Direto de Brasília, DF
Estamos próximos do fim. Esta série termina no episódio 13. Então, necessito fazer algumas perguntas antes de selar esta “carta” enviada a quem estiver disposto a ler.
Uma pessoa pode ser analfabeta e ser medíocre, pode possuir dezenas de diplomas e ser medíocre?
Uma pessoa pode ser roceira e ser medíocre, pode ser do melhor dos lugares urbanos e ser medíocre?
Uma pessoa pode ser apolítica e ser medíocre, pode se julgar altamente politizada e ser medíocre?
Uma pessoa pode ser de Direita e ser medíocre, pode ser de Esquerda e ser medíocre?
Uma pessoa pode ser religiosa e ser medíocre, pode ser ateia e ser medíocre?
Uma pessoa pode afirmar categoricamente que não é religiosa, mas seguidora Deus e ser medíocre?
Afinal, o que caracteriza e como podemos traçar o perfil de uma pessoa medíocre?
O que esperar de um ajuntamento de pessoas medíocres? A lógica e a crítica ensinam que devemos esperar a formação de uma micro ou macro sociedade de medíocres, tanto quanto de uma macieira devemos esperar maças e não tamarindos.
Entenda que uma sociedade é feita por pessoas SÓCIAS em algum empreendimento, o que em Política, como Ciência de Governo, implica dividir direitos, deveres e responsabilidades na construção do BEM COMUM, ou seja, na construção do Mínimo de Dignidade Social e Econômica a ser distribuído como RIQUEZA espiritual, pessoal, acadêmica e profissional, de modo que o resultado seja aquele BEM COMUM traduzido por uma vida minimamente confortável nos quesitos, SER, FAZER, e TER.
Primeiro, vamos desmistificar essa coisa do “espiritual” porque pessoas medíocres quando entram de alguma forma em contato com essa palavra a vinculam somente à religião, o que é um erro. Então, entenda que independente de você, caro leitor, ser dicotômico e crer que o ser humano é formado por alma e corpo, ou independente de ser tricotômico e crer que o ser humano é formado por alma, corpo e espírito, o fato é que nós, a raça dos humanos, somos um complexo desconhecido, é verdade, mas não somos somente corpos! Há em nós um conteúdo ETÉREO, elevadíssimo, a que chamamos alma, espírito, ou como dizia Aristóteles, racional, que nos eleva a dimensão do Humano. Ser, Humano, é estar na dimensão do raciocínio, ou seja, ter a capacidade de pensar.
Após décadas de leitura sobre os ensinamentos aristotélicos, hoje devo compreender 1% do que o mestre ensinou, mas asseguro a você, sem qualquer chance de errar, que neste 1% está, possivelmente, a pedra angular de sua filosofia e política, qual seja: o que nos torna espécie superior não é somente ter um cérebro, mas saber utilizá-lo para racionalizar o raciocínio!
Pensar, qualquer um que não tenha nascido louco em absoluto pensa! A maior de todas as dádivas é saber pensar de forma crítica e lógica. Isto era o que o antropocentrista, inigualável cientista, filósofo e político Aristóteles.
Esse inigualável cientista, filósofo e político, que assegurava que “O SER SE EXPRESSA POR MÚLTIPLAS FORMAS, também ensinava que o fio condutor, a “alma”, ou “espírito” que nos faz Humanos(observe que ser “espiritual” nada tem a ver com religioso, se dizer crente e devoto de algum Deus ou espírito) deve ser incessante na BUSCA DA FELICIDADE(belíssima Teoria do Eudemonismo, que explico e desenvolvo na terceira edição de meu livro de autodesenvolvimento: “Técnicas Para Você Ficar Doidão”, lançado em agosto, em Portugal e no Brasil, no próximo dia 7/11, 19h, na Livraria da TRAVESSA CASAPARK BRASÍLIA) e na busca da ÉTICA.
A Busca da Felicidade foi e segue sendo uma busca individual. Mas, em algum momento da História surgiu a ideia de Nação e, posteriormente, de Estado, como explico em alguns de meus livros, e esta busca individual foi substituída pela busca coletiva, ou seja, de toda uma sociedade.
O que causou esta mudança foi, sobretudo, a ideia abstrata de um Estado provedor da Felicidade contida em Promessas, que por sua vez solidificam-se em leis e governos que no abstrato, na forma, prometem assegurar a cada pessoa da Nação, o Mínimo de Dignidade Social e Econômica, tudo fundamentado na Ética.
Será que o Estado brasileiro cumpre esse papel de provedor, que nasceu encenando no palco da História, ou será que a POLÍTICA BRASILEIRA É UM CÂNCER APODRECENDO O CORPO DE DENTRO PARA FORA?
Tenho mais dois artigos(são 13 episódios) para concluir esta série e espero que, se nenhum de nós dois morrermos, possamos seguir desenvolvendo o tema no penúltimo artigo, domingo próximo. Afinal, todo humano é mortal. Nós somos humanos, logo, somos todos mortais!
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