RNP-AR permite pousos com visibilidade mínima de 100 metros de altura e a 1.400 metros de distância em relação à pista
Dentro de 20 dias, ficam prontos os trabalhos de calibragem, realizados pelas autoridades aeronáuticas para o religamento do Glide do ILS
Com o religamento, operações com visibilidade mínima de cerca de 70 metros de altura e 1.200 metros de distância voltam a ocorrer
O ILS não é um equipamento obrigatório para o funcionamento do Aeroporto do Recife
25 de agosto de 2023
Desde 10 de agosto último, entrou em vigor um novo procedimento de navegação aérea para o Aeroporto do Recife, o RNP-AR, que permite operação com visibilidade mínima de até 100 metros de altura e 1.400 metros de distância da pista de pouso. A medida oferece um avanço em relação aos 150 metros de altura e 2.200 metros de distância, necessários antes dessa providência. O procedimento funciona por meio de equipamentos de geolocalização embarcados nas aeronaves e requer tripulação habilitada para utilizá-lo, usualmente disponíveis em boa parte dos voos que chegam ao Recife.
Além do novo procedimento, estão em andamento as providências para o religamento completo do ILS, sistema gerido pelos órgãos de navegação aérea e que permite a aproximação por instrumentos em solo, informando a localização da pista e a rampa de pouso. Os trabalhos de ajustes e calibragem devem estar completados em cerca de 20 dias, seguindo-se então os prazos para elaboração e publicação das novas cartas de navegação. O ILS permitirá a operação com visibilidade mínima de cerca de 70 metros de altura e 1.200 metros de distância, um ganho adicional menor do que o obtido agora com o novo procedimento RNP-AR.
O ILS não é um equipamento obrigatório e nem uma exigência da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para a concessão nem para o funcionamento do Aeroporto do Recife. De maio até agora, mesmo com um teto operacional mais restrito, apenas 0,7% dos voos foram alternados para outros aeroportos ou cancelados, um total de 128 voos entre 17.773 operações.
Entenda o caso
Como a pista passou por melhorias, inclusive com a instalação de zonas de segurança antes inexistentes, como as Runway Escape Safety Areas (RESAs), um dos equipamentos do ILS (Glide) precisa ser movido para funcionar de acordo com a nova localização da cabeceira. No fim de maio, para cumprir as obrigações contratuais da concessão, a cabeceira da pista teve que ser realocada e o Glide, desativado. O desligamento é imprescindível até que sejam concluídos o processo de análise do reposicionamento do equipamento e a revisão das cartas de navegação pelos órgãos de navegação aérea, que estão em andamento. Caso o equipamento permanecesse ligado, poderia induzir os pilotos ao erro. A Aena vem mantendo reuniões e trocas de documentos com os órgãos competentes desde o segundo trimestre de 2022, e finalmente, em 16 de dezembro abriu junto ao CINDACTA III o processo de ajuste. Entre maio e junho, ajustes ao projeto foram solicitados e entregues pelo aeroporto.
Obras
Investimentos realizados pela Aena têm promovido uma grande transformação no Aeroporto do Recife. Nos seis aeródromos que administra no Nordeste, a concessionária aposta cerca de R$ 1,4 bilhão em obras, e R$ 500 milhões em serviços, sistemas, equipamentos e outras manutenções. Com isso, o Recife terá um aeroporto ainda mais seguro, com capacidade operacional 60% superior, um novo píer para voos internacionais com quatro pontes de embarque, canal de inspeção e sistema de bagagens automatizado, mix comercial renovado e mais variado, espaços ampliados, mais confortáveis e funcionais, entre muitas outras melhorias.
Qualidade
O Aeroporto Internacional do Recife tem excelente histórico de pontualidade e serviços, tendo alcançado posições entre os melhores do mundo e do Brasil em diversas ocasiões. Veja alguns dos reconhecimentos e premiações:
– Mais pontual do mundo em sua categoria, e segundo melhor do mundo na pontuação geral, em março de 2023 – The On-Time Performance Monthly Report Airports – Cirium.
– Mais pontual do Brasil e quarto melhor do mundo em sua categoria, em janeiro de 2023 – The On-Time Performance Monthly Report Airports – Cirium.
– Prêmio Aviação Mais Brasil, do Ministério de Portos e Aeroportos, como o mais pontual do país na categoria entre 5 e 10 milhões de passageiros ao ano, em 2021 e 2022.
– Segundo melhor aeroporto do mundo em 2022, no relatório Air Help Score, elaborado pela Consultoria AirHelp.
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Sobre a Aena Brasil
Aena Brasil é a marca registrada da companhia espanhola Aena, considerada pelo Conselho Internacional de Aeroportos como a maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros, com mais de 275,2 milhões em 2019 na Espanha. Desde começo de 2020, administra a concessão de seis aeroportos da região Nordeste: Recife (PE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Maceió (AL). Em 2019, os seis aeroportos somaram 13,7 milhões de passageiros. Na Espanha, opera 46 aeroportos e 2 heliportos. É acionista controlador, com 51%, do aeroporto de Londres-Luton no Reino Unido, além de gerenciar aeroportos no México (12), Colômbia (2) e Jamaica (2), que totalizaram um volume de passageiros de 78,2 milhões em 2019. Além disso, presta serviços de consultoria para clientes estratégicos como a Companhia de Aeroportos de Cuba – ECASA.