. Talvez aí estejam locais que possam servir de áreas satélites para Suape, já que há uma dificuldade para encontrar novos terrenos”, explica o consultor.

Já o representante da Ceplan, Jorge Jatobá, aposta que o fortalecimento do diálogo com os empresários facilitará a prospecção de novos empreendimentos. “É importante que haja equilíbrio nas esferas econômica, ambiental e social, mas é fundamental aumentar a interlocução com o empresariado. Precisamos estimular essa voz institucional de Suape para não criarmos desequilíbrios. Suape é um complexo industrial portuário e é muito importante escutá-los, estreitando sempre essa relação para melhor direcionamento dos negócios”, agrega Jatobá.

ETAPAS

Toda gestão dos trabalhos é conduzida pela equipe da Diretoria de Planejamento e Gestão de Suape. Ao final do processo, são esperados, ao menos, 13 produtos, que incluem a atualização e complementação do cadastro das empresas, diagnóstico situacional, leitura da realidade, cenários alternativos, construção da visão de futuro, com plano urbanístico e atualização do leiaute portuário, entre outros relatórios que vão embasar o documento final. “O cronograma será dividido em sete etapas, que começam com as atividades preliminares e incluem mobilização social, preparação de um plano de comunicação, diagnóstico situacional, prospecção de futuro, análises temáticas prospectivas, elaboração do plano propriamente dito e aprovação do corpo de diretores de Suape”, salienta o diretor de Planejamento e Gestão, Francisco Martins.

 

 

Andre Malagueta

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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