#JABOATÃODOSGUARARAPESÉFOCO DR JUDIVAN VIEIRA

A MORTE DA POLÍTICA E DEMOCRACIA SUBSTANCIAL (PARTE 5)

Direto de Brasília, DF

 

Nos artigos anteriores desta série cito várias dentre as inúmeras vantagens criadas por lei, para os partidos políticos. A questão que temos de meditar sobre ela é: quais as vantagens os partidos políticos proporcionam ao povo?

Para responder a essa pergunta você precisa de alguns olhares ou perspectivas direcionadas para os seguintes aspectos: histórico, jurídico, econômico, político, pelo menos.

Historicamente pode-se dizer que partido político é coisa da democracia, já que em qualquer regime de exceção, seja nas ditaduras de direita ou em ditaduras socialistas e comunistas há somente um partido político, o da situação. Foi assim no Brasil do período dos militares de direita, foi assim na antiga URSS dos civis e militares de esquerda, é assim na China, em Cuba, na Venezuela, etc. A vantagem para o povo só existe quando realmente há democracia na prática e não quando é meramente formal, como nas ditaduras de esquerda sob a égide marxista-leninista, em que chamam de social-democracia a um arremedo falso de liberdade meramente formal na qual os direitos são cerceados, as perseguições aos pensamentos contrários são fomentadas e a ignorância e o parasitismo incentivados como se fosse uma onda cultural.

Juridicamente a vantagem só existe para os filiados ao partido que podem trocar de legenda segundo as conveniências que melhor se adaptem aos candidatos. Por exemplo, nas coalizões, nos conchavos em momentos de eleição para compor governo de minoria, dividir cargos, ministérios, etc. O sistema jurídico com suas inúmeras leis é construído para dar suporte a todas as aspirações dos partidos e seus membros, ao poder que, normalmente, utilizam a favor da legenda e da ideologia, contra o povo. Olhe para a distribuição de riquezas entre as classes dominantes e para a situação de miséria e pobreza da sociedade e você consegue entender o que estou afirmando.

Economicamente peço que observe que há 523 anos de existência do Brasil e de seus inúmeros partidos o que acumulamos não é riqueza, mas miséria e pobreza, mesmo com a verborragia de inúmeros presidentes que viajam e viajam e viajam no mundo e na “maionese”, e falam e falam e falam e falam e… na maioria das vezes só fazem “caca”.

Hoje temos mais de 13 milhões de desempregados e o país só pensa em inventar mais auxílios. Não me entenda mal, por favor. Sou pós-graduado em Política e Estratégia e sei que auxílios são necessários. Todavia, a ciência política ensina que para serem eficazes ao crescimento sustentável de um país devem ser paliativos e não perenes; devem existir somente para cobrir um momento de crise e não para criar uma crise ao estimular o parasitismo, a preguiça, a negligência e a procrastinação como mentalidade dominante em toda uma, duas ou três gerações. Afinal, qual é o parasita que quer desgrudar do organismo parasitado que o sustenta?

Politicamente é um vale-gás daqui, uma bolsa família dali, auxílios que se aproximam do valor do salário mínimo. Ocorre que esse paternalismo estatal está matando a coragem do povo para trabalhar! O que vi em minhas viagens e as notícias que sigo recebendo de fontes confiáveis do interior do Brasil é que ninguém mais quer trabalhar na roça. – Para quê trabalhar se o governo dá dinheiro de graça? Dizem os campesinos! Mas, será mesmo que o dinheiro doado é de graça?

Afinal, o governo dá dinheiro às custas de quem? Ora, o Estado brasileiro não pratica comércio, não é dono de fábricas nem indústrias, logo, não gera dinheiro! O que ele vende? Falsas promessas de eleição a quem mete aquele “votão” cheio de ideologia e vazio de praticidade nas “urnas que mudam o mundo”? Isso é baboseira ideológica!

A verdade é que o dinheiro para tantos auxílios sai dos tributos que pagamos e que estão servindo para ajudar a alguns que realmente precisam, mas também para alimentar parasitas que não querem mais trabalhar!

Uma coisa é criar um auxílio emergencial e fazer e executar planos concretos com estabelecimento de prazos e provas reais no tempo e espaço para que a economia cresça e o tal auxílio seja suspenso. Esse paliativo é saudável e necessário politicamente. Mas, quando o Estado se transforma num imenso corpo a ser parasitado por quem não quer trabalhar, aí não há classe média que aguente a carga tributária sobre ela e as hordas de miseráveis e pobres brasileiros e agora venezuelanos pedindo nos semáforos, nas portas de supermercado e os raivosos “flanelinhas” recém-saídos das penitenciárias nos “saidões” e saidinhas facilitadas pelas Leis do Estado que “coitadiza” ao criminoso, e sacrifica e marginaliza a quem realmente trabalha e pensa diferente da ideologia dominante.

Quando passei 23 dias seguidos viajando pelo interior da Paraíba e Pernambuco, fazendo as filmagens do documentário “O caminho de Ariano Suassuna sob o olhar do escritor Judivan Vieira” (hoje será exibido episódio especial às 15h, em meu canal do YouTube “escritor Judivan Vieira”. Inscreva-se no canal), pude conversar com muita gente pelo sertão destes dois estados brasileiros e algumas das verdades que por lá descobri reforçam o que aqui digo.

Ninguém quer trabalhar mais debaixo de sol quente e nem da tão adorada chuva, pela qual outrora se rezava para que caísse a lavar o deserto sertanejo e fazer florescer a relva no campo. Trabalhar para quê, se recebe um vale-gás, um auxílio luz, auxílio água, bolsa família, etc., etc., etc,. Por outro lado, observe que a bandeira dos partidos políticos de esquerda é a milenar reforma agrária com desapropriação das “terras improdutivas dos ricos”. HIPOCRISIA! Porque as mesmas terras quando desapropriadas e dadas aos miseráveis e pobres seguem criando capim. Quer constatar o que digo, visite os acampamentos assentados pelos diversos estados do Brasil.

Terras não são improdutivas por serem de ricos ou de pobres, mas porque governos não praticam a política substancial em que haja um programa substancial, ou seja, que esteja verdadeiramente voltado para o desenvolvimento nacional, ao invés de serem usadas como mera propaganda ideológico-política.

Falta planejamento, falta coordenação, falta controle, falta delegação de competência, falta descentralização e sobra hipocrisia nos “belos e convincentes”, porém vazios, discurso políticos neste país.

Continua no próximo domingo…

 

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Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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