Nutricionista dá dicas de como escolher os alimentos mais frescos dentro das diversas opções disponíveis no mercado
Um dos grandes desafios do tradicional almoço de Páscoa é escolher bem os alimentos para o preparo das refeições. Com a aproximação do período da quaresma, peixes e frutos do mar são vendidos em supermercados, mercadinhos, tendas e feiras livres. Esses itens alimentícios se tornam a grande aposta do mercado, seguidos pelos tradicionais jerimum (ou abóbora), o bredo e o coco. Para não errar na hora de escolher, algumas dicas simples são válidas e ajudam a identificar os que estão mais frescos e bem refrigerados.
De acordo com a nutricionista e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Alyne Nunes, o peixe que está dentro do congelador precisa estar sem cristais ou pedra de gelo na embalagem porque a presença indica que o alimento foi recongelado, o que diminui na qualidade e aponta perda de nutrientes do pescado. “Prefira sempre os frescos e embalados com o Selo de Inspeção Federal (SIF) que seja de uma marca consolidada no mercado e que passe confiança. Uma outra dica é ficar atento a cor e a textura que são padrões de qualidade quando falamos em frutos do mar”, comenta.
Peles enrugadas, soltando facilmente ao toque ou com muita viscosidade são sinais de alerta na compra dos moluscos. Camarão sem rabo, sem cabeça ou com a casca solta é um sinal de decomposição, segundo Alyne. “As patas precisam estar firmes ao corpo. Um exemplo é a lagosta e o caranguejo, que podem ser comprados vivos ou mortos, a dica principal é que se o animal estiver ainda com vida, opte pelo mais ativo e pesado em relação ao próprio tamanho. Em caso de compra sem vida, é preciso que a casca esteja inteira, as garras intactas e sem cheiro forte”, alerta.
É importante lembrar do sabor e textura características desses alimentos quando estão frescos. A lagosta, por exemplo, tem um sabor suave e adocicado e lembrar disso na hora de escolher o que levar pra casa pode ajudar a acertar. Por isso, a aparência do peixe entrega se aquele produto está fresco ou passado. “Entre as principais condições que devem ser observadas está o brilho nas escamas, sem odor forte, guelras bem vermelhas e olho bem vivo”, conta.
Os locais de compra também merecem ser motivo de preocupação. Nunca devem ser consumidos alimentos de procedência duvidosa, por isso, é importante comprar em supermercados e estabelecimentos que passam pelas normas de vigilância sanitária. Em lugares em que não existem normas é mais fácil a manipulação do alimento. Além disso, higienizar as mãos e utensílios no preparo da refeição faz toda a diferença na qualidade final.
“Usar alimentos frescos, ambiente limpo e com higiene contribuem para uma boa alimentação. Outra dica importante sobre os pratos preparados com o coco, eles devem ser refrigerados e consumidos com, no máximo, 2 dias. Por isso, é importante fazer uma quantidade mais correta para não correr o risco de ingerir alimento estragado ou jogar comida no lixo”, finaliza.