DR JUDIVAN VIEIRA

AJUSTE SEU “RELÓGIO” BIOLÓGICO E PSICOLÓGICO AO CORONAVÍRUS, PORQUE A VACINA AINDA PODE DEMORAR (Final desta série))

Direto de Brasília-DF.

Como você está, hoje? Bem? Que maravilha!

Como você estará “amanha”? Não sabe? Nem eu! Nenhum de nós está blindado contra o Coronavírus.

Quando você contraiu o vírus e escapou da morte, que sensação traz consigo?

Conhece algum parente que foi contaminado pelo Coronavírus?

Perdeu alguém da família para o vírus, amigo, ou simples conhecido? Como se sente?

Você “brinda”, cada vez que fica sabendo que alguém se recuperou “voltou de entre os mortos”?

Cada um de nós tem um ciclo bem restrito, em relação a todas as pessoas do mundo. Mas, é impossível não ver a quantidade de empresas falidas, de pessoas físicas que entraram em insolvência por não ter como pagar as contas que não param de chegar, diante de fontes de renda que secaram. Esta já é a situação de bilhões de pessoas no planeta. Você pode imaginar as ondas de tristezas que se abatem sobre o “espirito”da humanidade?

Estamos, gradualmente, “ligando” os motores da vida, mas não descuide de lavar sempre as mãos, de usar máscara, de ser leal para com as demais pessoas ao seu redor. Basta que ao sentir sintoma, ou contrair o vírus, siga o protocolo e fique em isolamento, ao invés de espalhar o terror em sua “vizinhança”, porque em nosso mundo globalizado, mais que nunca, a batida de asas de uma borboleta, na China, pode reverberar no extremo sul da Patagônia.

Estamos sendo testados em nossa “humanidade”. Se você está bem, continue se cuidando, porque a vacina ainda pode demorar um bom tempo. Enquanto isto, adapte-se.

Quando o medo começar a rondar, afugente a ele e aos múltiplos transtornos e síndromes que o acompanham. Que, em você, a vontade de sobreviver e sair ileso da crise seja maior que todas as forças negativas ao redor. Estamos no meio da correnteza, e a força que temos de desprender para “voltar” é, proporcionalmente, a mesma que podemos usar para “nadar” até à margem segura.

Em dezembro a China permitiu ao mundo saber da existência do Coronavírus, em março as “sirenes” tocaram avisando que o vírus era qual terremoto em águas profundas, e que “tsunamis” se dirigiam contra nós.

Já estamos em agosto e os números de infectados, mortos e recuperados, se misturam ante nossos olhos, como figuras em um caleidoscópio.

Governos e oposições seguem como sempre, tolamente disputando a quem pertence a “cova no cemitério”, enquanto falaciosamente tentam “acalmar” à população mundial, dizendo que talvez tenhamos vacinas no fim de 2020 e, ainda, assim, de forma escalonada. Primeiro para uma categoria de fulanos, depois para outra categoria de “beltranos”e, por fim, para os “sicranos”da vida. Todavia, nada disto é certo, porque a vacina ainda pode demorar bastante.

A vida segue emitindo sinais como faróis nas noites escuras, avisando dos rochedos que ameaçam nossas naus. A grande questão é, se somos capazes de receber e interpretar corretamente os avisos.

Em qualquer site de busca você encontra o registro que na Ilha de Sumatra, Indonésia, em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1, ocorreu a 30 quilômetros de profundidade no Oceano Índico, gerando o “tsunami” que matou mais de 230 mil pessoas, em 14 países do sudeste asiático.

Em muitos aspectos aquele “tsunami” serve por analogia ao ano de 2020. O Coronavírus parece com um terremoto que sacudiu as placas tectônicas que sustentam a estrutura de nossa vida moderna. Uma onda colossal de “horror” e terror que segue varrendo continentes, e em apenas oito meses já ceifou perto de um milhão de vidas.

Afinal, que sinais a vida está emitindo? Nem sequer vamos parar para fazer o “ESAON”? Não será esta uma boa hora para ESTACIONAR, SENTAR, ANALISAR, ORIENTAR, antes de voltar a NAVEGAR?

Certa vez, o poeta norte-americano, Henry Longfellow, inspirado pelos campos de blueberry, do Maine, disse que “podemos tornar nossas vidas sublimes e, ao partimos, deixar atrás de nós pegadas na areia do tempo”.

Não creio que os sinais nos induzam a nos tornarmos medrosos, pessimistas, depressivos, ou hospedeiros psíquicos de transtornos, síndromes ou conspirações apocalípticas. É hora de sermos ainda mais fortes, principalmente na alma; de decidirmos ser menos hipócritas, e enquanto sociedade de racionais, diminuirmos sensivelmente nossa marcha apressada de coisificação do humano e de humanização de coisas (tema que abordo em maior profundidade no meu livro, “DO ALARMISMO APOCALÍPTICO AO RESSURGIMENTO SOCIAL E ECONÔMICO — Mundo utópico, mundo distópico”, prestes a ser lançado).

Então, mesmo que seja difícil, e estranho, finja sorrisos, porque melhor eles que o pessimismo, em tempos que gratuitamente destilam fel.

Cuide-se bem! Sua vida e saúde física e mental seguem sendo seus maiores tesouros!

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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