A POLÍTICA BRASILEIRA É UM CÂNCER APODRECENDO O CORPO DE DENTRO PARA FORA (PARTE 10)

A POLÍTICA BRASILEIRA É UM CÂNCER APODRECENDO O CORPO DE DENTRO PARA FORA (PARTE 10)

Direto de Brasília, DF

Abordar Política Substantiva e Democracia Substantiva exige partir do “Ser” e da “Coisa Substantiva”, como personagem principal no palco da vida e da evolução.

Eis uma das razões que ao sistematizar tanto Política quanto Democracia, Aristóteles contrariou todo o animismo socrático-platônico fincado no abstrato e interminável ciclo de existências meramente derivativas de lembranças de vidas espirituais anteriores que representam uma transferência de responsabilidade do hoje para outras vidas nas quais alguém se conscientize e assuma seus erros. Fez hoje, assuma a autoria hoje e corrija em vida se a ação é destrutiva ou repita tal ação, se é humanamente digna.

Tal reflexão aristotélica exige exercitar o livre arbítrio para que seu conteúdo seja valorizar a capacidade de raciocinar e em seguida racionalizar a própria existência, como atributos de sermos a única espécie do planeta que nasceu com cérebro apto para exercício do autoconhecimento e autodesenvolvimento.

Nessa linha de raciocínio é possível dizer que Política Substancial é ciência de governo criada e sistematizada com princípios próprios, possível de aplicação universal e testada na prática de governo de todo e qualquer coletivo, desde um núcleo familiar, tribo, vila, cidade ou país.

O vocábulo “política” deriva do idioma grego antigo “polis”, que designa “cidade”. Daí você já ter lido ou ouvido falar das cidades-estado na Grécia antiga, como nascedouros e primeiros laboratórios da Política enquanto Ciência. A sua vez, os romanos antigos, como já expliquei em artigos anteriores, procuravam imitar os gregos em quase tudo, tanto que até o conceito das cidades-estados, eles o copiaram mudando o nome de “polis” para “civita”.

Já no Século I a.C., com o declínio do idioma grego antigo e a ascensão do Latim, o que Aristóteles designou como “animal político”, tradutores latinos chamaram de “animal cívico”, mas com ambos pretendendo enfatizar que o ser humano foi talhado para viver em sociedade e não isoladamente, implicando tal percepção em regras que garantam a segurança, prosperidade de todos e o mínimo de dignidade social e econômica a todos.

Aristóteles, filósofo designado como o “pai de todas as ciências”, classificava aos seres humanas como “espécie superior” em razão de possuirmos capacidade de raciocínio. Ele também nos designou como “animais políticos”, porque em todo coletivo(família, tribo, vila, cidade) praticamos instintiva ou institucionalmente, a política como arte de governo. Não há quem viva em sociedade e consiga fugir de ser também um animal político, assim como não há quem viva numa cidade(‘civita’) que também não sejam um animal cívico ou civil.

Você deve saber que esta é das razões pelas quais você é registrado e identificado ao longo de sua vida, com um montão de números: certidão de nascimento, CNH, Título Eleitoral, etc., e por isto sempre te pedem em qualquer requerimento ou petição a tua “qualificação civil”.

Fato, é que, quando Aristóteles pensou e sistematizou a Política, inclusive elaborando 20 princípios universais sobre política e democracia, os quais analiso em meu livro “O Dilema da Lealdade Dividida entre Nação e Estado, e as Principais Doutrinas que Governam o Mundo”, ele a estruturou como Ciência em que o governo, obrigatoriamente, existe para servir ao povo e não para se servir do povo; o governo deve ser, acima de tudo, ético, pois Ética é a verdadeira Felicidade, como ele explica na Teoria da Busca da Felicidade, a que chama de ‘Eudemonismo’.

Aristóteles tinha inúmeros defeitos, mas no campo da política era implacável na defesa do Bem do Povo, da Felicidade da Nação, na defesa do dever do Estado conceder ao povo o mínimo de dignidade social e econômica. Não aceitava negociar a Ética, em troca de político algum se servir dos recursos do povo para benefício próprio, de parentes ou amigos.

É esta a política que se pratica no Brasil?

 

Continua no próximo domingo…

 

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Judivan Vieira

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil. Judivan J. Vieira Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA Palestrante/Speaker/Conferenciante

154 comentários sobre “A POLÍTICA BRASILEIRA É UM CÂNCER APODRECENDO O CORPO DE DENTRO PARA FORA (PARTE 10)

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